Síria
versus Israel
e
vice-versa
Segunda
Parte
Cenário: a Síria
2- "Síria (em árabe: سورية sūriyyaħ
ou سوريا sūriyā)
é um país árabe que faz fronteira com o Líbano e o Mar Mediterrâneo a oeste,
Israel no sudoeste, Jordânia no sul, Iraque a leste e Turquia no norte”.
“A Síria possui uma história muito
antiga, desde canaanitas, fenícios, arameus, hebreus, egípcios, sumérios,
assírios, babilónios, hititas, persas, gregos e bizantinos, marcada fortemente
pela influência e rivalidade de Mesopotâmia e Egito”.
“Desde a Antiguidade, a região
compreendida entre a Península da Anatólia, a Turquia e a Península do Sinai já
era denominada como Síria, o domínio deste território foi um objetivo constante
das antigas civilizações egípcias, que consideravam aquela região como a porta
de entrada de seu país, e para persas, que o viam aquela região como uma ponte
para a ampliação de seu Império”.
“Entre os séculos XII e VII
a.C., desenvolveu-se, na parte central de seu litoral, a Civilização Cananéia,
conhecida pelos gregos como Civilização Fenícia, naquela sociedade
destacavam-se marinheiros e comerciantes que, sem se interessar por qualquer
expansão territorial ou mesmo por sua unificação política (as cidades fenícias
sempre foram independentes, ainda que, por certos períodos, uma ou outra
exercesse hegemonia sobre as demais) criaram a primeira civilização mercantil
do planeta” .
“Depois de ser ocupada pelos persas,
à Síria foi conquistada por Alexandre, o Grande ou o Magno, da Macedónia”.
“Após a morte de Alexandre, o Grande,
em 323 a.C., o vasto Império formado por aquele conquistador foi dividido
e Síria se tornou o centro do Império Selêucida, assim denominado por ser
inicialmente chefiado por Seleuco, que fora um general de Alexandre, que se
estendia até o oeste da Índia” .
“Grandes cidades se desenvolveram
nessa região como a mítica Palmira, uma das mais originais e descanso de
caravanas”.
‘Posteriormente, a região passou a
ser uma província do Império Romano, que já não incluía a parte oriental do
antigo Império Selêucida, então dominada pelos partos (persas), nesse período
aquela região foi constantemente agitada por guerras’’.
“Em 636 d. C., o domínio da região
passou do Império Bizantino para os árabes, liderados pelo Califa Omar, tendo
conquistado a Síria em Batalha de Yarmuk ou Batalha de Jarmuque (em árabe: معركةاليرموك),
que durou seis dias, de 15 a 20 de agosto de 636 d. C., travados perto do rio
Jarmuque, a sudeste do mar da Galileia, no que é atualmente a fronteira entre a
Síria e a Jordânia e não muito longe das fronteiras do Líbano e Israel”.
(Omar ibn al-Khattab ou Umar ibn
al-Khattab (árabe: عمر ابن الخطاب; Meca, ca. 586 — Medina, 3 de
Novembro de 644), conhecido em português simplesmente como Omar ou Umar, foi o
segundo dos Califas Muçulmanos (634-644), o mais poderoso dos “Califas bem
guiados” e um dos mais poderosos e influentes governantes muçulmanos. Omar pertencia
ao clã menor dos Adi, integrado na tribo dos Coraixitas (Quraysh), à qual
também pertencia o Profeta Maomé. Deu uma das suas filhas, Hafsa, em casamento
a Maomé e quando este faleceu em 632, Omar apoiou Abu Bakr como novo
líder da comunidade dos crentes, tendo se tornado um dos seus conselheiros.
Morreu assassinado por um cristão persa em 644. Foi sepultado junto a Muhammad
e Abu Bakr no recinto da Mesquita do Profeta em Medina (Masjid al-Nabawi).)
“E assim Damasco passou a ser a
capital do mais poderoso império da época, o Califado Omíada”.
“A Igreja de São João Batista virou a
Mesquita Omíada de Damasco”.
“Assim com a ascensão do islamismo, a
Síria foi um dos focos mais importantes da Civilização Árabe, sobretudo na
época do califado Omíada (661-750), centrado em Damasco, e da dinastia
Hamdanida (905-1004), centrado em Alepo”.
“Em 732 d. C., o Califa de Damasco,
Hisham ibn Abd al-Malik envia um gigantesco exército para garantir a expansão
do califado pela Europa. Foram atacados pelo exército franco de Carlos Martel
não muito longe de Paris (Batalha de Tours), sendo derrotados”.
“Em 750, o último califa Omíada,
Marwan II é assassinado, e os Abássidas assumem o poder do Califado e
transferem sua capital para Bagdá, enquanto os Omíadas fogem para Córdova, na
península Ibérica”.
“Os Omíadas só lograram restabelecer
um califado ibérico em 950, com Abd Al Rahman III”.
“Mas, a esta altura, Damasco já tinha
perdido sua importância política, sendo agora um centro regional”.
“A Síria é significativa na história do
cristianismo, o apóstolo Paulo foi convertido na estrada de Damasco, e surgiu
como uma figura importante na Igreja de Cristo em Antioquia, de onde partiu em
muitas de suas viagens missionárias”.
“Os cruzados se estabeleceram na
Síria durante algum tempo e construíram importantes fortificações, como o Krak
dos Cavaleiros”.
“Em 1175, Salah Al Din (Saladino)
unifica o Egito, Síria e Iraque, e estabelece capital novamente em Damasco, o
que possibilita o início do processo de expulsão dos cruzados. A região também
enfrentou tentativas de invasões mongóis invasores e tártaras”.
“No século XVI (1516), a região
passou a ser uma província do Império Otomano”.
“Em 1831, o quediva do Egito, Mehemet
Ali, conquistou a região e passou a cobrar pesados impostos
e a exigir serviço militar obrigatório, o que provocou uma revolta popular que
uniu com cristãos e muçulmanos. O fato de comunidades cristãs que participaram
dessa revolta estarem sob ameaça de severa repressão, serviu como um pretexto
para a interferência militar europeia, num processo que levou à instalação de
tropas francesas na região, visando a proteção dos cristãos sírios”.
“Em 1840, a região voltou ao controle
do Império Otomano, que permitiu a instalação de missões e escolas cristãs
subsidiadas pelos europeus”.
“Em 1858, os maronitas, organizados
em comunidades situadas na região montanhosa entre Damasco e Jerusalém,
romperam com a classe dominante cristã e aboliram o sistema feudal da posse da
terra”.
“Seus vizinhos muçulmanos,
principalmente os drusos, decidiram reprimir o movimento antes que se
alastrasse por toda a região”.
“O conflito culminou com os chamados
massacres de junho de 1860”.
“Um mês depois, tropas francesas
desembarcaram em Beirute para proteger os cristãos”.
“Essa intervenção forçou o Império
Otomano a criar uma província separada, o "Pequeno Líbano", que
deveria ser governado por um cristão nomeado pelo sultão e aprovado pelas
potências europeias”.
“Porém, pela sua situação, foi objeto
de ambição estrangeira o que conduziu a divisão do seu território”.
“Com a eclosão da Primeira Guerra
Mundial, o Emir Faisal (Faisal bin Hussein bin Ali al-Hashimi, (Arabic: فيصل بن حسين بن علي الهاشمي Fayṣal ibn Ḥusayn)
foi proclamado Rei da Grande Síria, como um desdobramento da Revolta Árabe, na
época, as intenções da França e do Império Britânico eram desconhecidas, mas,
por meio do Acordo Sykes-Picot, Paris e Londres haviam divido o crescente
fértil deixando a Síria e o Líbano sob controle/influência francesa, enquanto
que o Império Britânico exerceria controle/influência sobre Palestina,
Transjordânia (atualmente Israel e Jordânia) e Iraque”.
(Faisal I do Iraque (Taif, 20 de Maio 1883 - Berna, 8 de
Setembro de 1933 de ataque cardíaco ) foi um líder nacionalista árabe que em 1
de Outubro de 1918 entrou em Damasco com as tropas anglo-árabes de T. E.
Lawrence. Lourenço da Arábia, e que em março de 1920 um congresso nacional
sírio o declarou Rei da Grande Síria, um reino que deveria englobar o que hoje
corresponde à Síria, Líbano, Palestina e Jordânia.
Era membro da Dinastia Hachemita.
Nasceu em Taif, localidade hoje em dia situada na Arábia
Saudita, sendo o terceiro filho do Emir e grande Xerife de Meca, Hussein
bin Ali, que governou o Hejaz entre 1916 e 1924., e irmão de Abdullah, que foi
Rei da Transjordânia (mais tarde transformada no Reino da Jordânia), bisavô do
atual Rei Abdullah II - Abdullah II ibn Al-Hussein (Arabic: عبد الله الثاني بن الحسين, ʿAbdullāh
aṯ-ṯānī ibn al-Ḥusayn.
Os Hashemitas são descendentes de Hashim ibn Abd al-Manaf
(morto c. 510 AD), o bisavô do Profeta Maomé, embora a Dinastia atual
refere-se principalmente aos descendentes da filha do Profeta e da sua
primeira esposa Cadija, Fátima (em árabe: فاطمة;
nasceu em Meca, para uns em 606, para outros em 614 d.C. e faleceu em
Medina em 632 d.C., casada com Ali ibn Abi Talib (o quarto Califa, para
os sunitas ou o primeiro para os xiitas), mãe de Hussein e Hassan.
Hashemitas viviam em uma luta contínua contra os Omíadas
para saber quem seria o sucessor do Profeta Maomé. Após a derrubada dos
Omíadas, os Abássidas que se apresentam como representantes dos Hashemitas. O
pai de Maomé morreu antes de ele nascer, e sua mãe morreu quando ele era
criança, então Maomé foi criado por seu tio Abu Talib, chefe dos Hashemitas).
A Conferência de San Remo (19 a 26 de
abril de 1920, San Remo, Itália), realizada pelo conselho supremo aliado após a
Primeira Guerra Mundial, determinou a atribuição de mandatos da Sociedade das
Nações às potências vitoriosas, para que estas administrassem territórios
anteriormente pertencentes ao Império Otomano no Oriente Médio. As decisões da
conferência apenas confirmaram (por exemplo, no que respeita à Palestina) as conclusões
da Conferência de Londres, realizada em fevereiro de 1920. O Reino Unido
recebeu o mandato da Palestina e do Iraque, enquanto que a França ganhou o
controle da Síria e do Líbano.
As fronteiras entre aqueles
territórios não foram especificadas.
Em linhas gerais, a conferência
confirmou os termos do Acordo Sykes-Picot, estabelecido entre o Reino Unido e a
França em 19 de maio de 1916, que partilhou a região, e também da Declaração de
Balfour, de 2 de novembro de 1917, pela qual o governo britânico assumira o
compromisso de estabelecer o Lar Nacional Judeu na Palestina, sem prejuízo dos
direitos civis e religiosos da população não judaica da região. As decisões da
conferência foram incorporadas ao natimorto tratado de Sèvres. Como a Turquia
rejeitou o tratado, as conclusões da conferência foram formalizadas pelo
Conselho da Sociedade das Nações, em 24 de julho de 1922 e pelo tratado de
Lausanne.
Com isso o Alto Comissário do Governo
francês no Levante de 1919 a 1923, General Henri Joseph Eugène Gouraud,
ocupou militarmente o reino da Síria e expulsou ao Rei Faisal de Damasco em
Julho de 1920. Este se refugiou então em Londres a convite do governo
britânico; em agosto de 1921, após um plebiscito que deu 96% de votos a favor
Faisal, a Grã Bretanha o Corou Rei do Iraque.
Dois meses depois da ocupação
militar, a Síria foi dividida em cinco Estados coloniais: Grande Líbano (que
agregava outras regiões ao território do Pequeno Líbano), Damasco, Alepo,
Djabal Druza e Alawis (Latakia); os quatro últimos foram reunificados em 1924.
Até 1932, o país viveu em relativa
tranquilidade; naquele ano foram eleitos o presidente e o parlamento, mas a
França deixou clara sua intenção de não permitir uma grande autonomia interna.
A negativa francesa engendrou a agitação e os conflitos, que cessaram em 1936
com um acordo onde os franceses reconheceram a justiça das reivindicações dos
sírios, sendo que a principal delas era a reunificação com o Líbano. Entretanto,
esse acordo nunca foi ratificado, o que causou mais agitação, culminando, em
1939, com a renúncia do presidente sírio e a suspensão da Constituição de 1930.
Em 1941, forças da França Livre,
movimento fundado pelo General Charles de Gaulle em 18 de Junho de 1940, em
operação conjunta com o Império Britânico ocuparam a região, destituindo do
poder os colaboracionistas dos nazistas da França de Vichy (em francês chamada
hoje de Régime de Vichy ou Vichy; naquela altura auto titulava-se de État
Français).
Em 1943 foram eleitos Chikri
Al-Quwatti como presidente na Síria, e Bechara Al-Kuri como presidente do
Líbano. Entretanto, quando Bechara defendeu a supressão de cláusulas da
Constituição relativas ao domínio francês, tal atitude levou tropas francesas a
prendê-lo, junto com todo o seu gabinete, o que deu início a novos conflitos na
Síria e no Líbano, que terminaram em março de 1946, quando a ONU ordenou a
retirada das forças europeias e determinou o fim do domínio francês na região.
A retirada das tropas francesas
somente foi concluída em 1947.
Em 1948 as forças sírias lutaram
contra a divisão da Palestina com os judeus, com o Estado de Israel, criado em
29 de Novembro de 1947, sendo o representante brasileiro Osvaldo Aranha
quem presidiu a primeira Sessão Especial da Assembleia Geral da ONU, depois de
atuar fortemente em favor da aprovação do Plano, que afinal foi obtida, por 33
votos a favor, 13 contra e 10 abstenções. O novo Estado não é reconhecido pela
Liga Árabe (Egito, Síria, Líbano, Jordânia).
A Palestina era dividida pelo plano
apresentado pela o UNSCOP (United Nations Special Committee on Palestine),
liderado pelos Estados Unidos e União Soviética, às Nações Unidas e consistia
basicamente na divisão da Palestina em um estado judeu, cuja área
corresponderia a 55% do total (5.500 acres), e
um estado palestino, com 45% (4.500 acres).( grifo meu)
A proposta foi rejeitada pelos
árabes.
O Exército de Liberação Árabe, uma
força de voluntários palestinos e árabes que alcançou entre 6.000 e 10.000
voluntários, sob a liderança de Fawzi al-Qawuqji, entrou em combate com as
forças judias da Haganah, organização paramilitar, e foi derrotado, começando
assim o êxodo do palestinos.
David Ben-Gurion, o Grande Justo,
judeu polonês, líder do movimento do Sionismo socialista e um dos
fundadores do Partido Trabalhista (Miflêguet Haavodá), em 14 de maio de
1948, à meia-noite, termina oficialmente o mandato britânico da Palestina,
declarou a Independência do Estado de Israel, reconhecida imediatamente pela
União Soviética e pelos Estados Unidos.
Como consequência foi deflagrada a Guerra
árabe-israelense de 1948 - primeira de uma série de guerras que iriam
constituir o longo conflito árabe-israelense - geralmente conhecida pelos
israelenses como Guerra da Independência (em hebraico: מלחמת העצמאות) ou Guerra da Liberação (מלחמת השחרור) e considerada pelos palestinos como
parte de al-Nakba (em árabe: النكبة), isto é, 'A Catástrofe'; começou em
15 de maio de 1948, logo após a declaração de independência de Israel e
terminou após vários acordos de cessar-fogo entre israelenses e árabes,
firmados entre fevereiro e julho de 1949.
Os exércitos árabes eram compostos
por tropas do Egito, Iraque, Líbano, Síria e Transjordânia - aos quais se
incorporaram as forças árabes palestinas remanescentes.
Os confrontos tiveram início em 15 de
maio de 1948, 24 horas depois da declaração de independência de Israel..
O cenário principal da guerra foi o
antigo território do Mandato, mas também incluiu, durante um curto período, a
península do Sinai e o sul do Líbano.
O conflito terminou com os acordos do
armistício Israel-árabe de 1949 e vários acordos bilaterais de cessar-fogo,
firmados entre fevereiro e julho de 1949.
Os israelenses ampliaram o seu
domínio por uma área de 20 mil km² (75% da superfície da Palestina). O
território restante foi ocupado pela Jordânia, que anexou a Cisjordânia, e pelo
Egito, que ocupou a Faixa de Gaza.
A maior parte dos eventos a que os
palestinos árabes se referem como A Catástrofe (em árabe: النكبة,
al-Nakba) teve lugar em meio a essa guerra.
Em 1957, durante a Guerra do Suez,
foram aliadas do Egito, atacado por Israel, França e Inglaterra.
Em 1958, a Síria e o Egito iniciaram
uma experiência de unificação política por meio da República Árabe Unida, um
ambicioso projeto impulsionado por Gamal Abdel Nasser, que teve curta duração
e, portanto, em 1961, os dois países voltaram a ser estados distintos.
Em 1963 ocorre uma revolução popular
que levou ao poder o Partido Baath Árabe Socialista, que fora fundado em 1947
por Michel Aflaq, um militante nacionalista de origem cristã.
Em novembro de 1970 o general Hafez
al-Assad assumiu o poder e introduziu reformas nas estruturas econômicas e
sociais.
O país teve participação fundamental
nas guerras árabe-israelenses travadas em 1967 (Guerra dos Seis Dias) e em 1973
(Guerra do Yom Kipur), durante as quais as forças israelenses ocuparam as
Colinas de Golã.
Posteriormente, se opôs à política
dos EUA na região e aos acordos de Camp David, formando a Frente de Firmeza, em
conjunto com a Argélia, o Iêmen e a OLP.
Em 1976, tropas sírias formavam a
maioria da Força Árabe de Dissuasão, que interveio para evitar a partição do
Líbano, durante a Guerra Civil Libanesa.
Em 1980 observava-se uma tensão entre
a Síria de um lado, e a Arábia Saudita, o Iraque e a Jordânia do outro, o
que se agravou com o início da Guerra Irã-Iraque, pois o governo sírio
culpou o Iraque pelo início do conflito, que trazia prejuízos para que se
buscasse uma solução para a questão palestina, sendo este o problema central da
região.
Naquele mesmo ano, a Síria acusou a
Jordânia de apoiar a Irmandade Muçulmana, situação que colocou os dois países
na iminência de um conflito bélico, evitado por meio da mediação do príncipe
saudita Abdalla Ibn Abdul-Aziz.
Desde o final de 1979 o Partido Baath
acusava a Irmandade Muçulmana na Síria de "agir em favor do
sionismo".
Em 1982, após uma série de atos de
sabotagem e atentados, atribuídos à Irmandade Muçulmana, as forças armadas
sírias lançaram uma ofensiva contra as bases de apoio daquele movimento que
resultou em milhares de mortes; na época o governo sírio acusou o Iraque de
armar os rebeldes, o que motivou o fechamento da fronteira entre os dois países
em abril daquele ano; em represália o Iraque fechou o oleoduto entre Kirkuk e o
porto sírio de Banias.
Em abril de 1981, durante a Guerra
Civil Libanesa, eclodiu a "crise dos mísseis", que teve início quando
a Falange Cristã (milícia maronita liderada por Bachir Gemayel) tentou
controlar a cidade libanesa de Zahlé, localizada no centro do Líbano. Tal ação
tinha por objetivo frustrar os planos sírios de remover Gemayel e empossar
Suleiman Frangieh como presidente e, portanto, sofreu oposição da Força Árabe
de Dissuasão, liderada pela Síria.
Durante os combates, Gemayel apelou à
assistência israelense; o premiê israelita Menachem Begin respondeu em socorro
ao líder maronita enviando caças que abateram dois helicópteros sírios. Isto
levou à decisão do presidente sírio Assad de colocar mísseis terra-ar SAM-6, de
fabricação soviética, no contorno montanhoso de Zahle.
Em 1982, Israel invadiu o Líbano e
destruiu aquelas instalações antiaéreas.
Como resposta à invasão israelense, a
Síria manteve cerca de 30.000 soldados no Líbano, e condicionou a sua retirada
à prévia retirada de todos os soldados israelenses do Líbano.
Em meados de 1983 houve uma séria
crise entre as autoridades sírias e a direção da OLP, o que levou a Síria a
apoiar abertamente líderes palestinos que se oponham a Yasser Arafat.
Em 1984, o governo sírio adotou uma
férrea política de austeridade econômica e de combate ao contrabando, em
decorrência da queda dos preços do petróleo.
Em 1985 al-Assad conseguiu mais sete
anos de mandato em votação na qual obteve 99,8% dos votos (percentual
semelhante aos antes obtidos em 1971 e em 1978).
Em maio de 1990 a Síria restaurou as
relações diplomáticas com o Egito.
Alguns observadores atribuíram esta
reaproximação à redução do apoio militar da União Soviética para o regime
sírio.
Em 1990, durante o conflito iniciado
pela invasão do Kuwait pelo Iraque, a Síria rapidamente se alinhou com a aliança
anti-Iraque e enviou tropas para a Arábia Saudita.
As relações diplomáticas com os
Estados Unidos melhoraram significativamente.
No contexto da crise, a Síria
aumentou a sua influência no Líbano e foi capaz de fortalecer um governo aliado
e desarmar a maioria das milícias autônomas que atuavam naquele país.
Em maio de 1991 a Síria e o Líbano
assinaram um acordo de cooperação no qual a Síria reconheceu a independência do
Líbano.
Em 1992 4 mil judeus foram
autorizados a emigrar.
Em 2 de dezembro de 1991 Hafez
al-Assad foi reeleito pela quarta vez, com 99,98% dos votos, em um referendo;
quinze dias depois o governo sírio libertou 2,8 mil membros da Irmandade
Muçulmana que se encontravam presos por motivos políticos.
A Síria não participou dos Acordos de
Oslo que permitiram o estabelecimento de uma Autoridade Palestina e a
assinatura de acordos de Paz entre Israel e a Jordânia em julho de 1994, pois
defendia uma solução global para o conflito árabe-israelense e exigia a
retirada completa de Israel dos Territórios Ocupados desde a Guerra dos Seis
Dias em 1967.
Em junho de 1995 tiveram início
negociações formais para a devolução das Colinas de Golã à Síria, os quais não
tiveram êxito, pois Israel não abriu mão de manter indefinidamente uma presença
militar limitada na região. Em outubro, um confronto entre o Hezbollah e tropas
israelenses no sul do Líbano complicou a retomada das negociações.
Em novembro de 1997, em um contexto
no qual aumentavam as possibilidades de uma nova intervenção militar
norte-americana contra o Iraque, ocorreu uma reaproximação com o Iraque. Tal
reaproximação fazia parte de uma estratégia contra a aliança turco-israelense,
que, na época, estava em rápida consolidação. Em abril de 1998, o Irã juntou-se
às negociações sírio-iraquianas sobre questões de segurança.
Em 1999 Hafez al-Assad foi, mais uma
vez, reeleito.
Em Março de 2000 todos os 37 membros
do gabinete liderado por Mahmoud el-Zouebi apresentaram sua renúncia e Mohammed
Mustafa Miro, um líder veterano do Partido Baath, que era o governador da
Província de Aleppo, foi nomeado como o novo primeiro-ministro.
Sob a Presidência de Bashar al-Assad:
Em 10 de junho de 2000 ocorreu a
morte Hafez al-Assad, que foi sucedido por seu filho, Bashar al-Assad, que
assumiu o cargo em julho.
Em junho de 2001 a Síria completou a
retirada de suas tropas de Beirute, um ano após a retirada das tropas
israelenses do sul do Líbano. Tal retirada era objeto de uma campanha do
patriarca cristão maronita Nasrallah Sfeir.
Em outubro de 2001 a Síria conseguiu
um assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas, com forte apoio dos
países da Ásia e da África, derrotando a oposição por parte dos Estados Unidos
e de Israel.
O primeiro-ministro Mohammed Mustafa
Miro visitou o Iraque, na primeira viagem de um dirigente sírio de altíssimo
nível àquele país desde o apoio Síria ao Irã durante a Guerra Irã-Iraque.
Em novembro de 2001 foram libertadas
dezenas de prisioneiros políticos pertencentes à Irmandade Muçulmana, fato que
foi elogiado pela Anistia Internacional.
Em abril de 2002 uma estação de radar
síria no Líbano foi atacada por aviões israelenses, como represália a um ataque
de guerrilheiros do Hezbollah.
Em maio de 2002 o Papa João Paulo II
visitou a Síria e Bashar al-Assad aproveitou a cerimônia de boas vindas para
fazer um forte ataque contra Israel, comparando o sofrimento dos árabes ao
suportado por Jesus Cristo. Em resposta, João Paulo II apelou em favor de uma nova
atitude de compreensão e respeito entre cristãos, muçulmanos e judeus.
Em maio de 2002 John Bolton, um
graduado oficial dos Estados Unidos, incluiu a Síria no chamado “eixo do
mal", acusando o regime sírio de tentar obter armas de destruição em
massa.
Em abril de 2003, com a invasão do
Iraque já em andamento, os Estados Unidos ameaçaram a Síria com sanções
econômicas e diplomáticas, dizendo que o regime sírio protegia fugitivos do
regime deposto no Iraque.
O governo sírio rejeitou as
acusações.
Em janeiro de 2004 Bashar al-Assad se
tornou o primeiro presidente sírio a visitar a Turquia. Esta viagem marcou o
início da redução da tensão nas relações entre os dois países vizinhos.
Em 8 de março de 2004 o Comitê de
Defesa das Liberdades Democráticas e Direitos Humanos na Síria organizou um
protesto sem precedentes, em Damasco, para exigir democracia e liberdade para
os presos políticos; dois líderes daquele protesto (Ahmad Jazen e Hassan
Wattfa) foram presos por dois meses.
Em abril de 2004 houve uma explosão
em um prédio que havia sido sede da Organização das Nações Unidas em Damasco. Após
a explosão ocorreu um tiroteio que matou um civil, um policial e dois dos
quatro ativistas envolvidos. O governo sírio atribuiu a autoria do atentado a
fundamentalistas islâmicos.
Em maio de 2004 os Estados Unidos
impuseram sanções econômicas contra a Síria, sob a acusação de apoio ao
terrorismo e de não impedir a entrada de guerrilheiros que lutavam contra a
ocupação americana no Iraque.
Em fevereiro de 2005 o ex-primeiro-ministro
libanês Rafik Hariri, um líder sunita que se opunha à influência da Síria no
Líbano, foi morto em um violento atentado em Beirute e o regime sírio foi
acusado de envolvimento. Nesse contexto, as potências ocidentais e a oposição
libanesa fizeram uma grande pressão para que as tropas e os agentes de
inteligência síria se retirassem imediatamente do Líbano. Bashar al-Assad
reuniu-se com o presidente libanês Emile Lahoud e estabeleceu um cronograma de
retirada, o qual foi totalmente cumprido antes das eleições gerais libanesas
que ocorreram em maio daquele ano.
No início de fevereiro de 2006,
manifestantes sírios atearam fogo ao prédio onde as embaixadas da Dinamarca e
da Noruega estavam situadas, durante um protesto contra a publicação, em um
jornal dinamarquês, de charges satirizando o profeta Maomé.
As embaixadas do Chile e da
Suécia, localizadas no mesmo edifício, sofreram danos menores. Uma semana
depois, a Dinamarca fechou sua embaixada no país e acusou as autoridades sírias
de não garantirem um mínimo de segurança aos funcionários dinamarqueses.
Em maio de 2007 Bashar al-Assad foi
reeleito para o cargo de presidente por mais sete anos, com 97,62% dos votos, em
um referendo.
Em agosto de 2007 Bashar al-Assad
reafirmou o interesse do país em recuperar totalmente as Colinas de Golã, ao
declarar que: "Nosso desejo de paz não significa que desistamos de nossos
direitos. Nós não vamos aceitar menos do que a recuperação do Golã, a volta das
fronteiras existentes em 04 de junho de 1967". Tal declaração foi feita
como um preâmbulo de uma possível reabertura das negociações de paz com Israel,
suspensas desde 2000 devido às diferenças sobre o Golã .
Em 26 de janeiro de 2011 ocorre uma
série de protestos populares contra o governo de Bashar al-Assad, que
prosseguem nos dias e semanas seguintes e progridem para uma revolta armada que
teve início em 15 de março.
O conflito transforma-se numa
autêntica guerra civil de grande escala. Em fevereiro de 2013 estimava-se já
ter provocado 70.000 vítimas mortais e 500.000 refugiados.
Religião
Quanto à religiosidade do povo sírio,
os muçulmanos são cerca de 90% do total, sendo 74% sunitas e 15% outros,
incluindo os alauitas, os xiitas e os druzos.
A maioria dos 10% restantes é
composta por cristãos.
Existem cidades como Khabab, no
governadorato de Dara e Maalula, que são inteiramente católicas. Há ainda uma
pequena (cerca de 4.500 pessoas) comunidade de judeus sírios.
Apesar de que, na atualidade, a
maioria dos sírios é composta por muçulmanos sunitas e os cristãos estão apenas
em torno de 10% da população, na sua maioria constituídos de ortodoxos e
católicos de rito oriental.
A Síria goza de um prestígio enorme
por ser um dos berços do cristianismo.
Tendo acolhido o cristianismo desde o
princípio, continua sendo a sede da segunda Igreja Cristã fundada pelos
discípulos de Jesus, que fora presidida pessoalmente pelo próprio Apóstolo
Pedro. A primeira Igreja Cristã foi a de Jerusalém.
Os primeiros cristãos estabeleceram-se
em território sírio por volta do ano 37 d.C., fugindo da perseguição iniciada
pelos judeus na cidade de Jerusalém contra os adeptos da nova doutrina ensinada
por Jesus de Nazaré, que ganhou grande repercussão logo após a sua morte, com a
notícia de sua ressurreição e ascensão aos céus, como sendo o Filho de Deus.
Por onde iam, os discípulos de Jesus
anunciavam a Boa Nova, faziam novos prosélitos e fundavam novas comunidades
(Igrejas).
Em pouco tempo já haviam se
estabelecido em quase todo o território sírio, na época era muito maior que o
atual.
Devido a sua importância histórica,
dentro do cristianismo, a Síria é a sede do segundo mais antigo patriarcado
cristão, o de Antioquia, que foi transferido durante a Idade Média para
Damasco.
Devido às divisões existentes no cristianismo
e mais precisamente no século V, com o surgimento da controvérsia monofisita
ocorrida durante o Concílio de Calcedônia, em 451, o cristianismo na Síria foi
dividido, sendo palco de sangrentos conflitos entre os cristãos que defendiam
opiniões diferentes.
De um lado, os defensores da unidade
da natureza de Cristo, monofisitas, e de outro, os defensores das duas
naturezas de Cristo.
A Síria abriga, em seu território
atual, três das cinco Igrejas Orientais que se separaram entre si.
Algumas delas se reagruparam como
Igreja particular sui juris, possuindo uma certa autonomia jurídica, teológica
e litúrgica, porém dependentes da Sé Romana.
Outras se mantiveram "sui
generis", conservando a sua própria natureza e identidade, intactas, como
são os casos das Igrejas Ortodoxas.
Cada Igreja possui o seu próprio
Patriarca, o que na antiguidade possía apenas um, com as divisões internas do
cristianismo; hoje existem cinco Patriarcas, cada qual reivindicando para si o
direito ao título da Sé Apostólica de Antioquia, sendo que três destes estão na
capital da Síria, Damasco, a saber:
1 - O Patriarcado Siríaco Ortodoxo,
de Rito Antioqueno;
2 - O Patriarcado Greco-Ortodoxo, de
Rito Bizantino;
3 - O Patriarcado Greco-Católico
Melquita, de Rito Bizantino, em comunhão com a Sé Romana.
Os outros dois Patriarcados,
provenientes do antigo Patriarcado de Antioquia e que não estão no atual
território sírio, são:
4 - O Patriarcado Maronita, de Rito
Maronita, abrigado em Bkerke;
5 - O Patriarcado Siríaco Católico,
de Rito Antioqueno, abrigado em Charfe, ambos no Líbano e atualmente em
comunhão com a Sé Romana.
Dinastia no Poder:
1- Hafez
al-Assad (Qardaha, 6 de
Outubro de 1930 — Damasco, 10 de Junho de 2000) foi presidente da Síria desde
1971 até sua morte. Seu filho, Bashar al-Assad, é o atual presidente do país.
De família humilde, após os estudos
primários formou-se na academia militar e, em seguida, enviado para completar
sua educação com militares soviéticos. Ingressou no Partido Baath em 1946 e se
opôs ativamente à unificação entre Síria e Egito.
Ao fracassar a unificação em 1961,
seu prestígio ascendeu, sendo nomeado chefe das Forças Aéreas em 1964.
Enquanto ocupava este cargo, a Síria
sofreu uma humilhante derrota, com a perda de quase toda sua força aérea e
parte de seu território, na Guerra dos Seis Dias.
Apesar desta derrota, aumentou a
instauração do regime militar em 1963. Em 1970 aproveitou sua posição para dar
um golpe de Estado.
Pouco depois de tomar o poder,
iniciou tímidas reformas e incrementou a capacidade militar de seu exército.
Ele aliou-se com o Egito em
1973, provocando a Guerra do Yom Kippur contra Israel, com o objetivo de
recuperar as Colinas de Golan.
O fracasso na operação não lhe restou
protagonismo e aproximou a política de seu governo à URSS, como firme aliado.
Dentro da estratégia política da
região, ocupou militarmente o Líbano em 1976, sob o argumento de estabelecer
uma força de interposição e pacificação.
Faleceu de um ataque cardíaco em 2000
e foi sucedido na presidência pelo seu filho, Bashar al-Assad.
Mandato: 22 de fevereiro de 1971 a 10 de junho de 2000
2- Bashar
Hafez al-Assad (em árabe: بشار حافظ الأسد) (Damasco, 11 de setembro de 1965) é
um político sírio e atual presidente de seu país, desde 17 de julho de 2000.
Sucedeu a seu pai, Hafez al-Assad, no comando do país.
Estudou oftalmologia em sua cidade
natal e depois foi para Londres concluir os estudos. Inicialmente tinha poucas
aspirações políticas e seu pai educara seu irmão mais velho, Basil al-Assad,
para ser o futuro presidente. Porém, a morte deste em um acidente de automóvel
mudou a situação e Bashar converteu-se no herdeiro político de seu pai.
Em 10 de junho de 2000 Bashar
al-Assad tornou-se então General do Estado Maior e Chefe Supremo das Forças
Armadas Sírias. Nomeado candidato único pelo Partido Árabe Socialista Baath
(único partido do regime) para a Presidência da República, foi eleito mediante
referendo nessa data, tomando posse em 17 de julho. Em dezembro de 2000
casou-se com Asma al-Assad, (em árabe:أسماء الأسد), que é a primeira-dama da Síria. Nascida
em 11 de agosto de 1975, como Asma Fawaz al-Akhras (em árabe: أسماء فواز الأخرس), em Acton, Londres, de uma família
que havia imigrado para o Reino Unido a partir de Homs, filha do o
cardiologista Fawaz Akhras e da diplomata aposentada Sahar Otri al-Akhras. Asma
cresceu em Acton, onde frequentou uma escola da Igreja Anglicana. Terminou seus
estudos no Queen's College, em Londres. Seu ensino superior foi concluído no
King's College de Londres e graduou-se em 1996 com uma licenciatura em Ciência
da Computação e um diploma em literatura francesa. Depois da faculdade, Asma
começou a trabalhar para o Deutsche Bank na divisão de gestão de fundos, com
clientes na Europa e no Extremo Oriente. Em 1998, juntou-se à divisão do banco
de investimentos da J. P. Morgan, especializada em fusões e aquisições de
empresas farmacêuticas e de biotecnologia. Têm três filhos: Hafez, Karim e Zein
e seu atual paradeiro é desconhecido; suas aparições públicas são raras.
O começo de seu mandato foi marcado
por uma esperança de mudanças democráticas, que foi frustrada com a
continuidade da política de seu antecessor.
Ante a ameaça da ideia de guerra
preventiva levada a cabo pela administração norte-americana, a instabilidade do
Líbano, no qual a Síria mantinha uma forte presença militar e as constantes
tensões com seu vizinho Israel, Bashar al-Assad procurou manter um discurso
reformista que poderia satisfazer os anseios da União Europeia e dos Estados
Unidos, mas que na prática não produziu qualquer concessão ao movimento de
oposição do país.
A forte pressão internacional sobre
Bashar al-Assad, após a morte do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri,
cuja autoria foi atribuída aos serviços de inteligência sírios, fez com que as
tropas mantidas no Líbano fossem retiradas.
Bashar al-Assad foi reeleito em um
referendum convocado no dia 27 de maio de 2007, onde concorreu sozinho e
conseguiu 97% de aprovação.
No dia 25 de junho de 2010 iniciou
uma série de viagens pela América Latina, visitando Cuba, Venezuela, Brasil e
Argentina.
Em 2011, frente a vários protestos no
mundo árabe por reformas democráticas, o governo de al-Assad prometeu abrir
mais a política do país para o povo.
Porém, frente a lentidão dessas
mudanças, ou o não cumprimento da promessa, opositores ao seu regime começaram
uma série de protestos pedindo a derrubada do Presidente, que respondeu aos
manifestantes com o envio de tropas do Exército às áreas de protesto.
A violência da repressão do governo
fez com que vários países pelo mundo, como os Estados Unidos, Canadá e União
Europeia, adotassem sanções contra a Síria.
Com as manifestações se transformando
em revolta armada contra o seu governo, seus exércitos foram acusados,
repetidas vezes, de crimes contra a humanidade, e a comunidade internacional e
a oposição interna do seu país começaram a pedir a sua renúncia imediata da
presidência. Ele todavia se recusou e afirmou que continuaria na luta para se
manter no poder. Por diversas vezes o ditador afirmou que seu país é vitima de
uma "conspiração estrangeira" envolvendo terrorismo, com o objetivo
de desestabilizar a Síria.
Segundo o governo de seu país, Assad pretende
se candidatar nas eleições marcadas para 2014.
Bashar al-Assad mantém relações com a
França desde sua primeira visita oficial ao exterior, quando encontrou-se com o
primeiro-ministro francês, à época Jacques Chirac.
A despeito das tensas relações com
Israel, Assad buscou a retomada de negociações de paz para a devolução das
Colinas de Golã, ocupadas por Israel desde 1967.
Em 2003 Assad se opôs à invasão do
Iraque pelo exército dos Estados Unidos.
Essa é a Historia da Síria que consta
da http://pt.wikipedia.org/wiki/Siria e que eu usei para que o meu leitor tivesse
facilmente acesso e, assim, poder comprovar os dados que eu expus sobre ela. Contudo
vou destacar, na próxima parte -- a terceira: “Após
a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C., o vasto Império formado por
aquele conquistador foi dividido e Síria se tornou o centro do Império
Selêucida, assim denominado por ser inicialmente chefiado por Seleuco, um
general de Alexandre, estendendo-se até o oeste da Índia”.
Fim
da Segunda Parte
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