Ultima Ceia
Carl Heinrich
Bloch 9 1834-1890)
Século XIX.
Páscoa da Ressurreição
Parte I V
Diferença entre o
Pessach – Pascoa Judaica- e a Pascoa Cristã.
“A festa cristã da Páscoa tem
origem na festa judaica, mas tem um significado diferente. Enquanto para o
Judaísmo, Pessach representa a libertação do povo de Israel no Egito, no
Cristianismo a Páscoa representa a libertação de todo os que estavam separados
de Deus pelo pecado, restaurados pela morte e ressurreição de Cristo.
Assimila-se também diversos elementos alegóricos de morte e renascimento como
os representados pela transição do inverno-primavera neste período no
hemisfério norte. Simbolizado ainda no sacrifício de Isaac por Abraão, a
entrega de seu filho para Deus, em holocausto e expiação”.*
A Pascoa Crista “celebra a
ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado
em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição.
Muitos costumes ligados ao
período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da
celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica, que é uma das mais
importantes festas do calendário judaico, celebrada por 8 dias e onde é
comemorado o êxodo dos israelitas do Egito, da escravidão para a liberdade. Um
ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para
a vida.
A última ceia partilhada por
Jesus Cristo e seus discípulos é narrada nos Evangelhos e é considerada,
geralmente, um “sêder do pesach” – a refeição ritual que acompanha a
festividade judaica, se nos ativermos à cronologia proposta pelos Evangelhos
sinópticos. O Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a
morte de Cristo por altura da hecatombe dos cordeiros do Pessach. Assim, a
última ceia da qual participou Jesus Cristo (segundo o Evangelho de Lucas
22:16) teria ocorrido um pouco antes desta mesma festividade”. *
“Tradições pagãs na
Páscoa:
“Na Páscoa, é comum
a prática de pintar ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas;
em grande parte dos países ainda é um costume comum, embora que em outros, os
ovos tenham sido substítuidos por ovos de chocolate. No entanto, o costume não
é citado na Bíblia e portanto, este é uma alusão a antigos rituais pagãos. A
primavera, lebres e ovos pintados com runas eram os símbolos da fertilidade e
renovação associados a deusa nórdica Gefjun”.
“A lebre (e não o
coelho) era o símbolo de Gefjun”.
“Suas sacerdotisas
eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre
sacrificada.”.
“ A versão
“coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?” é comercialmente mais interessante
do que “Lebre de Eostre, o que suas entranhas trazem de sorte para mim?”, que é
a versão original desta rima”.
“A lebre de Eostre pode ser vista na Lua cheia
e, portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade.
Seus cultos pagãos foram absorvidos e misturados pelas comemorações
judaico-cristãs, dando início a Páscoa comemorado na maior parte do mundo
contemporâneo.
*http://pt.wikipedia.org/wiki
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