segunda-feira, 10 de junho de 2013

Síria versus Israel 6 e vice-versa. Sexta Parte

Continuando no livro “OS MACABEUS”  de Jorge Eduardo, Dr. h.c. por Mérito Eclesiástico:

INTERMEZZO

UM FATO NOVO NA POLITICA EXTERNA DO ORIENTE PRÓXIMO;
Agora além Jerusalém e seu Templo do Deus Eterno, estarem “exprimidos” entre a Síria e o Egito, seus dois soberanos que cobiçavam Trono um do outro e ambos, pretendiam criar um  'Estado Tampão', o que  trazia segurança para as terras de seus Reinos, mais para isso tinham que conquistar a Palestina.
Para maior tranquilidade ambos  tinham que HELENIZAR os povos conquistados, ate por
uma questão de crença religiosa.
Jerusalém fervilhava e parte do Povo tremia de medo dos Soberanos das Dinastias Gregas do Egito e da Síria.
Os Selêucidas com Antíoco III, o Grande, em 217 a.C. tentou invadir o Egito quando reinava Ptolomeu  IV Filopator, mas foi derrotado em Rafia, portanto dessa da primeira vez não consegui. Em 198 a.C. obteve uma vitória sobre o Monarca Egípcio  em Paniom (a Cesaréia de Filipe do Novo Testamento), obtendo o controle daquela região e fortalecendo, mas sua posição em todo sul da Siria, e nos domínios fronteiriços, como a Palestina.
Depois de ter colocado a 'casa em ordem', marchou para o leste reconquistando e consolidando os domínios da Dinastia dos Selêucidas. Foi vitorioso até encontrar com as Coortes Romanas, que o venceu na Batalha de Magnésia, em a.C. 189. Pelo Tratado de Apaméia cedeu a Roma, uma Potencia Emergente, a Ásia Menor e outros domínios.
Veio a falecer em 187 a.C. desgostoso da vida.
Foi sucedido por seu filho Seleuco IV Filopator, cujo o filho,  o futuro Demétrio I Sóter, havia sido levado como refém para Roma, como parte integrante do Tratado de Apaméia,alias era um costume naquela época levar os príncipes dos Reinos, ou tribos, derrotados para a Capital do Império nascente para ser educado como um Cidadão Romano.
Seleuco IV Filopator ocupou o Trono Seleúcida de 187 a.C. até 175 a.C., mas a Historia pouco fala dele. Consta que foi  assassinado por seu ministro Heliodoro.
Como seu filho, o Príncipe-Herdeiro, estava em Roma, seu Trono foi ocupado simultaneamente por seu irmão Antíoco IV Epifanes e seu filho mais moço, que também chamava-se Antíoco, o Moço,ou O sem numero.
 O Trono compartilhado durou de 175 a 170 a.C, e esse Antíoco, o moço , na ausência de seu tio e co-soberano, foi assassinado por  Andrônico.
Esse Andrônico era uma figura sinistra para não ser delatado seu envolvimento no roubo de vasos de ouro do Templo acabou matando o Sumo Sacerdote Onias III, que já tinha sido deposto e estava exilado, mas que por ser reto e justo era a consciência do Povo Judeu.
Dessa fez, devido ao clamor geral, ate dos vizinhos, Antíoco IV Epifanes madou justiçar Andrônico, o despojando de todas as honras e o fazendo matar no mesmo local a onde ele havia assassinado a Onias III.
 Por esse tempo um grupo de Judeus aconselhados por estrangeiros que estavam entre eles, oriundo da turma dos que “tremia de medo”, se apresentou ante ao Soberano propondo-lhe uma aliança que ele aceitou.
Ao voltarem a Jerusalém, para espanto e ira de muitos, fundaram uma escola para helenizar e se helenizarão.
Dá para imaginar a raiva de muitos outros
O Rei Antíoco IV Epifanes intimou o Faraó Ptolomeu VI  Filometor, que lhe entrega-se  Coele-Siria e por não ter sido feita a sua vontade invadiu o Egito com um poderosíssimo exercito, composto de uma oficialidade realmente competente, tanto que quase dominaram todo o Pais e prenderam o Faraó e  deixou no Trono, como um Títere do Rei da Siria.
Os Cidadãos de Alexandria se opuseram a Antíoco IV Epifanes e aclamara o irmão do Faraó, outro Ptolomeu, irmão de Ptolomeu VI  Filometor  como Soberano.
Foi um furdunço danado.
Com a volta do Vencedor para a Síria os dois irmãos acordaram em reinar ao mesmo tempo, o que enfureceu o Selêucida. No comando de sua Frota tomou Chipre e invadiu o Egito. Quando chegou a Alexandria foi detido pelo Embaixador de Roma. Caio Popilio Lenate, Cônsul romano de 172 a.C. A 152 a.C..
Caio Popilio Lenate fora enviado ao Egito apaziguar os dois irmãos Faraós e de quebra tentar a Paz entre o Egito e o Rei da Síria.
Entre as clausulas do Tratado entre as duas Dinastias ficava estipulado que Antíoco IV Epifanes abandonaria Chipre e abriria mão das suas conquistas egípcias. A principio arrogante peitou o Embaixador de Roma, mas esse soube ganhar tempo. Depois de algumas tratativas infrutíferas Caio Popilio Lenate vendo que não ia dar em nada sua diplomacia, traçou um circulo em volta do Soberano Sírio com uma vara e ordenou que ele só se movesse dali quando aceitasse as exigências de Roma sobre o Egito, Chipre, etc e tal.
Com medo da Emergente Roma, para qual seu antecessor já havia perdido a Ásia Menor e outros domínios ordenou a retirada.
Esses fatos deixou Antíoco IV Epífanes mais furioso e quem pagou a pato foi o Povo de Israel.
Ato continuo:
  “E depois que assolou a Egito no ano cento e quarenta e três, deu volta Antíoco: e marchou contra Israel. E chegou a Jerusalém com um formidável exercito. E entrou cheio de soberba no santuário, e tomou o altar de ouro, e o candeeiro dos lumes, e todos os seus vasos, e  a mesa da proposição, e as bacias, e os copos e as grais de ouro, e o véu, e as coros, e o ornamento de ouro, que estava na fachada do Templo; e quebrou tudo. E tomou a prata e o ouro, e os vasos preciosos: e tomou os tesouros escondidos, com ele foi dar: e tendo levado tudo, foi-se par o seu país. E fez grande matança de homens , e falou com grande soberba.”
 (I Macabeus , capitulo1,versículo de 21 a 25)
“ Então houve um grande pranto em Israel, e em todos os lugares dele”.
( I  Macabeus , capitulo 1, versículo 26)

.. e os judeus, mais uma vez, sentiram na pela a dor da opressão.

Dois anos depois Antíoco IV Epífanes enviou Superintendente com poderes para arrecadar impostos. Era bom de lábia e os judeus acreditaram a principio nele, e o receberam bem, mas de repente o clima mudou e o 'Tal amigo do Rei' e seus homens, passaram a saquear todos e a roubar tudo que podia ser roubado. Para facilitar matavam e queimavam as pessoas, derrubavam e incendiavam as casas. Destruíam o que estivesse na frente das suas tropas, fosse o que fosse, e assim espalhavam o medo, o terror.
Para completar levaram os jovens, as mulheres, as crianças para servirem como escravos, além de todo o gado.
Mas Antíoco IV Epifanes era insaciável em sua vilania, em sua torpeça, na sua ganancia por poder divino, pois essa era no fundo, no fundo, a sua razão de tanto ódio pelo Verdadeiro Deus e não parou por aí.
Publicou vários Editos:
1-       Ordenou  aos povos de seu grande Império que  abandonassem a sua cultura tradicional e adota-se a Helenização, alias esse também era o sonho de Alexandre até  colocar na cabeça que era mais um Príncipe Oriental do que grego.
2-       Consequentemente deveriam adotar os cultos aos deuses gregos, oferecer sacrifício a essas divindades, construir templos para elas, e assim por diante em termos de culto religioso.
3-       O caro leitor já imaginou um judeu oferecer sacrifícios a esses deuses principalmente que neles era usadas “ carne de porco, e rezes imundas”?
( I Macabeus capitulo 1, versículo 50)
4-       Ainda nos editos para os judeus; “..., e que deixassem os seus filhos por circuncidar,..”
( I Macabeus,capitulo 1 versiculo51)
5-       Para finalizar: ...” que contaminassem suas almas com toda a casta de comeres imundos, e que com toda abominação, de sorte que esquecessem a lei de Deus, e transtornassem todas as suas ordenanças.”
( I Macabeus, capitulo 1,versículo 51)
Pasmem;
Mas é Verdade;
Acreditem no que eu digo por que está na Bíblia:
A maioria da população aceitou a cumprir esses Editos do Rei Antíoco IV Epifanes, da Síria e eu vou provar.
 Bíblia Sagrada, Barsa, Edição de 1964:
 “ No dia quinze do mês de Casleu, ano cento e quarenta e cinco, pôs o rei Antíoco o abominável ídolo da desolação ( Júpiter Olímpico ) em cima do altar de Deus, e por toda parte edificaram altares em toda as cidades de Judá, e os homens ofereceram incenso, sacrificaram diante das portas das casas, e no meio das ruas: rasgando os livros da lei de Deus; os deitaram fogo e a todo aquele , em poder do qual se achavam os livros do testamento do Senhor, e qualquer que observava a lei do Senhor, cruelmente o matavam, conforme o edito do rei.”
( I Macabeus, capitulo 1, versículos de: 57 a 60 )
 Creio que por um erro na Tradução o deus máximo e entronizado no Templo do Deus Eterno por Antíoco IV Epífanes é citado como  Júpiter Olímpico , o caso é que o Rei era grego, portanto o seu deus maior era Zeus, o pai dos deuses.
Quando os romanos latinizaram os deuses gregos, foi que Zeus passou a ser chamado por eles, os de Roma, Júpiter Olímpico .
O erro não é grave, no frigir dos ovos, mas vale a pena ser corrigido.
Mas voltemos para o Povo de Israel, os Judeus:

Muitos cederam, poucos ficaram firmes na Fé e é desses que passaremos a falar.

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