Continuando no livro “OS
MACABEUS” de Jorge Eduardo, Dr. h.c. por
Mérito Eclesiástico:
INTERMEZZO
UM
FATO NOVO NA POLITICA EXTERNA DO ORIENTE PRÓXIMO;
Agora além Jerusalém e seu Templo do Deus Eterno, estarem
“exprimidos” entre a Síria e o Egito, seus dois soberanos que cobiçavam Trono
um do outro e ambos, pretendiam criar um
'Estado Tampão', o que trazia
segurança para as terras de seus Reinos, mais para isso tinham que conquistar a
Palestina.
Para maior tranquilidade ambos tinham que HELENIZAR os povos conquistados,
ate por
uma questão de crença religiosa.
Jerusalém fervilhava e parte do Povo tremia de medo dos
Soberanos das Dinastias Gregas do Egito e da Síria.
Os Selêucidas com Antíoco III, o Grande, em 217 a.C. tentou
invadir o Egito quando reinava Ptolomeu
IV Filopator, mas foi derrotado em Rafia, portanto dessa da primeira vez
não consegui. Em 198 a.C. obteve uma vitória sobre o Monarca Egípcio em Paniom (a Cesaréia de Filipe do Novo
Testamento), obtendo o controle daquela região e fortalecendo, mas sua posição
em todo sul da Siria, e nos domínios fronteiriços, como a Palestina.
Depois de ter colocado a 'casa em ordem', marchou para o
leste reconquistando e consolidando os domínios da Dinastia dos Selêucidas. Foi
vitorioso até encontrar com as Coortes Romanas, que o venceu na Batalha de
Magnésia, em a.C. 189. Pelo Tratado de Apaméia cedeu a Roma, uma Potencia
Emergente, a Ásia Menor e outros domínios.
Veio a falecer em 187 a.C. desgostoso da vida.
Foi sucedido por seu filho Seleuco IV Filopator, cujo o
filho, o futuro Demétrio I Sóter, havia
sido levado como refém para Roma, como parte integrante do Tratado de
Apaméia,alias era um costume naquela época levar os príncipes dos Reinos, ou
tribos, derrotados para a Capital do Império nascente para ser educado como um
Cidadão Romano.
Seleuco IV Filopator ocupou o Trono Seleúcida de 187 a.C.
até 175 a.C., mas a Historia pouco fala dele. Consta que foi assassinado por seu ministro Heliodoro.
Como seu filho, o Príncipe-Herdeiro, estava em Roma, seu
Trono foi ocupado simultaneamente por seu irmão Antíoco IV Epifanes e seu filho
mais moço, que também chamava-se Antíoco, o Moço,ou O sem numero.
O Trono
compartilhado durou de 175 a 170 a.C, e esse Antíoco, o moço , na ausência de
seu tio e co-soberano, foi assassinado por
Andrônico.
Esse Andrônico era uma figura sinistra para não ser delatado
seu envolvimento no roubo de vasos de ouro do Templo acabou matando o Sumo
Sacerdote Onias III, que já tinha sido deposto e estava exilado, mas que por
ser reto e justo era a consciência do Povo Judeu.
Dessa fez, devido ao clamor geral, ate dos vizinhos,
Antíoco IV Epifanes madou justiçar Andrônico, o despojando de todas as honras e
o fazendo matar no mesmo local a onde ele havia assassinado a Onias III.
Por esse tempo um
grupo de Judeus aconselhados por estrangeiros que estavam entre eles, oriundo da
turma dos que “tremia de medo”, se apresentou ante ao Soberano propondo-lhe uma
aliança que ele aceitou.
Ao voltarem a Jerusalém, para
espanto e ira de muitos, fundaram uma escola para helenizar e se helenizarão.
Dá para imaginar a raiva de
muitos outros
O Rei Antíoco IV Epifanes intimou o Faraó Ptolomeu
VI Filometor, que lhe entrega-se Coele-Siria e por não ter sido feita a sua
vontade invadiu o Egito com um poderosíssimo exercito, composto de uma
oficialidade realmente competente, tanto que quase dominaram todo o Pais e
prenderam o Faraó e deixou no Trono,
como um Títere do Rei da Siria.
Os Cidadãos de Alexandria se opuseram a Antíoco
IV Epifanes e aclamara o irmão do Faraó, outro Ptolomeu, irmão de Ptolomeu
VI Filometor como Soberano.
Foi um furdunço danado.
Com a volta do Vencedor para a Síria os dois
irmãos acordaram em reinar ao mesmo tempo, o que enfureceu o Selêucida. No
comando de sua Frota tomou Chipre e invadiu o Egito. Quando chegou a Alexandria
foi detido pelo Embaixador de Roma. Caio Popilio Lenate, Cônsul romano de 172
a.C. A 152 a.C..
Caio Popilio Lenate fora enviado ao Egito apaziguar
os dois irmãos Faraós e de quebra tentar a Paz entre o Egito e o Rei da Síria.
Entre as clausulas do Tratado entre as duas
Dinastias ficava estipulado que Antíoco IV Epifanes abandonaria Chipre e
abriria mão das suas conquistas egípcias. A principio arrogante peitou o
Embaixador de Roma, mas esse soube ganhar tempo. Depois de algumas tratativas
infrutíferas Caio Popilio Lenate vendo que não ia dar em nada sua diplomacia,
traçou um circulo em volta do Soberano Sírio com uma vara e ordenou que ele só
se movesse dali quando aceitasse as exigências de Roma sobre o Egito, Chipre,
etc e tal.
Com medo da Emergente Roma, para qual seu
antecessor já havia perdido a Ásia Menor e outros domínios ordenou a retirada.
Esses fatos deixou Antíoco IV Epífanes mais
furioso e quem pagou a pato foi o Povo de Israel.
Ato continuo:
“E
depois que assolou a Egito no ano cento e quarenta e três, deu volta Antíoco: e
marchou contra Israel. E chegou a Jerusalém com um formidável exercito. E
entrou cheio de soberba no santuário, e tomou o altar de ouro, e o candeeiro
dos lumes, e todos os seus vasos, e a
mesa da proposição, e as bacias, e os copos e as grais de ouro, e o véu, e as
coros, e o ornamento de ouro, que estava na fachada do Templo; e quebrou tudo.
E tomou a prata e o ouro, e os vasos preciosos: e tomou os tesouros escondidos,
com ele foi dar: e tendo levado tudo, foi-se par o seu país. E fez grande
matança de homens , e falou com grande soberba.”
(I Macabeus , capitulo1,versículo de 21 a 25)
“ Então
houve um grande pranto em Israel, e em todos os lugares dele”.
(
I Macabeus , capitulo 1, versículo 26)
.. e
os judeus, mais uma vez, sentiram na pela a dor da opressão.
Dois anos depois Antíoco IV Epífanes enviou Superintendente
com poderes para arrecadar impostos. Era bom de lábia e os judeus acreditaram a
principio nele, e o receberam bem, mas de repente o clima mudou e o 'Tal amigo
do Rei' e seus homens, passaram a saquear todos e a roubar tudo que
podia ser roubado. Para facilitar matavam e queimavam as pessoas, derrubavam e incendiavam
as casas. Destruíam o que estivesse na frente das suas tropas, fosse o que
fosse, e assim espalhavam o medo, o terror.
Para completar levaram os jovens, as mulheres, as crianças
para servirem como escravos, além de todo o gado.
Mas Antíoco IV Epifanes era insaciável em sua vilania, em
sua torpeça, na sua ganancia por poder divino, pois essa era no fundo, no
fundo, a sua razão de tanto ódio pelo Verdadeiro Deus e não parou por aí.
Publicou vários Editos:
1-
Ordenou aos povos de
seu grande Império que abandonassem a
sua cultura tradicional e adota-se a Helenização, alias esse também era o sonho
de Alexandre até colocar na cabeça que
era mais um Príncipe Oriental do que grego.
2-
Consequentemente deveriam adotar os cultos aos deuses
gregos, oferecer sacrifício a essas divindades, construir templos para elas, e
assim por diante em termos de culto religioso.
3-
O caro leitor já imaginou um judeu oferecer sacrifícios a
esses deuses principalmente que neles era usadas “ carne de porco, e rezes
imundas”?
( I Macabeus capitulo 1, versículo 50)
4-
Ainda nos editos para os judeus; “..., e que deixassem os
seus filhos por circuncidar,..”
( I Macabeus,capitulo 1 versiculo51)
5-
Para finalizar: ...” que contaminassem suas almas com toda
a casta de comeres imundos, e que com toda abominação, de sorte que esquecessem
a lei de Deus, e transtornassem todas as suas ordenanças.”
( I Macabeus, capitulo 1,versículo 51)
Pasmem;
Mas é Verdade;
Acreditem no que eu digo por que está na Bíblia:
A maioria da população aceitou a cumprir esses Editos do
Rei Antíoco IV Epifanes, da Síria e eu vou provar.
Bíblia Sagrada, Barsa, Edição de 1964:
“ No dia quinze do
mês de Casleu, ano cento e quarenta e cinco, pôs o rei Antíoco o abominável
ídolo da desolação ( Júpiter Olímpico
) em cima do altar de Deus, e por toda parte edificaram altares em toda as
cidades de Judá, e os homens ofereceram incenso, sacrificaram diante das portas
das casas, e no meio das ruas: rasgando os livros da lei de Deus; os deitaram
fogo e a todo aquele , em poder do qual se achavam os livros do testamento do
Senhor, e qualquer que observava a lei do Senhor, cruelmente o matavam,
conforme o edito do rei.”
( I
Macabeus, capitulo 1, versículos de: 57 a 60 )
Creio que por um
erro na Tradução o deus máximo e entronizado no Templo do Deus Eterno por
Antíoco IV Epífanes é citado como Júpiter Olímpico , o caso é que o Rei
era grego, portanto o seu deus maior era Zeus, o pai dos deuses.
Quando os romanos latinizaram os deuses gregos, foi que
Zeus passou a ser chamado por eles, os de Roma, Júpiter Olímpico .
O erro não é grave, no frigir dos ovos, mas vale a pena ser
corrigido.
Mas voltemos para o Povo de Israel, os Judeus:
Muitos cederam, poucos ficaram firmes na Fé e é
desses que passaremos a falar.
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