O CARNAVAL E AS ESCOLAS DE SAMBA.
Deuteronômio
10.17 Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos
senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas,
nem aceita suborno;
6.14 Não seguirás outros deuses, nenhum dos deuses dos povos que houver
à roda de ti,
Eu costumo dizer que os
cristãos esquecem-se destes dois versículos bíblicos especialmente o “10.17 Pois
o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus
grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno;..”
Os cristãos brasileiros são piores ainda em
seu esquecimento, pois, também, esquecem que esta Nação, onde Deus os fez
nascer, foi colonizada por africanos – o maior contingente de colonizadores – e
que esses trouxeram consigo os seus deuses.
Temos que respeitar esta
verdade.
Podemos cultuar ao nosso Deus
livremente porque os afrodescendentes brasileiros - negros, mulatos, cafuzos,
trigueiros, morenos, pardos – não podem cultuar livremente seus deuses?
O pior é que recebem criticas
de todos os lados e os piores críticos são os crentes.
Em nossa Constituição reza:
Art. 5º Todos são
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
VI - é inviolável a
liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto
e a suas liturgias;..
“a proteção aos locais de
culto e a suas liturgias” e é ai que entra as Escolas de Samba.
O samba é uma manifestação
negra no Brasil.
O samba é um gênero
musical, do qual deriva de um tipo de dança, de raízes africanas, surgido no
Brasil e considerado uma das principais manifestações culturais populares
brasileiras. Dentre suas características originais, possui uma forma na qual a
dança é acompanhada por pequenas frases melódicas e refrãos de criação anônima,
alicerces do samba de roda nascido no Recôncavo Baiano. Embora houvesse
variadas formas de samba no Brasil (não apenas na Bahia, como também no
Maranhão, em Minas Gerais, em Pernambuco e em São Paulo), sob a forma de
diversos ritmos e danças populares regionais que se originaram do batuque, o
samba como gênero musical é entendido como uma expressão musical urbana do Rio
de Janeiro, então capital do Brasil Imperial, onde chegou durante a segunda
metade do século XIX levado por negros oriundos do sertão baiano.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Escola de Samba é uma
manifestação negra no Brasil.
Escola de samba é um
tipo de agremiação de cunho popular que se caracteriza pelo canto e dança do
samba, quase sempre com intuito competitivo.
Data de 1929 o
primeiro concurso de sambas, realizado na casa de Zé Espinguela, onde saiu
vencedor o Conjunto Oswaldo Cruz, e do qual também participaram a Mangueira e a
Deixa Falar. Alguns consideram este como sendo o marco da criação das escolas
de samba.
Lembro-me que ao tomar
conhecimento das raízes do samba carioca fui informado de que no século passado os sambistas eram perseguidos
pela policia, como veremos no artigo de Fernando Rebouças, escritor e
marqueteiro:
Ainda no início do
século XX, há uma formatação do samba no Rio de Janeiro, os migrantes baianos
juntos com os cariocas realizaram várias reuniões (pagode) e a casa de Hilária
Batista, a tia Ciata, era a mais frequentada.
Os pagodes
aconteciam no fundo de quintal, imperceptível para a polícia que passava em
frente às casas, pronta a reprimir as manifestações da música considerada
mestiça e marginal.
O samba, na época em
que era marginalizado e perseguido, se refugiava nos morros ,desencadeando o
surgimento dos “ranchos”, agremiações que se organizavam em bloco e desciam
para tocar e cantar no asfalto. Quando o “partido alto” subiu para o morro, encontrou
uma batida mais forte, deste encontro surge o samba-enredo.
Para fugir das
perseguições, o niteroiense Ismael Silva, criado no morro de São Carlos, na
Cidade do Rio de Janeiro, registra o seu rancho com o nome de Grêmio Recreativo
Escola de Samba Deixa Falar, primeira escola de samba do Rio. Meses depois, Cartola,
Carlos Cachaça e amigos fundam a Estação Primeira de Mangueira.
O samba, antes
reprimido e perseguido, pouco a pouco conquista os teatros, as rádios e o
carnaval, festa popular dominada anteriormente pelas polcas europeias e
marchinhas. Valorizado como música mestiça, projeta para todo o país nomes como
Noel Rosa, Ismael Silva, Almirante, Lamartine Babo, João da Bahiana, entre
outros.
Fica bem claro que através do
samba os africanos relembravam suas raízes como os “brancos” manifestavam as
suas através das festas religiosas católico–romana transladadas do Reino, da Metrópole,
de Portugal.
Os crentes não possuem nenhum
tipo de manifestação popular abrangente, nem mesmo importaram o Dia de Ação de
Graça (Thanksgiving Day) dos Estados Unidos da América e do Canada, as maiores
nações protestantes do mundo, o que é uma pena.
Acontece que de Portugal, também,
veio uma festa carnavalesca, uma diversão carnavalesca, o Zé Pereira.
Falarei mais abaixo sobre o Zé
Pereira.
Existe uma situação nas
Escolas de Samba que deturba essa
manifestação religiosa, que são as mulheres e homens praticamente pelados ou
semi – pelados que desfilam nelas.
Nenhum Orixá que eu conheça
exige pelados em seu culto.
Nem Iemanjá, a Rainha do Mar,
exige pelados ou semi – pelados em seus
cultos, as pessoas se vestem de branco nas manifestações religiosas que a
envolve.
Concluo, assim, que essas
posturas são aberrações no culto que os membros sérios das Escolas de Samba prestam,
durante ao carnaval, aos deuses afro-brasileiros.
E é isso que me faz arrepiar a
frente das Escolas, pois se fosse só uma manifestação de culto religioso e não
um verdadeiro culto a luxuria teria todo o meu respeito, como tinha antes da invasão
das periguetes e michês a suas alas.
Essas pessoas buscam o sucesso
frugal para se darem bem na vida, numa forma clara de prostituição, o que me deixa muito preocupado em relação ao
moral e os bons costumes em nosso Todo Social.
Repito:
A religiosidade nas Escolas de
Samba eu respeito, a lascívia infiltrada não, jamais em tempo algum.
Mas voltemos ao Zé Pereira.
Historicamente sabemos da existência
de uma diversão carnavalesca conhecida como Zé Pereira em Portugal do século
XIX.
Ela surgiu no Rio de Janeiro através
do português de nome José Nogueira de Azevedo Paredes, comerciante estabelecido
na Corte em meados do século XIX.
“Na segunda metade do século
XIX, o termo era usado para qualquer
tipo de bagunça carnavalesca acompanhada de zabumbas e tambores,
semelhantes ao que chamaríamos hoje de bloco
de sujo”.
PORTANTO os atuais blocos de
carnaval que campeiam pela cidade do Rio de Janeiro não têm nenhum tipo de
conotação religioso e sim uma bagunça
carnavalesca.
É claro que a turma da
safadeza se aproveita dessa bagunça carnavalesca, como esta presente, como se
aproveita, em vários e vários programas de TV, de filme, de peças teatrais, etc
e tal, ou a novela “ Amor a Vida” não foi
muito mais cheia de luxuria do que um bloco que passa na Avenida Atlântica?
Nem preciso responder.
Eu não tenho netos, mais se
tivesse um ou uma , eu o/a levaria fantasiado de marinheiro, de Peter Pan,
de baiana, de princesa, para “ BRINCAR” em meio a um bloco de carnaval , fazer
bagunça em meio a bagunça carnavalesca, em Copacabana.
Menino eu brinquei no Pavilhão
do Lido – hoje é uma escola- e não deixo de servir ao meu Senhor e Salvador
Jesus Cristo.
Uma coisa não tem nada a ver
com a outra.
Ir ver um bloco de carnaval, que na realidade é uma
banda, passar - ou levar uma criança para brincar em meio ao bloco - não é uma atitude
que se pode afirmar que é uma desobediência a Ordenança do Deus Eterno que esta
no capitulo 6 ,versículo 14, do Livro do Deuteronômio, que é “não seguirás
outros deuses, nenhum dos deuses dos povos que houver à roda de ti,..”.
Não mesmo.
As pessoas devem dar bons
exemplos cristãos a seus filhos, a suas famílias, e não fingir – numa manifestação
quase sempre pra lá de hipócrita – que desconhecem a realidade da Nação em que
Deus o fez nascer, o nosso miscigenado Brasil.
E tenho dito.
servus Dei
São Paulo 5 de março de 2014