Significado de Profano - adj. - Do latim “profanu”- Que é
estranho à religião, que foge ao âmbito religioso, leigo, que não tem a
religião como propósito.
Portanto o que não é religioso, sagrado, é profano.
Réveillon é uma festa profana, já que não há nada de sagrado nesta
comemoração.
Não há dúvida quanto a isso, porém,
na vida existe sempre um porém, como veremos.
Sagradas Escrituras, Livro de Ezequiel,
capitulo 44:
23 E a meu povo ensinarão a
distinguir entre o santo e o profano, e o farão discernir entre o impuro e o
puro.
E é isso que tento fazer com
essa meditação sobre o Réveillon, sobre a festa do “ Ano-novo ou Ano-Bom, em
que no Mundo todo um novo ano civil começa, ou seja, quando um novo calendário
anual é iniciado em torno do Planeta Terra. Assim o Ano-novo do Calendário Gregoriano
começa em 1 de janeiro (Dia do Ano Novo), como era no Calendário Romano – o Calendário
Juliano- por um decreto do Imperador romano Júlio César em 46 a.C.”.
Assim:
“ O Réveillon é uma celebração
onde se comemora a chegada do Ano-novo que tem como ponto alto a meia-noite na
noite do dia 31 de dezembro, o último dia do ano civil gregoriano”.
Quando eu era menino, moço, e
em parte de minha maturidade, o Réveillon era uma festa considerada chique.
Homens de smoking ou Black – Tie,
senhoras de vestidos de baile e joias, dançavam nos locais elegantes do Balneário
do Rio de Janeiro, ou em salões pelo Mundo afora, desfrutando de uma lauta ceia
com comidas finas, caviar por exemplo, muito scotch, e muito Champagne francês
para os brindes comemorativos.
O Mundo evoluiu, ou regrediu,
não sei bem analisar ou explicar, e hoje vale qualquer tipo de indumentária, especialmente
as roupas brancas, trajo que é “ um dos elementos de grande significância e
fundamento da Umbanda, pois cor branca é um dos maiores símbolos de unidade e
fraternidade já utilizados”.
Quando eu era menino, moço, e
em parte de minha maturidade, na Praia de Copacabana não havia a queima de
fogos que existe hoje, aliás não havia nem Calçadão, havia sim uma grande festa
promovida pelos Terreiros de Candomblé na qual os praticantes desta religião afro-brasileira,
vestidos de branco, faziam oferendas – os barquinhos eram os mais comuns – a Iemanjá,
no yoruba Yèyé omo ejá, a Rainha do Mar, popularmente como Dona Janaína, o
Orixá feminino (divindade africana) das religiões Candomblé e Umbanda.
Como a limpeza pública era precária
– e ainda o é- as areias de Copacabana ficavam cheia de restos de comidas de
santo, garrafas, charutos, velas, e muitas flores, por isso não dava para se
desfrutar da praia no feriado de 1 de janeiro, todavia muitas pessoas não
ligavam e catapum no mar de minha adorada Cidade Maravilhosa.
Essa manifestação não podia
ser considerada, como para muitas pessoas católicas o eram, como uma celebração
profana, já que era um culto aos deuses africanos, e não podemos esquecer que o
nosso Deus admitiu em Êxodo 20 a existência de outros deuses.
Eu não me lembro bem como começou a queima de
fogos, só me lembro de uma promovida pela Churrascaria Mariu’s no Leme, e da
Cascata do antigo Hotel Méridien, a época pertencente a um grupo francês.
Hoje é uma festa popular que no
ano passado conseguiu reunir nada mais nada menos que 2 milhões de pessoas, e que
teve um show pirotécnico que durou 16 minutos, transformando assim a passagem
de Ano nas areias de Copacabana de uma Festa Mítica a um Evento Profano Internacional.
Não estou aqui analisando a
beleza dos fogos, do show pirotécnico, e sim explicando que o Réveillon da Praia
de Copacabana não tem nenhum sentido religioso, não tem nada de sagrado, é simplesmente
uma comemoração profana.
O Réveillon da Praia de Copacabana
faz parte das festas profanas pelo Mundo afora.
Se tem notícia que a passagem
de 31 de dezembro para 1 de janeiro é, como sempre foi, um momento de grandes
bebedeiras, de grandes pileques, e por consequência de grandes brigas entre as
pessoas, de desunião entre familiares, de desunião entre casais, de rompimentos
de amizades, de términos de namoros ou noivados, bem como de encontro de
pessoas que construirão um futuro juntos...tem de tudo, para todos os gostos.
Mais, eu vou entrar na minha
seara, no meu porém:
As Vigilas de Ano Novo, o
Culto da Virada das Igrejas Protestantes, portanto celebrações sacras, religiosas,
nada profanas.
Eu nasci católico apostólico romano
e com o tempo me tornei carola, devoto dos santos e bentinhos.
Porém, olha o porém aí, a prática
do catolicismo não estava mais respondendo os meus anseios, e com isso eu cai
no vazio.
Em 1979, dona Ediméa Dias
Berbert e meu pai começaram um relacionamento afetivo sério e eu fui conhece-la
na então Cidade de Presidente Soares, hoje Alto Jequitibá, em Minas Gerais.
Dona Ediméa é filha do senhor
Durval Dias e de Dona Cândida Dias, já falecidos.
O senhor Durval era o presbítero
mais velho da Igreja Presbiteriana de Alto Jequitibá: IPAJ, situada na encosta
de um aprazível morro, a Praça Rev. Mattathias Gomes dos Santos, Alto
Jequitibá, no gloriosos Estado de Minas Gerais.
Dona Cândida era uma das senhoras
mais piedosas que eu conheci, além de ter um vasto conhecimento bíblico.
Conversávamos muito, e ela
ficava admirada d’ eu um católico ter certo conhecimento bíblico.
Assim, na Vigília de Ano Novo
da Igreja Presbiteriana de Alto Jequitibá de 1979 para 1980 lá estava eu
sentado no ultimo banco do Templo, chorando que me acabava, pois, minha vida
era triste e vazia.
E foi nessa Vigila de Ano Bom
que eu tive meu encontro com Cristo.
Soluçando afirmei a Ele que se
minha vida mudasse, eu O serviria como aquele povo que ali estava reunido O servia.
E MINHA VIDA MUDOU PARA
MELHOR.
O que eu quis dizer com essa experiência,
com essa historinha?
É que eu que sempre desfrutei,
e muito, dos Réveillons, do Réveillon que é uma festa profana, e nunca
encontrei NADA, nadica de nada, no dia em que fui a uma Vigília (destaco que não
era uma celebração com “uma lauta ceia com comidas finas, caviar por exemplo, muito
scotch, e muito Champagne francês para os brindes comemorativos”) encontrei o
Amor de Cristo Jesus, encontrei meu Senhor e meu Deus, e repito: MINHA VIDA
MUDOU PARA MELHOR.
Celebremos a mudança do Ano;
Relembremos os dias que
passaram, os bons e os ruins;
Renovemos nossas esperanças de
dias melhores;
Reestruturemos nossas vidas;
Quem não é religioso em meio
ao Réveillon lembre-se das palavras de Pitágoras, que são "purifica o teu
coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce
azeda num recipiente sujo”, e assim viva uma vida de Amor;
Quem é crente que renove seus
votos de fidelidade a Deus nosso Senhor.
Enfim, aquém a essa meditação ler
meus mais sinceros votos de Feliz 2017..., mas, relembrado sempre a vocês que o
Réveillon é uma festa profana.
Com o Amor e carinho de Jorge
Eduardo Garcia
São Paulo 28 de dezembro de
2016, um ano muito difícil para Humanidade.
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