quarta-feira, 5 de março de 2014

O CARNAVAL E AS ESCOLAS DE SAMBA.

O CARNAVAL E AS ESCOLAS DE SAMBA.

Deuteronômio
10.17 Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno;
6.14 Não seguirás outros deuses, nenhum dos deuses dos povos que houver à roda de ti,

Eu costumo dizer que os cristãos esquecem-se destes dois versículos bíblicos especialmente o “10.17 Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno;..”
 Os cristãos brasileiros são piores ainda em seu esquecimento, pois, também, esquecem que esta Nação, onde Deus os fez nascer, foi colonizada por africanos – o maior contingente de colonizadores – e que esses trouxeram consigo os seus deuses.
Temos que respeitar esta verdade.
Podemos cultuar ao nosso Deus livremente porque os afrodescendentes brasileiros - negros, mulatos, cafuzos, trigueiros, morenos, pardos – não podem cultuar livremente seus deuses?
O pior é que recebem criticas de todos os lados e os piores críticos são os crentes.
Em nossa Constituição reza:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;..
“a proteção aos locais de culto e a suas liturgias” e é ai que entra as Escolas de Samba.
O samba é uma manifestação negra no Brasil.
O samba é um gênero musical, do qual deriva de um tipo de dança, de raízes africanas, surgido no Brasil e considerado uma das principais manifestações culturais populares brasileiras. Dentre suas características originais, possui uma forma na qual a dança é acompanhada por pequenas frases melódicas e refrãos de criação anônima, alicerces do samba de roda nascido no Recôncavo Baiano. Embora houvesse variadas formas de samba no Brasil (não apenas na Bahia, como também no Maranhão, em Minas Gerais, em Pernambuco e em São Paulo), sob a forma de diversos ritmos e danças populares regionais que se originaram do batuque, o samba como gênero musical é entendido como uma expressão musical urbana do Rio de Janeiro, então capital do Brasil Imperial, onde chegou durante a segunda metade do século XIX levado por negros oriundos do sertão baiano.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Escola de Samba é uma manifestação negra no Brasil.
Escola de samba é um tipo de agremiação de cunho popular que se caracteriza pelo canto e dança do samba, quase sempre com intuito competitivo.
Data de 1929 o primeiro concurso de sambas, realizado na casa de Zé Espinguela, onde saiu vencedor o Conjunto Oswaldo Cruz, e do qual também participaram a Mangueira e a Deixa Falar. Alguns consideram este como sendo o marco da criação das escolas de samba.
Lembro-me que ao tomar conhecimento das raízes do samba carioca fui informado de que no  século passado os sambistas eram perseguidos pela policia, como veremos no artigo de Fernando Rebouças, escritor e marqueteiro:
Ainda no início do século XX, há uma formatação do samba no Rio de Janeiro, os migrantes baianos juntos com os cariocas realizaram várias reuniões (pagode) e a casa de Hilária Batista, a tia Ciata, era a mais frequentada.
Os pagodes aconteciam no fundo de quintal, imperceptível para a polícia que passava em frente às casas, pronta a reprimir as manifestações da música considerada mestiça e marginal.
O samba, na época em que era marginalizado e perseguido, se refugiava nos morros ,desencadeando o surgimento dos “ranchos”, agremiações que se organizavam em bloco e desciam para tocar e cantar no asfalto. Quando o “partido alto” subiu para o morro, encontrou uma batida mais forte, deste encontro surge o samba-enredo.
Para fugir das perseguições, o niteroiense Ismael Silva, criado no morro de São Carlos, na Cidade do Rio de Janeiro, registra o seu rancho com o nome de Grêmio Recreativo Escola de Samba Deixa Falar, primeira escola de samba do Rio. Meses depois, Cartola, Carlos Cachaça e amigos fundam a Estação Primeira de Mangueira.
O samba, antes reprimido e perseguido, pouco a pouco conquista os teatros, as rádios e o carnaval, festa popular dominada anteriormente pelas polcas europeias e marchinhas. Valorizado como música mestiça, projeta para todo o país nomes como Noel Rosa, Ismael Silva, Almirante, Lamartine Babo, João da Bahiana, entre outros.

Fica bem claro que através do samba os africanos relembravam suas raízes como os “brancos” manifestavam as suas através das festas religiosas católico–romana transladadas do Reino, da Metrópole, de Portugal.
Os crentes não possuem nenhum tipo de manifestação popular abrangente, nem mesmo importaram o Dia de Ação de Graça (Thanksgiving Day) dos Estados Unidos da América e do Canada, as maiores nações protestantes do mundo, o que é uma pena.
Acontece que de Portugal, também, veio uma festa carnavalesca, uma diversão carnavalesca,  o Zé Pereira.
Falarei mais abaixo sobre o Zé Pereira.
Existe uma situação nas Escolas de Samba que  deturba essa manifestação religiosa, que são as mulheres e homens praticamente pelados ou semi – pelados que desfilam nelas.
Nenhum Orixá que eu conheça exige pelados em seu culto.
Nem Iemanjá, a Rainha do Mar, exige pelados ou semi – pelados  em seus cultos, as pessoas se vestem de branco nas manifestações religiosas que a envolve.  
Concluo, assim, que essas posturas são aberrações no culto que os membros sérios das Escolas de Samba prestam, durante ao carnaval, aos deuses afro-brasileiros.
E é isso que me faz arrepiar a frente das Escolas, pois se fosse só uma manifestação de culto religioso e não um verdadeiro culto a luxuria teria todo o meu respeito, como tinha antes da invasão das periguetes e michês a suas alas.
Essas pessoas buscam o sucesso frugal para se darem bem na vida, numa forma clara de prostituição, o  que me deixa muito preocupado em relação ao moral e os bons costumes em nosso Todo Social.
Repito:
A religiosidade nas Escolas de Samba eu respeito, a lascívia infiltrada não, jamais em tempo algum.
Mas voltemos ao Zé Pereira.
Historicamente sabemos da existência de uma diversão carnavalesca conhecida como Zé Pereira em Portugal do século XIX.  
Ela surgiu no Rio de Janeiro através do português de nome José Nogueira de Azevedo Paredes, comerciante estabelecido na Corte em meados do século XIX.




“Na segunda metade do século XIX, o termo era usado para qualquer tipo de bagunça carnavalesca acompanhada de zabumbas e tambores, semelhantes ao que chamaríamos hoje de bloco de sujo”.
PORTANTO os atuais blocos de carnaval que campeiam pela cidade do Rio de Janeiro não têm nenhum tipo de conotação religioso e sim uma bagunça carnavalesca.
É claro que a turma da safadeza se aproveita dessa bagunça carnavalesca, como esta presente, como se aproveita, em vários e vários programas de TV, de filme, de peças teatrais, etc e tal, ou a novela “ Amor a Vida” não foi  muito mais cheia de luxuria do que um bloco que passa na Avenida Atlântica?
Nem preciso responder.
Eu não tenho netos, mais se tivesse um ou uma , eu  o/a  levaria fantasiado de marinheiro, de Peter Pan, de baiana, de princesa, para “ BRINCAR” em meio a um bloco de carnaval , fazer bagunça em meio a bagunça carnavalesca,  em Copacabana.
Menino eu brinquei no Pavilhão do Lido – hoje é uma escola- e não deixo de servir ao meu Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Ir ver um bloco de carnaval, que na realidade é uma banda, passar - ou levar uma criança para brincar em meio ao bloco - não é uma atitude que se pode afirmar que é uma desobediência a Ordenança do Deus Eterno que esta no capitulo 6 ,versículo 14, do Livro do Deuteronômio, que é “não seguirás outros deuses, nenhum dos deuses dos povos que houver à roda de ti,..”.
Não mesmo.
As pessoas devem dar bons exemplos cristãos a seus filhos, a suas famílias, e não fingir – numa manifestação quase sempre pra lá de hipócrita – que desconhecem a realidade da Nação em que Deus o fez nascer, o nosso miscigenado Brasil.
E tenho dito.
servus Dei


São Paulo 5 de março de 2014

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