quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Réveillon é uma festa profana. Autor: Jorge Eduardo Garcia

Significado de Profano - adj. - Do latim “profanu”- Que é estranho à religião, que foge ao âmbito religioso, leigo, que não tem a religião como propósito.
Portanto o que não é religioso, sagrado, é profano.


Réveillon é uma festa profana, já que não há nada de sagrado nesta comemoração. 
Não há dúvida quanto a isso, porém, na vida existe sempre um porém, como veremos.
Sagradas Escrituras, Livro de Ezequiel, capitulo 44:
23 E a meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano, e o farão discernir entre o impuro e o puro.
E é isso que tento fazer com essa meditação sobre o Réveillon, sobre a festa do “ Ano-novo ou Ano-Bom, em que no Mundo todo um novo ano civil começa, ou seja, quando um novo calendário anual é iniciado em torno do Planeta Terra. Assim o Ano-novo do Calendário Gregoriano começa em 1 de janeiro (Dia do Ano Novo), como era no Calendário Romano – o Calendário Juliano- por um decreto do Imperador romano Júlio César em 46 a.C.”.

Assim:
“ O Réveillon é uma celebração onde se comemora a chegada do Ano-novo que tem como ponto alto a meia-noite na noite do dia 31 de dezembro, o último dia do ano civil gregoriano”.

Quando eu era menino, moço, e em parte de minha maturidade, o Réveillon era uma festa considerada chique.
Homens de smoking ou Black – Tie, senhoras de vestidos de baile e joias, dançavam nos locais elegantes do Balneário do Rio de Janeiro, ou em salões pelo Mundo afora, desfrutando de uma lauta ceia com comidas finas, caviar por exemplo, muito scotch, e muito Champagne francês para os brindes comemorativos.  
O Mundo evoluiu, ou regrediu, não sei bem analisar ou explicar, e hoje vale qualquer tipo de indumentária, especialmente as roupas brancas, trajo que é “ um dos elementos de grande significância e fundamento da Umbanda, pois cor branca é um dos maiores símbolos de unidade e fraternidade já utilizados”.
Quando eu era menino, moço, e em parte de minha maturidade, na Praia de Copacabana não havia a queima de fogos que existe hoje, aliás não havia nem Calçadão, havia sim uma grande festa promovida pelos Terreiros de Candomblé na qual os praticantes desta religião afro-brasileira, vestidos de branco, faziam oferendas – os barquinhos eram os mais comuns – a Iemanjá, no yoruba Yèyé omo ejá, a Rainha do Mar, popularmente como Dona Janaína, o Orixá feminino (divindade africana) das religiões Candomblé e Umbanda.
Como a limpeza pública era precária – e ainda o é- as areias de Copacabana ficavam cheia de restos de comidas de santo, garrafas, charutos, velas, e muitas flores, por isso não dava para se desfrutar da praia no feriado de 1 de janeiro, todavia muitas pessoas não ligavam e catapum no mar de minha adorada Cidade Maravilhosa.  
Essa manifestação não podia ser considerada, como para muitas pessoas católicas o eram, como uma celebração profana, já que era um culto aos deuses africanos, e não podemos esquecer que o nosso Deus admitiu em Êxodo 20 a existência de outros deuses.
 Eu não me lembro bem como começou a queima de fogos, só me lembro de uma promovida pela Churrascaria Mariu’s no Leme, e da Cascata do antigo Hotel Méridien, a época pertencente a um grupo francês.
Hoje é uma festa popular que no ano passado conseguiu reunir nada mais nada menos que 2 milhões de pessoas, e que teve um show pirotécnico que durou 16 minutos, transformando assim a passagem de Ano nas areias de Copacabana de uma Festa Mítica a um Evento Profano Internacional.
Não estou aqui analisando a beleza dos fogos, do show pirotécnico, e sim explicando que o Réveillon da Praia de Copacabana não tem nenhum sentido religioso, não tem nada de sagrado, é simplesmente uma comemoração profana.
O Réveillon da Praia de Copacabana faz parte das festas profanas pelo Mundo afora.
Se tem notícia que a passagem de 31 de dezembro para 1 de janeiro é, como sempre foi, um momento de grandes bebedeiras, de grandes pileques, e por consequência de grandes brigas entre as pessoas, de desunião entre familiares, de desunião entre casais, de rompimentos de amizades, de términos de namoros ou noivados, bem como de encontro de pessoas que construirão um futuro juntos...tem de tudo, para todos os gostos.
Mais, eu vou entrar na minha seara, no meu porém:
As Vigilas de Ano Novo, o Culto da Virada das Igrejas Protestantes, portanto celebrações sacras, religiosas, nada profanas.
Eu nasci católico apostólico romano e com o tempo me tornei carola, devoto dos santos e bentinhos.
Porém, olha o porém aí, a prática do catolicismo não estava mais respondendo os meus anseios, e com isso eu cai no vazio.
Em 1979, dona Ediméa Dias Berbert e meu pai começaram um relacionamento afetivo sério e eu fui conhece-la na então Cidade de Presidente Soares, hoje Alto Jequitibá, em Minas Gerais.
Dona Ediméa é filha do senhor Durval Dias e de Dona Cândida Dias, já falecidos.
O senhor Durval era o presbítero mais velho da Igreja Presbiteriana de Alto Jequitibá: IPAJ, situada na encosta de um aprazível morro, a Praça Rev. Mattathias Gomes dos Santos, Alto Jequitibá, no gloriosos Estado de Minas Gerais.
Dona Cândida era uma das senhoras mais piedosas que eu conheci, além de ter um vasto conhecimento bíblico.
Conversávamos muito, e ela ficava admirada d’ eu um católico ter certo conhecimento bíblico.
Assim, na Vigília de Ano Novo da Igreja Presbiteriana de Alto Jequitibá de 1979 para 1980 lá estava eu sentado no ultimo banco do Templo, chorando que me acabava, pois, minha vida era triste e vazia.
E foi nessa Vigila de Ano Bom que eu tive meu encontro com Cristo.
Soluçando afirmei a Ele que se minha vida mudasse, eu O serviria como aquele povo que ali estava reunido O servia.
E MINHA VIDA MUDOU PARA MELHOR.
O que eu quis dizer com essa experiência, com essa historinha?
É que eu que sempre desfrutei, e muito, dos Réveillons, do Réveillon que é uma festa profana, e nunca encontrei NADA, nadica de nada, no dia em que fui a uma Vigília (destaco que não era uma celebração com “uma lauta ceia com comidas finas, caviar por exemplo, muito scotch, e muito Champagne francês para os brindes comemorativos”) encontrei o Amor de Cristo Jesus, encontrei meu Senhor e meu Deus, e repito: MINHA VIDA MUDOU PARA MELHOR.

Celebremos a mudança do Ano;
Relembremos os dias que passaram, os bons e os ruins;
Renovemos nossas esperanças de dias melhores;  
Reestruturemos nossas vidas;
Quem não é religioso em meio ao Réveillon lembre-se das palavras de Pitágoras, que são "purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo”, e assim viva uma vida de Amor;
Quem é crente que renove seus votos de fidelidade a Deus nosso Senhor.

Enfim, aquém a essa meditação ler meus mais sinceros votos de Feliz 2017..., mas, relembrado sempre a vocês que o Réveillon é uma festa profana.

Com o Amor e carinho de Jorge Eduardo Garcia


São Paulo 28 de dezembro de 2016, um ano muito difícil para Humanidade. 

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