terça-feira, 29 de agosto de 2017

Torá: o manual de conduta para o Judaísmo

Deus e a Criação


Antes mesmo da Criação YHVH - O Que Faz Que Venha a Ser-  o D'us de Israel, Elohei Avraham, Elohei Yitzchak ve Elohei Ya`aqov, Kaddosh Yisrael , Melech ha-Melachio , o Deus e Pai de nosso Salvador Jesus, o Verbo Encarnado, o Cristo do Deus Vivo, já possuía um plano para o Mundo.


Sob os Benefícios de Cristo Crucificado – volume 1 1 ° capitulo As Sagradas Escrituras Judaico-cristãs.



A Conversão de São Paulo
De Parmigianino
Nascido Girolamo Francesco Maria Mazzola
Parma, 11 de janeiro de 1503 - +  Casalmaggiore, 24 de agosto de 1540
de 1527
Kunsthistorisches Museum a Vienna.
Domínio publico

Sob os Benefícios de Cristo Crucificado – volume 1
1 ° capitulo
As Sagradas Escrituras Judaico-cristãs.
" Ignorar a Escritura é ignorar Cristo"
Pio XII.

Neste capitulo vou provar o como através do séculos a Igreja Católica Apostólica Romana proibiu aos católicos de possuírem uma Bíblia tanto em latim ( a linguagem católica da época) quanto em  língua do povo de uma nação, em língua vernacular, consequentemente seu estudo, proibindo também qualquer literatura ligada a ela, que fizesse referência a ela, as Sagradas Escrituras.
E como um Papa, um Bispo de Roma, erroneamente atacado como o “ Papa de Hitler” , acabou definitivamente com esse  despautério. 


Anônimo
Domínio publico
Em hebraico : שאול התרסי , translit.  Sha'ūl ha-Tarsī ; em grego : Σαλος Ταρσεύς , transl.  Saşlos Tarseús
Ou seja
Saul de Tarso.

Seu nome judaico era "Saul" , em hebraico : שָׁאוּל , que quer dizer "pediu, orou".
O próprio Paulo confirma que era cidadão romano, vamos ver em Atos 25:1-12:
Entrando, pois, Festo na província, subiu dali a três dias de Cesaréia a Jerusalém.
E o sumo sacerdote e os principais dos judeus compareceram perante ele contra Paulo, e lhe rogaram,
Pedindo como favor contra ele que o fizesse vir a Jerusalém, armando ciladas para o matarem no caminho.
Mas Festo respondeu que Paulo estava guardado em Cesaréia, e que ele brevemente partiria para lá.
Os que, pois, disse, dentre vós, têm poder, desçam comigo e, se neste homem houver algum crime, acusem-no.
E, havendo-se demorado entre eles mais de dez dias, desceu a Cesaréia; e no dia seguinte, assentando-se no tribunal, mandou que trouxessem Paulo.
E, chegando ele, rodearam-no os judeus que haviam descido de Jerusalém, trazendo contra Paulo muitas e graves acusações, que não podiam provar.
Mas ele, em sua defesa, disse: Eu não pequei em coisa alguma contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César.
Todavia Festo, querendo comprazer aos judeus, respondendo a Paulo, disse: Queres tu subir a Jerusalém, e ser lá perante mim julgado acerca destas coisas?
Mas Paulo disse: Estou perante o tribunal de César, onde convém que seja julgado; não fiz agravo algum aos judeus, como tu muito bem sabes.
Se fiz algum agravo, ou cometi alguma coisa digna de morte, não recuso morrer; mas, se nada há das coisas de que estes me acusam, ninguém me pode entregar a eles; apelo para César.
Então Festo, tendo falado com o conselho, respondeu: Apelaste para César? para César irás.
Essa apelação só pode ocorrer porque Paulo era um cidadão romano, explico :
Todo cidadão romano tinha o direito a um julgamento justo, conforme as leis da época.
Um cidadão romano caso entendesse estar sofrendo injustiças no seu processo  tinha garantido por Lei o direito de requerer uma audiência com Cesar, com o Imperador romano, e  o instrumento jurídico para tal era “ o apelo para César”.
E como Paulo era cidadão romano?
1-      Porque Roma com sua política de aglutinação da Elite de um país, ou de uma grande cidade, concedia aos membros dela a cidadania romana;
2-      Porque seu pai um fariseu filho de um fariseu era um comerciante rico, conhecido,  influente construtor de tendas na cidade de Tarso, portanto lhe foi dada a cidadania romana, consequentemente Paulo era um judeu e cidadão romano, e como tal tinha o nome latino  "Paulus" - em grego bíblico: Παλος ( Paulos ).
Era comum entre os judeus da época ter dois nomes, um hebraico, outro latim ou grego.
Chamo atenção de que até hoje ocorre o “Brit milá, ou Bris milá, a "aliança da circuncisão",  a cerimônia religiosa dentro do judaísmo na qual o prepúcio dos recém-nascidos é cortado ao oitavo dia como símbolo da aliança entre Deus e o povo de Israel, portanto um evento de grande importância e significado no sentido de "ser judeu".”
Nessa cerimonia  ele recebe o seu nome judeu que pode ser totalmente diferente daquele com que o recém-nascidos foi registrado no órgão competente da Nação em que nasceu.
Vou dar um exemplo agradável ao meu coração.
Anna Carolina filha de Antonio ,meu melhor amigo de infância e adolescência, é judia pela mãe Yara. Anna casou com Fabiano que não é judeu.
Entretanto corretamente decidiram que seu filho seria judeu.
Nasceu Felipe, um menininho de grande beleza.
Minha mulher e eu fomos convidados para o Bris milá de Felipe, o que muito nos honrou.
No momento certo o Mohel - aquele que é responsável por efetuar a remoção do prepúcio – perguntou qual era o nome, Anna Carolina toda feliz respondeu:
“ ’Abhrāhām Shlomô”.
Abraão Salomão é o nome do Felipe, o belo, na Nação Judaica.


Bris milá na Idade Média
Voltemos a Paulo:


Conversione di San Paolo
31 de dezembro de 1599
de Caravaggio
Propriedade da família romana da aristocracia papal os Odescalchi.
Benedetto Odescalchi foi eleito o 240º Papa com o nome de Inocêncio XI em 1676.
O chefe atual da Família é Carlo , X principe Odescalchi, nascido em 1954.
Essa obra é denominada de Caravaggio Odescalchi.
Exposta na Basílica de Santa Maria del Popolo , em Roma .
Domínio publico 

O seu sobrenome Tarso advinha da cidade de Tarso onde nasceu.
Tarso em turco: Tarsus; em grego: Ταρσός, leia-se  Tarsós, hoje é uma cidade histórica na Turquia , a 20 km do Mar Mediterrâneo.
Tarso tem  uma história que remonta a mais de 6.000 anos, era um dos maiores centros comerciais as margens do Mediterrâneo, logo um ponto vital para muitas civilizações antigas. Durante o Império Romano , Tarso era a capital da província da Cilícia . Foi local do primeiro encontro entre Marco Antônio e Cleópatra.
Paulo era “da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu dos hebreus, quanto à lei um  fariseu”.
Criado em Jerusalém, "aos pés de Gamaliel", esse considerado um dos maiores professores nos anais do Judaísmo de todos os Tempos, um sábio que transmitia, ou dava, a seus alunos uma educação equilibrada, provavelmente dando ampla exposição da literatura clássica, da filosofia e da ética, portanto, foi neste ambiente que Paulo foi crescendo e buscando a seguir corretamente a Lei de D’us, a Torá, tanto que era um judeu zeloso que « assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, os entregava à prisão.» (Atos 8:3)
Esse fariseu observador da lei, que intensamente perseguiu a Igreja Nascente, um belo dia na estrada para Damasco, cidade na qual pretendia prender e extraditar para Jerusalém os seguidores do Caminho, teve a visão de Jesus ressuscitado que o deixou temporariamente cego.
Por Ordem de Deus Ananias de Damasco, dito Santo Ananias, curou a cegueira de Paulo, o Batizou, e o introduziu no Caminho.
Mais um parêntese:
Muita gente afirma que Deus, o Eterno, o Pai de nosso Senhor Jesus, abandonou Humanidade à própria sorte e não intervém em sua História.
Vou dar dois exemplos bíblicos que anulam essa afirmação:
1-      Moisés - Êxodo 1:de 15 até 22 e Êxodo 2:1-10:
E o rei do Egito falou às parteiras das hebreias (das quais o nome de uma era Sifrá, e o da outra Puá),
E disse: Quando ajudardes a dar à luz às hebreias, e as virdes sobre os assentos, se for filho, matai-o; mas se for filha, então viva.
As parteiras, porém, temeram a Deus e não fizeram como o rei do Egito lhes dissera, antes conservavam os meninos com vida.
Então o rei do Egito chamou as parteiras e disse-lhes: Por que fizestes isto, deixando os meninos com vida?
E as parteiras disseram a Faraó: É que as mulheres hebreias não são como as egípcias; porque são vivas, e já têm dado à luz antes que a parteira venha a elas.
Portanto Deus fez bem às parteiras. E o povo se aumentou, e se fortaleceu muito.
E aconteceu que, como as parteiras temeram a Deus, ele estabeleceu-lhes casas.
Então ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que nascerem lançareis no rio, mas a todas as filhas guardareis com vida.
E foi um homem da casa de Levi e casou com uma filha de Levi.
E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que ele era formoso, escondeu-o três meses.
Não podendo, porém, mais escondê-lo, tomou uma arca de juncos, e a revestiu com barro e betume; e, pondo nela o menino, a pôs nos juncos à margem do rio.
E sua irmã postou-se de longe, para saber o que lhe havia de acontecer.
E a filha de Faraó desceu a lavar-se no rio, e as suas donzelas passeavam, pela margem do rio; e ela viu a arca no meio dos juncos, e enviou a sua criada, que a tomou.
E abrindo-a, viu ao menino e eis que o menino chorava; e moveu-se de compaixão dele, e disse: Dos meninos dos hebreus é este.
Então disse sua irmã à filha de Faraó: Irei chamar uma ama das hebreias, que crie este menino para ti?
E a filha de Faraó disse-lhe: Vai. Foi, pois, a moça, e chamou a mãe do menino.
Então lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino, e cria-o; eu te darei teu salário. E a mulher tomou o menino, e criou-o.
E, quando o menino já era grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual o adotou; e chamou-lhe Moisés, e disse: Porque das águas o tenho tirado.
Deus em sua onipotência fez com que  princesa filha do Faraó atotasse Moisés para que ele recebesse educação adequada para a Grande Missão para a qual sua vida foi criada na Eternidade, a nobre Missão de tirar os filhos de Yaakov, o Povo Escolhido, do Egito e mais dele estar preparado para receber as Leis que o Senhor nosso Deus estipulou não só para os judeus, bem como para toda Humanidade.
1-      O próprio Paulo.
Deus enviou Paulo para ser  educado por Gamaliel, um sábio, na Torá, na Lei, para com seu conhecimento saber quem era realmente  Jesus, que Jesus era o Messias prometido, e com isso interpretar as diretrizes do Caminho traçado por nosso Senhor e Salvador e assim levar o Evangelho das Boas Novas até os confins do mundo, principalmente a Roma a capital do então poderoso Império.
Tanto isso é verdade que o novo Paulo se tornou “ os mais influentes escritor tanto que suas  obras compõem parte significativa do Novo Testamento. A influência que exerceu no pensamento cristão, chamada de "paulinismo", foi fundamental para a propagação inicial do Evangelho pelo Império Romano e é até os nossos dias”.
Quem não sabe da existência das Epístolas, ou Cartas de Paulo?
Até os ateus sabem.
Mais, vamos lembrar delas:
1-      Eclesiásticas - Romanos, I Coríntios, II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I Tessalonicenses e II Tessalonicenses;
2-      Pastorais - I Timóteo, II Timóteo e Tito;
3-      Pessoal – Filémon.
4-      Todos os destinatários dessas cartas foram pessoas que Paulo conheceu, ou conviveu, durante as suas três Viagens Missionarias como homem livre e um como prisioneiro que apelara para Cesar


1a Viagem  missionária : De Antioquia da Síria vai para  Salamina, na ilha de Chipre, e atravessa a ilha para  Pafos. De Pafos até Antioquia da Pisídia. De Antioquia da Pisídia para Icônio na Licaônia. De Icônio na Licaônia para Listra. De Listra para a Derbe. De Derbe volta para Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Da Pisídia, passa por Panfília indo para Perge e depois Atalia. De Atalia vai  para Antioquia da Síria. De Antioquia da Síria para Tiro. De Tiro para Jerusalém;
2a Viagem missionária : Sai da Antioquia da Síria a Listra. Da  Listra a Trôade. De  Trôade a Filipos. De  Filipos a Tessalônica. De Tessalônica a Beréia. De Beréia a Atenas. De Atenas a Corinto. De Corinto a Éfeso. De Éfeso a Jerusalém. De Jerusalém a Antioquia.
3a Viagem missionária : de Antioquia da Síria a Galácia. Da Galácia através da Frigia á Éfeso.
de Éfeso, através da Macedônia, a Corinto. De  Corinto através da Macedônia, a Trôade. De
de Trôade, por mar, a Mileto. De Mileto através de Rodes e Patara a Tiro. De Tiro através de Cesaréia, a Jerusalém.
4a Viagem que terminou sendo missionária : De Jerusalém a Cesaréia. De Cesaréia a Sidon. De Sidon costeando a Cilícia e Panfilia até Mirra. De Mirra, costeando até Cnido e daí a sudoeste, passando por Claudia, até a ilha de Malta. De Malta a Siracusa. De Siracusa a Régio e Poeóli. De Poteóli até Roma.
Portanto: “ Deus utilizou o ministério de Paulo para levar o Evangelho aos gentios e estabelecer a Igreja. Suas cartas para as igrejas, registradas no Novo Testamento, ainda sustentam a vida e doutrina da igreja. Embora ele tenha sacrificado tudo, as viagens missionárias de Paulo valeram a pena (Filipenses 3:7-11).
E Colossos onde fica nessas viagens?
Os crentes de Colossos não eram conhecidos pessoalmente por Paulo, pois a igreja local foi fundada por Epafras (4,12), discípulo de Paulo.
Continuemos:
Na Epístola 2 Timóteo 3:15-17 encontramos:
E que desde a tua meninice sabes as Sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;
Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.
Assim falou Paulo, o apostolo dos gentios.


Coffre et rouleau de Torah
Um estojo de prata da Torá que pertenceu a  Abraão de Camondo,
líder da comunidade judaica de Constantinopla em 1860.
Museu de Arte e História da Judéia (mahJ)
71 rue du Temple 75003 Paris
e
Exemplar raríssimo de uma Bíblia Sagrada de 1819

Bem, as Sagradas Escrituras são “ conjuntos de textos que são considerados de inspiração divina ou recebidos diretamente de Deus”.
Isso posto, continuemos:
Os judeus como Paulo estavam esperando o Messias, no Hebraico Māshīa, no  Aramaico Mĕshīā, Messiah, Moshiach, no Talmude Babilônico e na literatura Midrax ( um gênero de literatura rabínica que contém as primeiras interpretações e comentários sobre a Torá Escrita e a Torá Oral) o termo é Māxyā, além do Maxya yhwh (Ungido YHWH).
Os judeus queriam um soberano governante, O Ungido por Deus, em Israel para dar testemunho de Sua glória perante todas as Nações.
Contudo o “povo escolhido” tinha com o Senhor uma relação bastante irregular, e o profeta Isaías os avisou em Isaías 9:6,7, que:
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.
E mais em Isaías 7:14:
Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.
Contudo alertou em Isaías 53:1-12, que:
Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do SENHOR?
Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos.
Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.
Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido.
E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca.
Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si.
Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.
Pela descrição acima não há duvida nenhuma que se trata de Jesus de Nazaré, filho de Maria, a virgem esposa de José, “ a mãe de Jesus através da intervenção Divina (Mateus 1:16-25, Lucas 1:26-56, Lucas 2:1-7).”
Mas, como saberíamos dessa Verdade Divina se não tivéssemos em nossas Sagradas Escrituras, na Bíblia, o Velho Testamento e o Novo Testamento?
E mais:
Como saberíamos de que forma e por quem  foi criado o Universo , o Homem, a Terra é tudo que nela há, se não tivéssemos em nossas Sagradas Escrituras , na Bíblia, o Velho Testamento?
Como saberíamos do Pecado Original, da expulsão do Primeiro Casal do Éden, da forma como o pecado entrou na Terra, se não tivéssemos em nossas Sagradas Escrituras, , na Bíblia,  o Velho Testamento?
Como saberíamos do Diluvio, de Noé, de Abraão, Isaque e Jacó, se não tivéssemos em nossas Sagradas Escrituras , na Bíblia, o Velho Testamento?
Como saberíamos do Êxodo e dos 10 Mandamentos, da Lei de Deus, se não tivéssemos em nossas Sagradas Escrituras , na Bíblia, o Velho Testamento?
Como saberíamos dos profetas, dos reis, dos exílios, das promessas, das Ações de Nosso Deus, se não tivéssemos em nossas Sagradas Escrituras , na Bíblia,  o Velho Testamento?
Repito:
Como saberíamos nos os seguidores do Evangelho da Boas Novas que Jesus era o Messias Prometido se não tivéssemos em nossas Sagradas Escrituras, na Bíblia,  o Velho Testamento?
Como?
Não saberíamos nada.
Estaríamos na escuridão eterna.
Aliás, quiçá  nem haveria nem Terra nem raça humana.
Mas...
O que é o Velho Testamento?
“ É a  totalidade das Escrituras Hebraicas, ou seja, o Tanakh, em hebraico: תַּנַ"ךְ, a Bíblia hebraica, dividida em 24 livros no Judaísmo, pois alguns dos livros que são divididos pelos cristãos em dois na realidade são apenas um, portanto  e a primeira grande parte da Bíblia cristã.”
Os  “ escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas, mantiveram registros com grande destaque das relações entre D’us, o Deus Pai dos seguidores de Jesus, e o povo Israel, dos princípios de sua religião monoteísta, ou seja, uma religião que acredita na existência de um único D’us, da Promessa do Senhor sobre a Terra Santa una e indivisível, e de sua história. Estes registros foram copiados muitas e muitas vezes e passados de geração em geração por séculos e séculos.”
A Torá, do hebraico תּוֹרָה - tōrāh Sefardita, tōruh Ashkenazi; significando: instrução, lei, apontamento.
A Torá, foi entregue no Monte Sinai por D’us, o Deus Pai dos seguidores de Jesus,  ao patriarca Moises (Moshê ) e testemunhada por centenas de pessoas.
A cena foi o fato mais marcante da História Universal pois nele temos o nascimento da Nação Judaica.
A Torá, ou Pentateuco, trata da história sagrada do povo de Israel, a partir da criação universal,  da criação da Terra e tudo que nela há, da criação do Homem, até a ocupação da Terra Santa.
Na Torá encontramos toda a legislação litúrgica e religiosa, compilado em centenas de volumes.
Na Torá encontramos todos os ensinamentos de conduta, de moral, de bons costumes, de preceitos, enfim o código das Leis Judaicas
A Torá abrange todo o aprendizado passado de D'us para Moshê, e deste para as gerações seguintes.
As Sete Leis de Noé ( no âmago destas Leis está o código moral universal baseado na crença em D’us ) , os Dez Mandamentos,  os Treze Princípios da Fé Judaica de Maimônides, Rabbeinu Mōšeh bēn Maimon , ou Rambam, o maior codificador e filósofo na História Judaica, todos lidos e estudados semanalmente são apenas uma pequena parte da Torá.
Se deve a  Torá,  o código de conduta, o elo eterno entre D'us e o povo de Israel, a sobrevivência milagrosa do povo judeu ao longo da História Universal.
Portanto, na Torá está a Aliança, com seus termos muito bem explicado, do Deus Eterno com os judeus, os israelitas, o Povo Escolhido para habitar na Terra Santa.
Não podemos esquecer que Senhor nosso Deus falou a Moisés,  em Levíticos 18:1-6:
Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Eu sou o Senhor vosso Deus.
Não fareis segundo as obras da terra do Egito, em que habitastes, nem fareis segundo as obras da terra de Canaã, para a qual vos levo, nem andareis nos seus estatutos.
Fareis conforme os meus juízos, e os meus estatutos guardareis, para andardes neles. Eu sou o Senhor vosso Deus.
Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; os quais, observando-os o homem, viverá por eles. Eu sou o Senhor.


Judeus na Idade Média o uso de crachás de identificação.

E aí veio um problemão.
Qual?
A Igreja Católica Apostólica Romana afirmava que “ os judeus mantaram Jesus”, isso sem explicar o que acima detalhei, e mais:
1)      325 d.C.:
Judaísmo é considerado "uma aberração da vontade divina" e no Concílio de Nicéia  os judeus são declarados "hereges" .
No caso herege é aquele que professa uma heresia ou prática doutrinas contrárias aos dogmas concebidos pela Igreja Católica;
2)      465 d.C.:
No Concílio de Vannes , uma cidade francesa, na região administrativa da Bretanha, no departamento Morbihan, na realidade um concílio provincial , quando ficou estabelecido que “compartilhar a carne" com um judeu era proibido.
Aqui eu tenho dúvida se era a carne comida ou a carne corpo de uma pessoa, pois devemos sempre lembra que os católicos têm verdadeira fixação nos pecados da carne, na luxuria do ser humano.
Porem existe um destaque importante que foi a proibição especial aos clérigos em compartilhar refeições com os judeus;
3)      533 d.C.:
O 2º Concílio de Orléans proíbe os casamentos mistos entre cristãos e judeus.
Esse Concilio trata de maneira aviltante as mulheres, “ou seja, que as mulheres não podem mais ser sagradas diaconisas. Esta medida é reforçada pela decisão de excluir da comunhão dos cristãos as mulheres "consagradas apesar da proibição dos cânones e que teriam voltado a se casar";  
4)      538 d.C.:
 O 3º Concílio de Orléans proíbe aos judeus a posse de escravos cristãos e obriga ao bispo resgatar um escravo cristão a serviço de um judeu, se ele se refugiar na igreja. Isso deu margem para alguns se converterem ao cristianismo só para serem libertados. Uma vergonha;
5)      589 d.C.:
O 3º Concílio de Toledo, na cidade espanhola de Toledo, decreta que um filho nascido de um casamento misto deve ser cristão. Mais uma vez as mulheres foram vilipendiadas, pois “foi aprovado que a mulher que vivia com um clérigo fosse vendida como escrava e o dinheiro obtido fosse entregue aos pobres”;
6)      1215:
O IV Concílio de Latrão, foi convocado por Inocêncio III, nascido conde Lotario dei conti di Segni, 176º Papa e Bispo de Roma,  por meio da bula Vineam domini Sabaoth, de 19 de abril de 1213, para ser celebrado, em novembro de 1215, na Basílica de São João de Latrão, em Roma, e é considerado o ponto mais alto e importante do papado do século XI-XIII. Compareceram o Imperador Frederico II, bem como Henrique I de Hainaut, Imperador latino de Constantinopla, Filipe Augusto, a dadiva de Deus, Rei da França, João Sem-Terra , Rei da Inglaterra, Jaime I , o Conquistador , Rei de Aragão, de Maiorca, de Valencia, Conde de Barcelona, Girona, Osona, Besalú, Rossilhão e Cerdanha, André II Árpád Hiérosolymitai, Rei da Hungria, da Croácia e da Dalmácia, Príncipe de Halych, 1.275 clérigos, sendo eles: 404 bispos, 71 primazes e metropolitas,  800 abades e priores, os representantes dos  Estados cruzados ( Reino de Jerusalém, Império Latino de Constantinopla, Reino do Chipre , Reino Arménio da Cilícia, Reino de Salonica, Principado de Antioquia, Principado da Acaia (inclusive o Senhorio de Salona), Principado da Galileia, Ducado de Atenas, Ducado de Filipópolis, Ducado de Neopatria, Ducado de Cândia, Ducado de Naxos¸ Marca de Bodonitsa, Condado palatino de Cefalônia e Zaquintos,  Condado de Edessa, Condado de Jafa e Ascalão, Condado de Trípoli,  Senhorio de Sídon, Senhorio da Transjordânia, Senhorio de Argos e Náuplia, Senhorio de Negroponte Senhorio de Quios Stato da Màr - às possessões ultramarinas da República de Veneza, incluindo a Ístria, Dalmácia, Negroponte, a Moreia, Creta, as ilhas do Egeu.), comunas burguesas espalhadas pela Europa em cidades livres,  e todos os demais  reinos cristãos enviaram representantes.
Dele surgiram Decretos e 70 cânones conciliares divididos pelos assuntos abordados.
Os cânones 67 a 70 falam sobre os judeus, sarracenos e pagãos e são os seguintes:
67: De usuris judeorum (“Sobre a usura dos judeus”):
Condenação da usura judaica, assim os judeus não podem cobrar juros extorsivos, a imposição do pagamento do dízimo aos judeus, tal como os cristãos;
68: Ut judei discernantur a christianis in habitu (“Que os judeus devem se distinguir dos cristãos pelas roupas”):
 Judeus e sarracenos usarão uma vestimenta especial para permitir que sejam distinguidos dos cristãos, para que nenhum cristão venha a se casar com eles, ignorando quem eles são.
Ficou terminantemente proibida a aparição deles em público em alguns dias do ano;
69: Ne judei publicis officiis praeficiantur (“Judeus não podem ser responsáveis por funções públicas”):
Judeus não podem ocupar cargos públicos, e nem ter relações sexuais com cristãos (condenação do matrimônio misto);
70: Ne conversi ad fidem de judeis, veterem vitum judeorum retimeant (“Não se pode converter à fé dos judeus, não se deve retornar aos velhos ritos judaicos”):
Judeus batizados não podem retornar ao judaísmo e nem manter ritos judaicos.
Os bispos deveriam zelar para que os judeus convertidos não retornassem à sua crença anterior.

7)      1229:
Os estudiosos declaram que “ Ouve uma guerra entre Roma e a Bíblia, não havendo paz entre eles.”
Gregório IX, 178° Papa da Igreja Católica, nascido conde Ugolino di Anagni, sobrinho de Inocêncio III, convocou o Concílio de Toulouse, na cidade de Toulouse, na  região de Occitânia,  França.
Fazendo parte dos esforços da Igreja Católica de suprimir a heresia cátara, este concílio decidiu proibir o uso da Bíblia em língua vernacular- linguagem de uma Nação, de um país-  e estabeleceu definitivamente a Inquisição.
Assim proibiu definitivamente a leitura da Bíblia pelos comuns, pelos leigos, decretando:
 "Não é permitido aos leigos possuírem os livros do Antigo e Novo Testamentos, exceto o Saltério, o livro que contém o Livro dos Salmos (150 Salmos), para ser usado como prática devocional cristã e para o Ofício Divino na recitação das Horas Canônicas, ou o Breviário, o livro que contém todos os textos necessários para o Ofício divino, e Orações em honra da  Santíssima Virgem, mas não é autorizado a ter tais livros em vernáculo, somente em latim. "
Este decreto não só proibiu ler a Bíblia, mas também proibiu  ter a própria.
8)      1347-1350:
Quando houve a Peste na Europa , os judeus foram considerados responsáveis; dizia-se que eles haviam envenenado os poços de água.
“200 comunidades judaicas através de toda a Europa, foram destruídas.
A extensão da tragédia pode ser melhor avaliada pelo número de vítimas que só na Polônia foram 10.000, isso onde os judeus comparativamente escaparam com poucos mortos. Um número muito maior do que na Polônia foram as vítimas em somente três cidades da Alemanha (Erfurt, Mainz e Breslau).”
9)      1555:
Paulo IV, 223° Papa da Igreja Católica, nascido conde Giovanni Pietro Carafa, um Bispo de Roma maldito e detestado pelo população romana que dedicou a ele esse epitáfio:
Carafa odiado pelo diabo e pelo céu
está enterrado aqui com seu cadáver apodrecendo
Erebus * tomou o espírito
ele odiava a paz na terra, nossa fé ele contestou
ele arruinou a igreja e as pessoas, homens e o céu foram ofendidos
amigo traiçoeiro, suplicante com o exército que lhe era fatal
Você quer saber mais?
Papa era ele e isso é suficiente.
·         Na mitologia a personificação das trevas e da escuridão
“ Suas visões hostis não suavizaram muito com o tempo; historiadores modernos tendem a ver seu papado como especialmente pobre. Suas políticas derivavam de preconceitos pessoais - contra a Espanha, por exemplo, ou os judeus - em vez de objetivos religiosos abrangentes. Em um tempo de equilíbrio precário entre católicos e protestantes, sua natureza contraditória pouco fez para desacelerar a disseminação desta última pelo norte da Europa. Seus sentimentos ante espanhóis alienaram os Habsburgos, indiscutivelmente os governantes católicos mais poderosos da Europa, e suas crenças pessoais ascéticas deixaram-no fora de sintonia com os movimentos artísticos e intelectuais de sua época (ele frequentemente falava em branquear o teto da Capela Sistina). Tal atitude reacionária alienou clérigos e leigos: o historiador John Julius Norwich o chama de "o pior papa do século 16".”
Em 17 de julho de 1555, Paulo IV emitiu uma das mais infames Bulas papais da história da Igreja,  Cum Nimis Absurdum (o título provinha de sua frase inicial, "Uma vez que é absurdo") que ordenou a criação de um gueto judeu em Roma . O papa estabeleceu suas fronteiras perto do Rione Sant'Angelo, uma área onde um grande número de judeus já residia, e ordenou que ele fosse separado do resto da cidade. Um único portão, trancado todos os dias ao pôr-do-sol, era o único meio de chegar ao resto da cidade. Os próprios judeus foram forçados a pagar todos os custos de projeto e construção relacionados ao projeto, que chegaram a um total de aproximadamente 300 scudi .
A Bula  restringiu os judeus de outras formas também, pois  foram proibidos de ter mais de uma Sinagoga por cidade - levando, somente em Roma, à destruição de sete lugares "excessivos" de culto.
Todos os judeus eram forçados a usar chapéus amarelos distintos, especialmente fora do gueto, e eram proibidos de trocar tudo, exceto comida e roupas de segunda mão.
No final do reinado de cinco anos de Paulo IV, o número de judeus romanos caiu pela metade.
No entanto, seu legado antissemita durou mais de 300 anos: o gueto que ele estabeleceu deixou de existir apenas com a dissolução dos Estados Papais em 20 de setembro de 1870, e a anexação de Roma ao novo Reino da Itália.
Suas paredes foram demolidas em 1888, ou seja , repito : depois da Unificação da Itália, e do Papado se retirar para o Vaticano.
Para piorar esse Papa Maldito encorajou aos cristãos de todas as idades a tratar os judeus como cidadãos de segunda classe.
Se um judeu desafiasse um cristão estava sujeito a receber uma severa punição, muitas vezes nas mãos de uma multidão excitada pelos algozes papais contra ele, o judeu.
10)   1562:
Pio IV, 224° Papa da Igreja Católica, nascido Giovanni Angelo Medici di Marignano, porém não tinha parentesco com a poderosa família di Medici de Florença,  “em 27 de fevereiro de 1562, publicou a Bula Dudum felicis com o qual confirmou as duras medidas de seu antecessor, Paulo IV, contra os judeus.”
“ Mas ele aumentou o tamanho do gueto romano e prometeu abrir lojas do lado de fora das muralhas do zoológico, para favorecer os judeus. Posteriormente, no entanto, ele desistiu desse assunto seguindo o conselho do imperador Ferdinando I de Habsburgo”.
“Pio IV permitiu que os judeus fizessem cópias impressas do Talmude , mesmo que o nome da impressora que aparecesse no frontispício fosse ser cristão”.
Pio IV ordenou “ a revisão da Vulgata e nomeou uma comissão de Cardeais (1561), que iniciou a coleta de manuscritos importantes”;
11)   1622:
Gregório XV, 234° Papa da Igreja Católica, nascido conde Alessandro Ludovisi,  em 1622, declarou revogadas todas as licenças para a leitura da Bíblia dadas de qualquer maneira e por qualquer motivo pelos Papas dos seus antecessores.
12)   1631:
Urbano VIII, 235° Papa da Igreja Católica, nascido Maffeo Vincenzo Barberini, em 1631 completou a "ordem do Papa Gregório XV, ordenando aos bispos e inquisidores para imediatamente queimarem todos os livros proibidos que foram entregues a eles, incluindo a Bíblia. Com a epidemia  da peste grassado na Itália entre 1630 e 1631, os judeus, mais uma vez foram responsabilizados, e o Papa não disse, nada fez.”
13)   No século XIX:
Pio VII, 251° Papa da Igreja Católica, nascido conde Barnaba Niccolò Maria Luigi Chiaramonti, Sumo Pontífice e Bispo de Roma de 14 de março de 1800 até à data da sua morte em 20 de agosto de 1823.
Foi o Pontífice prisioneiro de Napoleão que assistiu a coroação do Imperador dos Franceses na Catedral de Notre Dame de Paris, em 2 de dezembro de 1804 , agiu assim durante seu Pontificado:
a-      Sob o domínio napoleônico, o gueto judeu havia sido abolido e os judeus eram livres para viver e se mover onde queriam. Após a restauração Pio VII reinstituiu o confinamento dos judeus ao gueto, fechando as portas à noite;
b-      Reviveu a Inquisição e o Índice de Livros Condenados, proibindo novamente a Bíblia e o estudo bíblico proposto pelas Sociedades Bíblicas;
c-      Ao "Arcebispo de Niesen deixou que as pessoas lessem a Bíblia. o Papa Pio VII, em 29 de junho de 1816, repreendeu fortemente por essa conduta, afirmando sobre a Bíblia em língua vernácula que ela era uma "invenções maléfica, uma praga, contribuía para a destruição da fé, e o maior perigo para as almas ... um novo tipo de discórdia semeada pelo inimigo, uma verdadeira conspiração dos ímpios inovadores para arruinar  nossa santa religião ".
d-      “Em 23 de setembro do mesmo ano de 1816, Pio VII escreveu um Breve ao Arcebispo de Mohilew, metropolitano católico  da Rússia : "Nós estamos profundamente tristes por ter conhecimento do projeto fatal, até agora desconhecidos, de espalhar a Bíblia no vernáculo por todo o seu domínio... mas nossa tristeza era infinitamente maior, em ver algumas cartas escritas em nome de sua Fraternidade, que exortava ao povo confiado aos vossos cuidados, a comprar Bíblias, para aceitar de bom grado se elas forem oferecidas livremente, e estudá-la com cuidado e diligência. Nada pode acontecer de mais doloroso do que ver Excelência tomar tias atitudes se tornado assim um obstáculo para o meu pontificado, ...".
Mohilew era uma província ( guberniya ) do Império Russo no território da atual Bielorrússia.
e-      Em 31 de julho de 1814, ele assinou a bula papal Sollicitudo omnium ecclesiarum, que restaurou universalmente a Companhia de Jesus;
f-       Afirmou que os maçons devem ser excomungados e os ligou aos Carbonari, um grupo revolucionário anticlerical na Itália. Todos os membros do Carbonari também foram excomungados.
Devo confessar que tenho aversão a Pio VII.
14)   1823 a 1829:
Leão XII, 252° Papa da Igreja Católica , nascido conde Annibale Francesco Clemente Melchiore Girolamo Nicola della Genga, condenou as sociedades bíblicas, e sob influência jesuítica proibiu os judeus de possuir propriedades, dando um tempo exíguo para eles venderem as que possuíam em Roma, muitos dos judeus de Roma emigraram para Trieste , Lombardia e Toscana.
Leão XII “ chamou a Bíblia de uma praga, de um veneno mortal e, portanto, a leitura delas são proibidas. De acordo com esse Papa, que pontificou de 28 de setembro de 1823 até 10 de fevereiro de 1829 , “ Bíblia, a Palavra de Deus, era um veneno observando que a palavra do homem é o antídoto”.
“Existe um livro muito raro de 352 páginas, impresso em Paris em 1661, por ordem do Clero Galicano, que se refere aos sentimentos dos teólogos mais famosos e canonistas, em relação aos decretos da Sorbonne, aos decretos dos Papas e Conselhos proibindo a leitura da Bíblia no vernáculo”, é um dos mais importantes escritos sobre o assunto.
“Galicanismo à tendência separatista da igreja católica da França em relação a Roma e ao Papa. A origem do nome provém de Gália, nome antigo da França.”
Vemos por todos esses exemplos que a Liderança da Igreja Católica Apostólica Romana entrava século e saia século  era visceralmente contra a leitura da Bíblia pelos comuns, pelos membros do povo, e creio até pelas classes mais alta da sociedade daqueles tempos, a nobreza e a alta burguesia.
Perseguiam os judeus implacavelmente, os roubava, os matava via Inquisição ou incentivado os católicos a fazê-lo sem dó nem piedade.
Afirmavam que “ os judeus mataram Jesus” como mote, com o propósito de justificar sua política torpe,  sórdida, suja,  ignóbil, desprezível, abjeta, contra eles, e o que é pior sem dar ao povo a oportunidade de conhecer a Verdade, pois a Verdade os libertaria de tal jugo asqueroso imposto pela Hierarquia da Igreja de Roma e disseminado pelo clero católico em todas as partes do mundo conhecido.

SS Bento XVI
“No segundo volume de seu livro, “Jesus de Nazaré”, Bento XVI, hoje Papa Emérito, mas grande teólogo,  exime  os judeus das acusações de que foram responsáveis pela morte de Jesus, repudiando o conceito de culpa coletiva que tem assombrado há séculos as relações entre cristãos e judeus, afirmado que “ o “verdadeiro grupo de acusadores” foram as autoridades do Templo e não todos os judeus da época”.
Com isso “ Bento XVI diz que a referência era à “aristocracia do Templo”, que queria Jesus condenado à morte porque ele violara a lei religiosa judaica”.
“ Elan Steinberg, vice-presidente da Reunião Americana de Sobreviventes do Holocausto e de seus Descendentes, saudou as palavras do antigo  chefe da Igreja Católica”.
Gostaria de acrescentar que nos Tempos de Jesus havia o denominado Segundo Templo  que existiu entre 516 a.C. e 70 d.C. e substituiu o Templo de Salomão, o Primeiro Templo.
Ele foi remodelado por Herodes I, o Grande, rei da Judeia, mas um rei Cliente de Roma, “ interessado em perpetuar seu nome através desse projetos de reconstrução”.


                                         A fumaça dos sacrifícios no interior do Segundo Templo.

O Segundo Templo era um espécie de banco central judaico, de casa de cambio onde se trocava dinheiro de outros localidades pela moeda aceita em Jerusalém  via cambistas, mas com seu valor afixado pelos sacerdotes, em seus trajes de linho branco e chapéus tubulares, diariamente em local apropriado para tal.
Era uma casa de comercio onde se vendia os animais para o sacrifício no próprio Templo, tudo com a supervisão dos sacerdotes.
Imaginem o frege que era.
Uma balburdia feita por 300.000 a 400.000 peregrinos que iam anualmente para celebrar a Pascoa Judaica. Imaginem , também, o lucro que essa população flutuante trazia para o Templo de Jerusalém.


 Segundo Templo.

Ora, o Grande Sinédrio, assembleia de 71 juízes judeus que constituía a Corte Suprema de Israel, que se reunia no Templo durante o dia, exceto antes dos festivais e do sábado, não queria nenhum tipo de modificação no statu quo.
Até porque o próprio Grande Sinédrio era composto por “ antigos Sumo-sacerdotes, representantes das 24 castas sacerdotais, escribas, doutores da lei e representantes das famílias mais proeminentes”, portanto um órgão ultra elitista.
Vou dar um exemplo:
Caifás, o Sumo-sacerdote que condenou Jesus, era genro de Anás, outro Sumo-sacerdote.
Lemos em João 18:13,14:
E conduziram-no primeiramente a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano. Ora, Caifás era quem tinha aconselhado aos judeus que convinha que um homem morresse pelo povo.
Flávio Josefo menciona em relação a Anás, Anás ben Sete,  que nenhum outro Sumo- sacerdote teve tantos parentes nos cargos do Grande Sinédrio :
a-      Eleazar ben Anás;
b-      Josefo ben Caifás, que se casou com a filha de Anás;
c-      Jônatas ben Anás ;
d-      Teófilo ben Anás ;
e-      Matias ben Anás ;
f-       Anás ben Anás , o filho de Anás , portanto o mais jovem dos cinco irmãos.
Era ou não era uma Assembleia de castas, um órgão elitista?
Claro que era.
O Sinédrio  tinha como presidente  um príncipe denominado Nasi, um Av Beit Din, o segundo membro em importância, e um Cohen Gadol , o Sumo-sacerdote.
Assim o “Grande Sinédrio alcançou seu ápice de importância, legislando todos os aspectos da vida religiosa e política judaica dentro dos parâmetros estabelecidos pela tradição bíblica e rabínica”.
Porque mudar aquilo que estava funcionado?
Esses donos do Poder, como todos os donos de Poder pelos séculos e séculos,  é que não queriam mudanças.


Jesus expulsa os vendilhões do Templo sob o olhar dos Sacerdotes
De Rembrandt

E Jesus se insurgiu contra esses estado de coisas como está no Evangelho de João 2:13-17:
E estava próxima a páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
E achou no templo os que vendiam bois, e ovelhas, e pombos, e os cambiadores assentados.
E tendo feito um azorrague de cordéis, lançou todos fora do templo, também os bois e ovelhas; e espalhou o dinheiro dos cambiadores, e derribou as mesas;
E disse aos que vendiam pombos: Tirai daqui estes, e não façais da casa de meu Pai casa de venda.
E os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devorou.
Foi nesse dia que os membros do Grande Sinédrio decidiram matar Jesus de Nazaré. 
Esse galileu não podia viver para subverter a ordem por eles estabelecidas.
Jesus passou a ser um real perigo para o poderoso Grande Sinédrio.
E deu no que deu. 
Mais, antes desse ato e fato de Bento XVI, que o Sumo Pontífice e Bispo de Roma Leão XIII,  256° Papa da Igreja Católica, nascido Vincenzo Gioacchino Raffaele Luigi Pecci, cujo papado foi de 20 de fevereiro de 1878 até 20 de julho de 1903, lançou a Encíclica Providentissimus Deus de 18 de novembro de 1893, que versava detalhadamente “ Sobre o Estudo da Sagrada Escritura ".
A Encíclica Providentissimus Deus continha:
1-      A revisão da história do estudo da Bíblia desde o tempo dos Pais da Igreja até o seu tempo;
2-      Os  erros dos racionalistas e  críticos ;
3-      Os princípios do estudo das escrituras;
4-      As diretrizes sobre como as escrituras deveriam ser ensinadas nos seminários;
5-      As questões de aparentes contradições entre a Bíblia e a ciência física, ou entre uma parte da escritura e outra, e como tais aparentes contradições podem ser resolvidas.
Foi uma bomba atômica na cristandade, principalmente entre o Clero Católico Romano, que desejava a todo custo manter o povo ignorante sobre a Palavra de Deus e como verdadeira massa de manobra para suas atividades as vezes nem sempre cristãs.
E “está encíclica passou a fazer parte do permanente  conflito entre conservadores e reformistas”.
Os anos se passaram.


Venerável Pio XII


Roma ocupada pelos nazista, a morte passeava pela Península Italiana matando a tordo e a direito, a Gestapo mandava e desmandava, o Rei Vitorio Emanuele III fugiu de sua capital com todo o governo, e no Vaticano um homem magro, de aparência doentia, frágil de corpo, usava o anel e as sandálias do pescador, sentava no cambaleante Trono da Igreja Católica Apostólica Romano, seu nome Pio XII, o ultimo grande Papa da Igreja de Roma.
Eugenio Maria Giuseppe Pacelli era de uma família de nobres romanos, de nobres de Acquapendente e de Sant'Angelo in Vado, titulados pelo Sumo Pontífice como Príncipes e Marqueses, por sua fidelidade a Igreja.
Marcantonio Pacelli, avô de Pio XII, foi o organizador do Osservatore Romano , o jornal oficial do Estado do Vaticano.
Eugenio Maria Giuseppe Pacelli, eleito o 260° Papa da Igreja Católica em 2 de março de 1939, entronizado em 12 de março de 1939, como os seus não tinha medo dos inimigos de seu Deus, de sua Igreja, de seu povo.
Em meio ao cerco da Gestapo deu a conhecer ao mundo de própria voz pela Rádio do Vaticano, em 30 de setembro de 1943, a Encíclica ” Divino Afflante Spiritu” - "Sob a inspiração do Espírito Santo” - que não só comemorava os cinquenta anos da emissão da Providentissimus Deus pelo Papa Leão XIII, como, também, exortava aos cristãos do mundo inteiro a lerem o que ele chamava de Sacri Libri, a nossa Bíblia com o Velho e o Novo Testamento, isso numa Roma tomada pelos nazistas.
Que grande homem.
“Em sua encíclica, Pio XII sublinhou a importância do estudo diligente das línguas originais e outras línguas cognatas para chegar a um conhecimento mais profundo e mais completo do significado dos textos sagrados:
Devemos explicar o texto original que foi escrito pelo próprio autor inspirado e tem mais autoridade e maior peso do que qualquer outra, mesmo a melhor, tradução antiga ou moderna. Isto pode ser feito de maneira mais fácil e proveitosa se, para o conhecimento das línguas, se associe a uma habilidade real na crítica literária do mesmo texto.
Desde então, as traduções católicas da Bíblia basearam-se diretamente nos textos encontrados nos manuscritos nas línguas originais, mas levando em conta as traduções antigas que às vezes esclarecem o que parecem ser erros de transcrição nesses manuscritos.
Aleluia
Gloria Deus.
Repito:
Que grande homem foi Eugenio Maria Giuseppe Pacelli, que seguidor coerente do Caminho traçado pelo Senhor Jesus, por isso não canso de afirmar que Pio XII foi o último grande Papa da Igreja de Roma.
Por Pio XII a Cristandade teve que aceitar o Velho Testamento, o Tanakh, a Bíblia hebraica, a Torá, pois ela é o nosso Pentateuco.
Aleluia.
Foi Pio XII, Venerável por suas virtudes heroicas como Servo de Deus, que rompeu definitivamente com o milenar habito papal de odiar os judeus de menosprezarem a Bíblia, as Sagradas Escrituras, principalmente o Velho Testamento que nada mais é do que  a  totalidade das Escrituras Hebraicas, ou seja, o Tanakh, com a Torá.