sábado, 30 de agosto de 2014

SOBRE CASAMENTO - Sobre o casamento judaico e o cistão - Do livro “Bento que Bento é o Frade” de autoria de Jorge Eduardo Fontes Garcia.

Sobre o casamento judaico:
Kidushin - consagração         
 Já que o casamento é uma mitsvá, preceito Divino, uma bênção é recitada antes de sua execução em agradecimento pela santificação de D'us à união.
O casamento judaico torna-se cadosh através de todo o significado que permeia a cerimônia em todos os detalhes, através de kidushin, consagração, e os alicerces que deverão formar o novo lar e o relacionamento do casal.     
 Os pais que acompanham o noivo e a noiva até a chupá seguram velas acesas. Já que os noivos são comparados a rei e rainha, devem ser escoltados por um séquito.
Nossos sábios nos contam que no casamento do primeiro casal, os anjos Michael e Gavriel escoltaram Adam (Adão) e o levaram até Chava.
Também Moshé e Aharon (Moises e Arão) levaram o povo de Israel para o "casamento" com D'us, ao redor do Monte Sinai.
Assim como D'us foi acompanhado pelas duas Tábuas da Lei e por miríades de anjos, os noivos são acompanhados pelos pais.
Os acompanhantes que levam as velas ficavam à direita e à esquerda dos noivos. A mão direita representa bondade e a esquerda, firmeza. Direita e esquerda simbolizam o relacionamento entre o casal que deve ser contrabalançam com amor e firmeza - saber dar e não procurar só receber.
Aharon, que procurava a paz e o amor entre as pessoas, personifica a harmonia que deve existir entre marido e mulher; e Moshê, que recebeu a Torá, representa as leis e regras que devem reger a nossa vida. Leis e regulamentos devem ser obedecidos num espírito de união e cessão, entrando o casal sempre em acordo.
A entrega da aliança pelo noivo e sua aceitação pela noiva constitui o ato central da santificação do casamento. É um vínculo eterno que fica estabelecido. A partir do momento em que a aliança é colocada no dedo da noiva, o casal, de acordo com a Lei Judaica, é considerado casado.
O ato de dar o anel também simboliza a transferência de poder e autoridade. Assim o marido simbolicamente transfere à sua nova esposa a autoridade sobre seu lar e tudo que se encontra nele. A partir deste momento tudo em sua vida será repartido. O anel também simboliza a proteção que o marido dá a sua esposa; assim como o anel envolve o dedo, também sua aura de proteção envolve a esposa. A aliança simboliza a confiança e lealdade que envolve o casal pelo resto de sua vida.
 A aliança deve ser colocada no dedo indicador da mão mais forte da noiva (canhota ou direita), sem interferência de luvas (caso estiver usando alguma), mas diretamente em seu dedo. Antes de colocar a aliança, o noivo recita a seguinte frase:
"Com este anel, tu és consagrada a mim conforme a lei de Moshê e Israel" e as testemunhas falam: "Está casada".
Ao aceitar o anel, a noiva consente ao kidushin, consagração, significando a singularidade do casamento judaico, estabelecendo uma relação em um lar onde D'us, Ele mesmo, habita.
A ketubá logo em seguida é lida em voz alta para todos os presentes e são recitadas, Sheva Brachot, Sete Bênçãos aos noivos.
 Vejam: ‘estabelecendo uma relação em um lar onde D'us, Ele mesmo, habita’, logo, “Leis e regulamentos devem ser obedecidos num espírito de união e cessão, entrando o casal sempre em acordo”.
Assim “no nível espiritual, o casamento é entendido como o significado de que o marido e a esposa estão se fundindo para formar uma única alma”.
Penso que não preciso acrescentar nada.
O casamento cristão :

Assim como o casamento judaico “é realizado dentro dos conceitos estabelecidos da Torá,do Talmud e da Halachá”, o cristão, também, segue as Ordenanças Divinas.
Paulo tratou de casamento em sua Carta aos Efésios, capitulo 5, versículos de 22 ate 33 Versículo 33 : Não obstante, vós, cada um de per si também ame a própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeite ao marido.
Baseado nas Escrituras:
a- No direito anglo-saxão cristão ficou estabelecido: ‘Nas núpcias, haverá sempre, por lei, um sacerdote, que, com a benção de Deus, unirá sua união a toda prosperidade’.”.
b- Carlos Magno estabeleceu que nunca fosse celebrado um matrimônio sem a presença do sacerdote, afirmando que um matrimônio que não contasse com a benção do sacerdote deveria ser declarado inválido.

Não se fala em Ritos Matrimoniais, mas sim no próprio casamento. 

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