Pobres de Jesus
Missões e Evangelização
Evangelho de Mateus:
26:11
Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.
Evangelho de Marcos:
14:7 Porque os pobres,
sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim
nem sempre me tendes.
Evangelho de João:
12.8 Porque
os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre
me tendes.
Diante dessas
palavras de Jesus fica claro que os pobres, os menos favorecidos, sempre
existirão no mundo até o final dos Tempos, apesar de todas as bem intencionadas
políticas sociais dos governos seculares das Nações em redor da terra.
Contudo, no
Evangelho de Lucas o ensinamento acima citado não é descrito, mas sim outro
importante, já que fala de Missões e Evangelização, a saber:
4:18 O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu
para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e
restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos.
6:20 Então, olhando ele para os seus discípulos, disse-lhes:
Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus.
7:22 Então, Jesus lhes respondeu: Ide e anunciai a João o que
vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados,
os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres, anuncia-se-lhes o
evangelho.
Esse mesmo
ensinamento é corroborado no Evangelho de Mateus:
11:5 “os cegos vêem,
os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são
ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho”.
Jesus, ungido
pelo Espírito Santo e graças ao bom trabalho feito por José, seu pai adotivo, conhecia
bem a Religião de Seus antepassados, portanto sabia do que foi dito em Zacarias
sobre os pobres:
11:7 Apascentai, pois, as ovelhas destinadas para a matança,
as pobres ovelhas do rebanho. Tomei para mim duas varas: a uma chamei Graça, e
à outra, União; e apascentei as ovelhas.
Igualmente
conhecia todos os ensinamentos orais dos Judeus sobre o assunto, desde o
Pentateuco:
Deuteronômio:
15:11 Pois nunca deixará de haver pobres na
terra; por isso, eu te ordeno: livremente, abrirás a mão para o teu irmão, para
o necessitado, para o pobre na tua terra.
Salmos:
10:12 Levanta-te,
SENHOR! Ó Deus, ergue a mão! Não te esqueças dos pobres.
12:5 Por causa da
opressão dos pobres e do gemido dos necessitados, eu me levantarei agora, diz o
SENHOR; e porei a salvo a quem por isso suspira.
49:2 tanto plebeus como
os de fina estirpe, todos juntamente, ricos e pobres.
112:9 Distribui, dá aos
pobres; a sua justiça permanece para sempre, e o seu poder se exaltará em
glória.
132:15 Abençoarei com
abundância o seu mantimento e de pão fartarei os seus pobres.
Provérbios:
10:15 Os bens do rico
são a sua cidade forte; a pobreza dos pobres é a sua ruína.
13:7 Uns se dizem ricos
sem terem nada; outros se dizem pobres, sendo mui ricos.
13:23 A terra virgem
dos pobres dá mantimento em abundância, mas a falta de justiça o dissipa.
14:21 O que despreza ao
seu vizinho peca, mas o que se compadece dos pobres é feliz.
28:3 O homem pobre que
oprime os pobres é como chuva que a tudo arrasta e não deixa trigo.
29:7 Informa-se o justo
da causa dos pobres, mas o perverso de nada disso quer saber.
29:14 O rei que julga
os pobres com equidade firmará o seu trono para sempre.
31:9 Abre a boca, julga
retamente e faze justiça aos pobres e aos necessitados.
Eclesiastes:
5:8 Se vires em alguma
província opressão de pobres e o roubo em lugar do direito e da justiça, não te
maravilhes de semelhante caso; porque o que está alto tem acima de si outro
mais alto que o explora, e sobre estes há ainda outros mais elevados que também
exploram.
Gostaria de chamar a atenção
para o Livro de Isaías:
29.19 Os mansos terão regozijo sobre regozijo
no SENHOR, e os pobres entre os homens se alegrarão no Santo de Israel.
58:7
Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em
casa os pobres desabrigados, e, se vires o nu, o cubras, e não te escondas do
teu semelhante?
3:15 Que há convosco
que esmagais o meu povo e moeis a face dos pobres? - diz o Senhor, o SENHOR dos
Exércitos.
10:2 para negarem
justiça aos pobres, para arrebatarem o direito aos aflitos do meu povo, a fim
de despojarem as viúvas e roubarem os órfãos!
11:4 mas julgará com
justiça os pobres e decidirá com equidade a favor dos mansos da terra; ferirá a
terra com a vara de sua boca e com o sopro dos seus lábios matará o perverso.
Daí concluo que nas Sagradas Escrituras, tanto
no Velho Testamento quanto no Novo, a Nova Aliança feita no Sangue de Jesus, os
pobres, os necessitados, os menos favorecidos, bem como justiça a eles, foi
assunto sobejamente tratado.
Portanto, essa ‘opção preferencial pelos
pobres’ tão decantada pela Igreja de Roma, não passa de uma operação de marketing
religioso-político, já que, repito enfaticamente, por toda a Sagrada Escritura,
desde o Pentateuco, aos pobres, aos menos favorecidos, deve ser dada toda a
assistência possível, seja ela material, seja espiritual.
Se a Igreja de Roma, por séculos, abandonou a
postura de zelar por eles como é ordenança de Deus nosso Senhor e, somente agora,
alguns dos seus membros importantes, a exemplo do novo Papa Francisco e dos
Cardeais, bem como sacerdotes espalhados pelo mundo voltaram a ela, é outra
coisa, o que eu considero como sendo uma terrível dor em sua consciência
coletiva.
A “Consciência Coletiva”, de acordo com o
sociólogo francês Émile Durkheim, é “o conjunto das crenças e dos sentimentos
comuns à média dos membros de uma mesma sociedade que forma um sistema
determinado, com vida própria”.
Segundo Durkheim, "para que exista o fato
social é preciso que pelo menos vários indivíduos tenham misturado suas ações e
que dessa combinação tenha surgido um produto novo" -- e aí está o que eu
defino como simples marketing religioso-político.
Não tenho qualquer esperança na atuação desse
novo pontificado do Papa Francisco, pró Igreja como Corpo Místico de Cristo.
Ele pode ser simpático e ter tido uma atuação
positiva frente à Igreja Argentina, tão conturbada por sua simbiose com o
governo da Nação; porém, no cargo de Líder da Cúria Vaticana, seu trabalho vai
ser impedido, seu esforço esvaziado pela Hierarquia estabelecida há séculos,
que não o deixará fazer nada, absolutamente nada.
Francisco publicamente permanecerá nesse
rame-rame de ‘opção preferencial pelos pobres’, citando as conferências
ocorridas na América Latina (Puebla, Medelín e Aparecida); mas de prático
mesmo, de útil realmente, de concreto, nada será realizado pelo mundo afora.
A Cúria Vaticana (ou Romana) jamais abandonará
seu ramerrão secular, a não ser por uma ação direta do Espírito Santo. Entretanto,
devemos ter em mente, a exemplo do ato de renúncia de Bento XVI, que os homens
podem não querer seguir os ditames do Senhor, resistir tenazmente aos desejos
de Deus e, aí então, será um verdadeiro caos para o Corpo Místico de Cristo, a
Igreja como um todo, e não apenas a Igreja de Roma.
Deus não mente; assim, em alguns casos, para
não negar Sua Santa e Boa Palavra, Ele se vê impedido de abençoar um povo, um
indivíduo, mesmo que abusem incessantemente de Seu Santo Nome.
Essa é a verdade bíblica tão esquecida pela
Igreja Católica Apostólica Romana em sua sede de poder temporal, através dos
séculos e séculos pós Cristo.
Graças aos Reformadores Protestantes desde o Século
XVI e a todos os homens ungidos e mulheres santas, criaturas inspiradas que
vieram depois deles, nós podemos ler e estudar a Bíblia, as Sagradas Escrituras,
aprender sobre a Sã Doutrina em nossas escolas dominicais, em reuniões nos
lares e no Santuário, partindo assim conscientes, seja individualmente, seja
coletivamente, para as Missões, para a Evangelização, levando com isso o
Evangelho das Boas Novas até os confins da Terra.
ALELUIA!!!
GLÓRIA A DEUS.
Jorge Eduardo. Dr.h.c. por Mérito Eclesiástico
servus Dei