Fête de l’Être
suprême au Champ de Mars,
le 20 prairial an
II, 8 juin 1794
toile de
Pierre-Antoine Demachy en 1794
Musée Carnavalet,
Paris.
Festa ou festival do
Ser Supremo no Champ de Mars, em 8 de junho de 1794.
A INVERSÃO DA
CRIAÇÃO.
Gênesis
1.1 No
princípio, criou Deus os céus e a terra.
1.23 Houve tarde e manhã, o quinto dia.
1.26 Também disse Deus: Façamos o homem à nossa
imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar,
sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre
todos os répteis que rastejam pela terra.
1.27 Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à
imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
E Deus criou o Homem, mas
quando há uma Inversão da Criação, o Homem cria um deus, não dá certo, como
veremos.
A Razão não é Deus.
Partindo dessa Verdade vamos a
nossa conversa.
A Revolução Francesa, ou La
Révolution Française, é o conjunto de Movimentos político-sociais e econômicos pelos
quais passou a França no final do século XVIII e início do século XIX, ou seja,
de 3 de maio de 1789 (data da abertura dos Estados Gerais) até 28 de maio de
1804, data na qual se celebra a Aclamação do General-primeiro cônsul Napoleão
Bonaparte como Imperador dos Franceses.
Esses Movimentos
Revolucionários tiveram grande repercussões na Europa de então e na História do
Mundo Moderno, não só pela Queda da Monarquia Absoluta em França com reflexos
em outros países, pela decapitação da figura Sagrada de um Rei de França, da Declaração
de Direitos dos Homens e dos Cidadãos, ou Déclaration des Droits de l'Homme et
du Citoyen, pelas Guerras Napoleônicas, pelo termino do milenar Sacro Império
Romano Germânico, pelo surgimento de novas Nações, mas, também, sobretudo, pela
edição do Código Civil Francês, originalmente chamado de Code Civil,
posteriormente, chamado de Code Napoléon, ou Código Napoleônico, outorgado por
Napoleão I e que entrou em vigor em 21 de março de 1804, Código esse que
influência todos os outros Códigos Civis das Nações civilizadas do Planeta.
Um desses Movimento foi o
TERROR, francês: La Terreur.
O Terror vigorou de 5 de
Setembro 1793 até 28 julho de 1794
Durante esse período as
garantias civis foram suspensas e o governo revolucionário perseguiu e assassinou
seus adversários.
O número de mortes variou na
casa das dezenas de milhares de pessoas, com 16.594 executado pela guilhotina
(2639 em Paris), e outra 25.000 em execuções sumárias em toda a França.
A guilhotina tornou-se o
símbolo da causa revolucionária, reforçada por uma série de execuções, tais
como a do Rei Luís XVI, da Rainha Maria Antonieta, nascida Arquiduesa da
Áustria, de Philippe Égalité (Louis Philippe II, Duque de Orléans, primo do Rei
e pai de Luís Felipe I, Rei dos Franceses), de Alexandre de Beauharnais, então
marido da futura Imperatriz Josefina, de Madame Roland, do químico Antoine
Lavoisier, entre outros.
A repressão acelerou em junho
e julho de 1794, um período chamado de la Grande Terreur (o Grande Terror), e
terminou no golpe de 9 Termidor do ano II (27 de Julho de 1794), em que vários
instigadores do Reino do Terror foram executados, incluindo Saint-Just,
"arcanjo do Terror", (Seu discurso - « tout roi est un rebelle ou un
usurpateur » , ou "Todo rei é um rebelde ou um usurpador"- em favor
da execução de Luís XVI é considerado o mais importante do processo, e foi
determinante para a condenação do Rei. Membro do Comitê de Salvação Pública, desenvolve
teorias sobre o governo revolucionário, e se torna um dos defensores da
política do Terror) e seu mentor, Robespierre.
ou
Maximilien Robespierre, dit "L'Incorruptible", ou O Incorruptível.
A principal figura do Terror
foi Maximilien François Marie Isidore de Robespierre, ou Maximilien Robespierre,
dit "L'Incorruptible", ou O Incorruptível, filho de uma família da
pequena burguesia, que se formou em direito, um advogado, e se tornou político na
Cidade de Arras, considerado uma das personalidades mais importantes da
Revolução Francesa.
Um dos que pediram a
condenação de Luís XVI, guilhotinado em 21 de janeiro de 1793.
Em julho do mesmo ano,
Robespierre criou um Comitê de Salvação Pública para perseguir os inimigos da
revolução, e com essa ‘criação’ foi instaurado o regime do " Terror"
- o auge de sua ditadura, a ditatura de Robespierre.
Robespierre nunca escondeu sua
fé em um Ser Supremo.
Surgiu então o Culto a Razão,
ou Culte de la Raison.
Igrejas católicas foram
transformadas em locais de adoração a Razão, incluindo a Église
Saint-Paul-Saint-Louis, ou église Saint-Louis-des-Jésuites, no Marais à Paris
(4e arrondissement), erguida por ordem de SMC Luís XIII.
A Cathédrale Notre-Dame de
Paris não escapou e um culto a Razão foi realizado em 10 de Novembro de 1793,
organizado por Pierre Gaspard Chaumette, ou Anaxágoras Chaumette, um
revolucionário que acabou guilhotinado.
Muitas igrejas foram
transformadas em templos da Razão e templos do Ser Supremo, tais como:
A catedral de Notre-Dame de
Paris (10 de Novembro de 1793)
A igreja de Saint-Sulpice, em
Paris,
A Basilica de Saint-Denis,
A Igreja dos Inválidos, ou Les
Invalides,
A igreja de São Tomás de
Aquino,
O Panteão de Paris,
A Igreja de São Pedro, no
bairro de Montmartre,
A Catedral de Nossa Senhora de
Charters,
A Catedral de Notre-Dame de
Reims,
A Catedral de São Pedro e São
Paulo de Troyes,
A Catedral de Notre Dame em
Rouen,
Notre Dame de Versalhes,
A igreja de Saint-Pierre, em
Caen,
Em Strasbourg, a Catedral de
Nossa Senhora (30 de Brumário Ano II, 20 de novembro de 1793)
A Igreja do Salvador de
Rennes, e muitas igrejas provinciais.
Le culte de la
Raison, n'était rien moins que le culte de l'Être suprême, ou seja “O Culto da
Razão, era nada menos que o culto do Ser Supremo”.
“Culte de l'Être suprême foi
um sistema de crenças e baseado em ideias racionalistas e ateias, estabelecidos
na França, e que pretendiam substituir o cristianismo durante a Revolução
Francesa”.
O Culto ao Ser Supremo foi
organizado, ou criado, por Maximilien Robespierre para tornar-se a religião
oficial da nova República Francesa.
O Culto ao Ser Supremo definiu-se
como mais do que uma mera rejeição dos deuses ou de Deus, pois promovia
frequentes exibições de devoção a Razão.
Para inaugurar a nova religião
do Estado, Robespierre declarou que 20 Prairial Ano II (8 de Junho de 1794)
seria o dia de celebração nacional do Ser Supremo, e o evento em Paris foi
projetado em uma escala maciça, organizado pelo artista Jacques-Louis David, o
pintor de Napoleão, e teve lugar em torno de uma montanha artificial erguida no
Champ de Mars.
Robespierre assumiu total liderança do evento,
a frente de uma procissão e “revêtu un habit bleu céleste serré d'une écharpe
tricolore. Il tient un bouquet de fleurs et d'épis à la main, ou vestido com um
habito azul-celeste apertado com um lenço tricolor. Ele segura um buquê de
flores na mão”, sem medo do ridículo e acreditando estar sem macula, ostensivamente,
sem medidas, a ponto de em um devaneio místico declarar que a Verdade era uma
"utilidade social" de sua nova religião.
Seus colegas da Convenção Nacional
se recusam a marchar e a cantar o Hino do Ser Supremo composto pelo poeta revolucionário
Theodore Desorgues (morreu louco no Asilo de Charenton, ou « asile de Charenton
», ou hoje ou hôpital Esquirol, em Saint-Maurice dans le Val-de-Marne,
Île-de-France), alguns vão
pagar caro por essa postura no período do Grande Terror que se seguiu.
O Culto do Ser Supremo, e seu
festival contribuiu e muito para a queda de Robespierre, e com a sua morte na
guilhotina em 28 de julho 1794, o culto perdeu toda a sanção oficial e
desapareceu da vista do público. Ele foi oficialmente banido por Napoleão
Bonaparte, pela “Concordata de 1802”, que restaurou o Culto e as Igrejas Católicas.
Mais, o que nos interessa é
que Maximilien Robespierre, dit "L'Incorruptible", ou O Incorruptível,
tentou A INVERSÃO DA CRIAÇÃO, ou seja, criar um deus, e se deu muito mal.
Seu deus e seu culto logo,
logo, foram pro beleléu, desapareceram, sumiram, da face da Terra, enquanto o
culto ao Único e Verdadeiro Deus, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o Deus e Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo, permanece por mil’anos e anos.
Vue du jardin
national et des décorations,
le jour de la fête
célébrée en l’honneur de l’Être suprême
Musée Carnavalet,
Paris
Vista do Jardim
Nacional e das decorações
para o dia da
festa celebrada em honra do Ser Supremo
Musée Carnavalet,
Paris
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