Pedindo a ajuda do Espirito Santo esse blog foi criado para servir não só a Igreja de Cristo Jesus, como seu Corpo Místico, mas, também, para todas as criaturas que tem sede e fome de justiça. Jorge Eduardo Garcia. Dr. h.c. por Mérito Eclesiástico. Doutor em Teologia. Filósofo e Bacharel em Filosofia Eclesiástica. Mestre em Bíblia e Professor de Educação Cristã Historiador e escritor sacro. Blogueiro
terça-feira, 29 de agosto de 2017
Deus e a Criação
Antes
mesmo da Criação YHVH - O Que Faz Que Venha a Ser- o D'us de Israel, Elohei Avraham, Elohei
Yitzchak ve Elohei Ya`aqov, Kaddosh Yisrael , Melech ha-Melachio , o Deus e Pai
de nosso Salvador Jesus, o Verbo Encarnado, o Cristo do Deus Vivo, já possuía
um plano para o Mundo.
Sob os Benefícios de Cristo Crucificado – volume 1 1 ° capitulo As Sagradas Escrituras Judaico-cristãs.
A Conversão de São Paulo
De Parmigianino
Nascido Girolamo Francesco Maria Mazzola
Parma, 11 de janeiro de 1503 - + Casalmaggiore, 24 de agosto de 1540
de 1527
Kunsthistorisches
Museum a Vienna.
Domínio publico
Sob
os Benefícios de Cristo Crucificado – volume 1
1 ° capitulo
As Sagradas Escrituras
Judaico-cristãs.
" Ignorar a Escritura é
ignorar Cristo"
Pio XII.
Neste capitulo vou provar o como através do séculos a Igreja Católica
Apostólica Romana proibiu aos católicos de possuírem uma Bíblia tanto em latim
( a linguagem católica da época) quanto em língua do povo de uma nação, em língua
vernacular, consequentemente seu estudo, proibindo também qualquer literatura
ligada a ela, que fizesse referência a ela, as Sagradas Escrituras.
E como um Papa, um Bispo de Roma, erroneamente atacado como o “ Papa de
Hitler” , acabou definitivamente com esse despautério.
Anônimo
Domínio
publico
Em
hebraico : שאול התרסי , translit. Sha'ūl ha-Tarsī ; em grego : Σαῦλος Ταρσεύς ,
transl. Saşlos Tarseús
Ou
seja
Saul
de Tarso.
Seu nome judaico era
"Saul" , em hebraico : שָׁאוּל , que
quer dizer "pediu, orou".
O próprio Paulo confirma
que era cidadão romano, vamos ver em Atos 25:1-12:
Entrando, pois, Festo na província, subiu dali a três dias de Cesaréia
a Jerusalém.
E o sumo sacerdote e os principais dos judeus compareceram perante ele
contra Paulo, e lhe rogaram,
Pedindo como favor contra ele que o fizesse vir a Jerusalém, armando
ciladas para o matarem no caminho.
Mas Festo respondeu que Paulo estava guardado em Cesaréia, e que ele
brevemente partiria para lá.
Os que, pois, disse, dentre vós, têm poder, desçam comigo e, se neste
homem houver algum crime, acusem-no.
E, havendo-se demorado entre eles mais de dez dias, desceu a Cesaréia;
e no dia seguinte, assentando-se no tribunal, mandou que trouxessem Paulo.
E, chegando ele, rodearam-no os judeus que haviam descido de Jerusalém,
trazendo contra Paulo muitas e graves acusações, que não podiam provar.
Mas ele, em sua defesa, disse: Eu não pequei em coisa alguma contra a
lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César.
Todavia Festo, querendo comprazer aos judeus, respondendo a Paulo,
disse: Queres tu subir a Jerusalém, e ser lá perante mim julgado acerca destas
coisas?
Mas Paulo disse: Estou perante o tribunal de César, onde convém que
seja julgado; não fiz agravo algum aos judeus, como tu muito bem sabes.
Se fiz algum agravo, ou cometi alguma coisa digna de morte, não recuso
morrer; mas, se nada há das coisas de que estes me acusam, ninguém me pode
entregar a eles; apelo para César.
Então Festo, tendo falado com o conselho, respondeu: Apelaste para
César? para César irás.
Essa apelação só pode
ocorrer porque Paulo era um cidadão romano, explico :
Todo cidadão romano
tinha o direito a um julgamento justo, conforme as leis da época.
Um cidadão romano caso
entendesse estar sofrendo injustiças no seu processo tinha garantido por Lei o direito de requerer
uma audiência com Cesar, com o Imperador romano, e o instrumento jurídico para tal era “ o apelo
para César”.
E como Paulo era cidadão
romano?
1-
Porque
Roma com sua política de aglutinação da Elite de um país, ou de uma grande
cidade, concedia aos membros dela a cidadania romana;
2-
Porque
seu pai um fariseu filho de um fariseu era um comerciante rico, conhecido, influente construtor de tendas na cidade de
Tarso, portanto lhe foi dada a cidadania romana, consequentemente Paulo era um
judeu e cidadão romano, e como tal tinha o nome latino "Paulus" - em grego bíblico: Παῦλος ( Paulos ).
Era comum entre os
judeus da época ter dois nomes, um hebraico, outro latim ou grego.
Chamo atenção de que até
hoje ocorre o “Brit milá, ou Bris milá, a "aliança da
circuncisão", a cerimônia religiosa
dentro do judaísmo na qual o prepúcio dos recém-nascidos é cortado ao oitavo
dia como símbolo da aliança entre Deus e o povo de Israel, portanto um evento
de grande importância e significado no sentido de "ser judeu".”
Nessa cerimonia ele recebe o seu nome judeu que pode ser
totalmente diferente daquele com que o recém-nascidos foi registrado no órgão
competente da Nação em que nasceu.
Vou dar um exemplo
agradável ao meu coração.
Anna Carolina filha de Antonio
,meu melhor amigo de infância e adolescência, é judia pela mãe Yara. Anna casou
com Fabiano que não é judeu.
Entretanto corretamente
decidiram que seu filho seria judeu.
Nasceu Felipe, um
menininho de grande beleza.
Minha mulher e eu fomos
convidados para o Bris milá de Felipe, o que muito nos honrou.
No momento certo o Mohel
- aquele que é responsável por efetuar a remoção do prepúcio – perguntou qual
era o nome, Anna Carolina toda feliz respondeu:
“ ’Abhrāhām Shlomô”.
Abraão Salomão é o nome
do Felipe, o belo, na Nação Judaica.
Bris milá na Idade Média
Voltemos a Paulo:
Conversione di San Paolo
31 de dezembro de 1599
de Caravaggio
Propriedade da família romana da aristocracia
papal os Odescalchi.
Benedetto Odescalchi foi eleito o 240º Papa com
o nome de Inocêncio XI em 1676.
O chefe atual da Família é Carlo , X principe
Odescalchi, nascido em 1954.
Essa obra é denominada de Caravaggio
Odescalchi.
Exposta na Basílica de Santa Maria del Popolo
, em Roma .
Domínio
publico
O seu sobrenome Tarso advinha da cidade de Tarso onde nasceu.
Tarso em turco: Tarsus; em grego: Ταρσός, leia-se Tarsós, hoje é uma cidade histórica na Turquia
, a 20 km do Mar Mediterrâneo.
Tarso tem uma história que
remonta a mais de 6.000 anos, era um dos maiores centros comerciais as margens
do Mediterrâneo, logo um ponto vital para muitas civilizações antigas. Durante
o Império Romano , Tarso era a capital da província da Cilícia . Foi local do
primeiro encontro entre Marco Antônio e Cleópatra.
Paulo era “da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu dos
hebreus, quanto à lei um fariseu”.
Criado em Jerusalém, "aos pés de Gamaliel", esse considerado
um dos maiores professores nos anais do Judaísmo de todos os Tempos, um sábio
que transmitia, ou dava, a seus alunos uma educação equilibrada, provavelmente
dando ampla exposição da literatura clássica, da filosofia e da ética, portanto,
foi neste ambiente que Paulo foi crescendo e buscando a seguir corretamente a
Lei de D’us, a Torá, tanto que era um judeu zeloso que « assolava
a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, os entregava à
prisão.» (Atos 8:3)
Esse fariseu observador da lei, que intensamente perseguiu a Igreja
Nascente, um belo dia na estrada para Damasco, cidade na qual pretendia prender
e extraditar para Jerusalém os seguidores do Caminho, teve a visão de Jesus
ressuscitado que o deixou temporariamente cego.
Por Ordem de Deus Ananias de Damasco, dito Santo Ananias, curou a
cegueira de Paulo, o Batizou, e o introduziu no Caminho.
Mais um parêntese:
Muita gente afirma que Deus, o Eterno, o Pai de nosso Senhor Jesus,
abandonou Humanidade à própria sorte e não intervém em sua História.
Vou dar dois exemplos bíblicos que anulam essa afirmação:
1-
Moisés -
Êxodo 1:de 15 até 22 e Êxodo 2:1-10:
E o rei do Egito falou às
parteiras das hebreias (das quais o nome de uma era Sifrá, e o da outra Puá),
E disse: Quando ajudardes a dar
à luz às hebreias, e as virdes sobre os assentos, se for filho, matai-o; mas se
for filha, então viva.
As parteiras, porém, temeram a Deus
e não fizeram como o rei do Egito lhes dissera, antes conservavam os meninos
com vida.
Então o rei do Egito chamou as
parteiras e disse-lhes: Por que fizestes isto, deixando os meninos com vida?
E as parteiras disseram a
Faraó: É que as mulheres hebreias não são como as egípcias; porque são vivas, e
já têm dado à luz antes que a parteira venha a elas.
Portanto Deus fez bem às
parteiras. E o povo se aumentou, e se fortaleceu muito.
E aconteceu que, como as
parteiras temeram a Deus, ele estabeleceu-lhes casas.
Então ordenou Faraó a todo o
seu povo, dizendo: A todos os filhos que nascerem lançareis no rio, mas a todas
as filhas guardareis com vida.
E foi um homem da casa de Levi
e casou com uma filha de Levi.
E a mulher concebeu e deu à luz
um filho; e, vendo que ele era formoso, escondeu-o três meses.
Não podendo, porém, mais
escondê-lo, tomou uma arca de juncos, e a revestiu com barro e betume; e, pondo
nela o menino, a pôs nos juncos à margem do rio.
E sua irmã postou-se de longe,
para saber o que lhe havia de acontecer.
E a filha de Faraó desceu a
lavar-se no rio, e as suas donzelas passeavam, pela margem do rio; e ela viu a
arca no meio dos juncos, e enviou a sua criada, que a tomou.
E abrindo-a, viu ao menino e
eis que o menino chorava; e moveu-se de compaixão dele, e disse: Dos meninos
dos hebreus é este.
Então disse sua irmã à filha de
Faraó: Irei chamar uma ama das hebreias, que crie este menino para ti?
E a filha de Faraó disse-lhe:
Vai. Foi, pois, a moça, e chamou a mãe do menino.
Então lhe disse a filha de
Faraó: Leva este menino, e cria-o; eu te darei teu salário. E a mulher tomou o
menino, e criou-o.
E, quando o menino já era
grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual o adotou; e chamou-lhe Moisés, e
disse: Porque das águas o tenho tirado.
Deus em sua onipotência fez com que
princesa filha do Faraó atotasse Moisés para que ele recebesse educação
adequada para a Grande Missão para a qual sua vida foi criada na Eternidade, a
nobre Missão de tirar os filhos de Yaakov, o Povo Escolhido, do Egito e mais
dele estar preparado para receber as Leis que o Senhor nosso Deus estipulou não
só para os judeus, bem como para toda Humanidade.
1-
O
próprio Paulo.
Deus enviou Paulo para ser
educado por Gamaliel, um sábio, na Torá, na Lei, para com seu conhecimento
saber quem era realmente Jesus, que
Jesus era o Messias prometido, e com isso interpretar as diretrizes do Caminho
traçado por nosso Senhor e Salvador e assim levar o Evangelho das Boas Novas
até os confins do mundo, principalmente a Roma a capital do então poderoso
Império.
Tanto isso é verdade que o novo Paulo se tornou “ os mais influentes
escritor tanto que suas obras compõem
parte significativa do Novo Testamento. A influência que exerceu no pensamento
cristão, chamada de "paulinismo", foi fundamental para a propagação
inicial do Evangelho pelo Império Romano e é até os nossos dias”.
Quem não sabe da existência das Epístolas, ou Cartas de Paulo?
Até os ateus sabem.
Mais, vamos lembrar delas:
1-
Eclesiásticas
- Romanos, I Coríntios, II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses,
Colossenses, I Tessalonicenses e II Tessalonicenses;
2-
Pastorais
- I Timóteo, II Timóteo e Tito;
3-
Pessoal
– Filémon.
4-
Todos os
destinatários dessas cartas foram pessoas que Paulo conheceu, ou conviveu,
durante as suas três Viagens Missionarias como homem livre e um como
prisioneiro que apelara para Cesar
1a Viagem missionária : De
Antioquia da Síria vai para Salamina, na
ilha de Chipre, e atravessa a ilha para
Pafos. De Pafos até Antioquia da Pisídia. De Antioquia da Pisídia para
Icônio na Licaônia. De Icônio na Licaônia para Listra. De Listra para a Derbe.
De Derbe volta para Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Da Pisídia, passa
por Panfília indo para Perge e depois Atalia. De Atalia vai para Antioquia da Síria. De Antioquia da
Síria para Tiro. De Tiro para Jerusalém;
2a Viagem missionária : Sai da Antioquia da Síria a Listra. Da Listra a Trôade. De Trôade a Filipos. De Filipos a Tessalônica. De Tessalônica a
Beréia. De Beréia a Atenas. De Atenas a Corinto. De Corinto a Éfeso. De Éfeso a
Jerusalém. De Jerusalém a Antioquia.
3a Viagem missionária : de Antioquia da Síria a Galácia. Da Galácia
através da Frigia á Éfeso.
de Éfeso, através da Macedônia, a Corinto. De Corinto através da Macedônia, a Trôade. De
de Trôade, por mar, a Mileto. De Mileto através de Rodes e Patara a
Tiro. De Tiro através de Cesaréia, a Jerusalém.
4a Viagem que terminou sendo missionária : De Jerusalém a Cesaréia. De
Cesaréia a Sidon. De Sidon costeando a Cilícia e Panfilia até Mirra. De Mirra,
costeando até Cnido e daí a sudoeste, passando por Claudia, até a ilha de
Malta. De Malta a Siracusa. De Siracusa a Régio e Poeóli. De Poteóli até Roma.
Portanto: “ Deus utilizou o ministério de Paulo para levar o Evangelho
aos gentios e estabelecer a Igreja. Suas cartas para as igrejas, registradas no
Novo Testamento, ainda sustentam a vida e doutrina da igreja. Embora ele tenha
sacrificado tudo, as viagens missionárias de Paulo valeram a pena (Filipenses
3:7-11).
E Colossos onde fica nessas viagens?
Os crentes de Colossos não eram conhecidos pessoalmente por Paulo, pois
a igreja local foi fundada por Epafras (4,12), discípulo de Paulo.
Continuemos:
Na Epístola 2 Timóteo 3:15-17 encontramos:
E que desde a tua meninice sabes as
Sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé
que há em Cristo Jesus.
Toda a Escritura é
divinamente inspirada, e
proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em
justiça;
Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para
toda a boa obra.
Assim falou Paulo, o apostolo dos gentios.
Coffre et rouleau de Torah
Um estojo de prata da Torá que pertenceu a Abraão de Camondo,
líder da comunidade judaica de Constantinopla em 1860.
Museu de Arte e História da Judéia (mahJ)
71 rue du Temple 75003 Paris
e
Exemplar raríssimo de uma Bíblia Sagrada de
1819
Bem, as Sagradas Escrituras são “ conjuntos de textos que são
considerados de inspiração divina ou recebidos diretamente de Deus”.
Isso posto, continuemos:
Os judeus como Paulo estavam esperando o Messias, no Hebraico Māshīaḥ, no Aramaico Mĕshīḥā, Messiah, Moshiach, no Talmude Babilônico e
na literatura Midrax ( um gênero de literatura rabínica que contém as primeiras
interpretações e comentários sobre a Torá Escrita e a Torá Oral) o termo é
Māxyāḥ, além do Maxyaḥ yhwh (Ungido
YHWH).
Os judeus queriam um soberano governante, O Ungido por Deus, em Israel
para dar testemunho de Sua glória perante todas as Nações.
Contudo o “povo escolhido” tinha com o Senhor uma relação bastante irregular,
e o profeta Isaías os avisou em Isaías 9:6,7, que:
Porque um menino nos nasceu, um
filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu
nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Do aumento deste principado e
da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o
fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor
dos Exércitos fará isto.
E mais em Isaías 7:14:
Portanto o mesmo Senhor vos
dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o
seu nome Emanuel.
Contudo alertou em Isaías 53:1-12, que:
Quem deu crédito à nossa
pregação? E a quem se manifestou o braço do SENHOR?
Porque foi subindo como renovo
perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e,
olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos.
Era desprezado, e o mais
rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e,
como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele
caso algum.
Verdadeiramente ele tomou sobre
si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o
reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
Mas ele foi ferido por causa
das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo
que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Todos nós andávamos desgarrados
como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre
ele a iniquidade de nós todos.
Ele foi oprimido e afligido,
mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a
ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.
Da opressão e do juízo foi
tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos
viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido.
E puseram a sua sepultura com
os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem
houve engano na sua boca.
Todavia, ao Senhor agradou
moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado,
verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor
prosperará na sua mão.
Ele verá o fruto do trabalho da
sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo,
justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si.
Por isso lhe darei a parte de
muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua
alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o
pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.
Pela descrição acima não há duvida nenhuma que se trata de Jesus de
Nazaré, filho de Maria, a virgem esposa de José, “ a mãe de Jesus através da
intervenção Divina (Mateus 1:16-25, Lucas 1:26-56, Lucas 2:1-7).”
Mas, como saberíamos dessa Verdade Divina se não tivéssemos em nossas
Sagradas Escrituras, na Bíblia, o Velho Testamento e o Novo Testamento?
E mais:
Como saberíamos de que forma e por quem
foi criado o Universo , o Homem, a Terra é tudo que nela há, se não
tivéssemos em nossas Sagradas Escrituras , na Bíblia, o Velho Testamento?
Como saberíamos do Pecado Original, da expulsão do Primeiro Casal do
Éden, da forma como o pecado entrou na Terra, se não tivéssemos em nossas
Sagradas Escrituras, , na Bíblia, o
Velho Testamento?
Como saberíamos do Diluvio, de Noé, de Abraão, Isaque e Jacó, se não
tivéssemos em nossas Sagradas Escrituras , na Bíblia, o Velho Testamento?
Como saberíamos do Êxodo e dos 10 Mandamentos, da Lei de Deus, se não
tivéssemos em nossas Sagradas Escrituras , na Bíblia, o Velho Testamento?
Como saberíamos dos profetas, dos reis, dos exílios, das promessas, das
Ações de Nosso Deus, se não tivéssemos em nossas Sagradas Escrituras , na
Bíblia, o Velho Testamento?
Repito:
Como saberíamos nos os seguidores do Evangelho da Boas Novas que Jesus era
o Messias Prometido se não tivéssemos em nossas Sagradas Escrituras, na Bíblia,
o Velho Testamento?
Como?
Não saberíamos nada.
Estaríamos na escuridão eterna.
Aliás, quiçá nem haveria nem Terra
nem raça humana.
Mas...
O que é o Velho Testamento?
“ É a totalidade das Escrituras Hebraicas, ou seja,
o Tanakh, em hebraico: תַּנַ"ךְ, a Bíblia hebraica, dividida
em 24 livros no Judaísmo, pois alguns dos livros que são divididos pelos
cristãos em dois na realidade são apenas um, portanto e a primeira grande parte da Bíblia cristã.”
Os “ escribas, sacerdotes, profetas, reis e
poetas, mantiveram registros com grande destaque das relações entre D’us, o
Deus Pai dos seguidores de Jesus, e o povo Israel, dos princípios de sua
religião monoteísta, ou seja, uma religião que acredita na existência de um
único D’us, da Promessa do Senhor sobre a Terra Santa una e indivisível, e de
sua história. Estes registros foram copiados muitas e muitas vezes e passados
de geração em geração por séculos e séculos.”
A Torá, do hebraico תּוֹרָה - tōrāh Sefardita,
tōruh Ashkenazi; significando: instrução, lei, apontamento.
A Torá, foi entregue no Monte
Sinai por D’us, o Deus Pai dos seguidores de Jesus, ao patriarca Moises (Moshê ) e testemunhada
por centenas de pessoas.
A cena foi o fato mais
marcante da História Universal pois nele temos o nascimento da Nação Judaica.
A Torá, ou Pentateuco, trata
da história sagrada do povo de Israel, a partir da criação universal, da criação da Terra e tudo que nela há, da
criação do Homem, até a ocupação da Terra Santa.
Na Torá encontramos toda a
legislação litúrgica e religiosa, compilado em centenas de volumes.
Na Torá encontramos todos os
ensinamentos de conduta, de moral, de bons costumes, de preceitos, enfim o
código das Leis Judaicas
A Torá abrange todo o
aprendizado passado de D'us para Moshê, e deste para as gerações seguintes.
As Sete Leis de Noé ( no âmago
destas Leis está o código moral universal baseado na crença em D’us ) , os Dez
Mandamentos, os Treze Princípios da Fé
Judaica de Maimônides, Rabbeinu Mōšeh bēn Maimon , ou Rambam, o maior
codificador e filósofo na História Judaica, todos lidos e estudados
semanalmente são apenas uma pequena parte da Torá.
Se deve a Torá, o
código de conduta, o elo eterno entre D'us e o povo de Israel, a sobrevivência
milagrosa do povo judeu ao longo da História Universal.
Portanto, na Torá está a Aliança,
com seus termos muito bem explicado, do Deus Eterno com os judeus, os
israelitas, o Povo Escolhido para habitar na Terra Santa.
Não podemos esquecer que
Senhor nosso Deus falou a Moisés, em
Levíticos 18:1-6:
Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes:
Eu sou o Senhor vosso Deus.
Não fareis segundo as obras da terra do
Egito, em que habitastes, nem fareis segundo as obras da terra de Canaã, para a
qual vos levo, nem andareis nos seus estatutos.
Fareis conforme os meus juízos, e os
meus estatutos guardareis, para andardes neles. Eu sou o Senhor vosso Deus.
Portanto, os meus estatutos e os meus
juízos guardareis; os quais, observando-os o homem, viverá por eles. Eu sou o
Senhor.
Judeus na Idade Média o uso de crachás de
identificação.
E aí veio um problemão.
Qual?
A Igreja Católica Apostólica Romana afirmava que “ os judeus mantaram
Jesus”, isso sem explicar o que acima detalhei, e mais:
1) 325 d.C.:
Judaísmo é considerado "uma aberração da vontade divina" e no
Concílio de Nicéia os judeus são
declarados "hereges" .
No caso herege é aquele que professa uma heresia ou prática doutrinas
contrárias aos dogmas concebidos pela Igreja Católica;
2) 465 d.C.:
No Concílio de Vannes , uma cidade francesa, na região administrativa
da Bretanha, no departamento Morbihan, na realidade um concílio provincial ,
quando ficou estabelecido que “compartilhar a carne" com um judeu era
proibido.
Aqui eu tenho dúvida se era a carne comida ou a carne corpo de uma
pessoa, pois devemos sempre lembra que os católicos têm verdadeira fixação nos
pecados da carne, na luxuria do ser humano.
Porem existe um destaque importante que foi a proibição especial aos
clérigos em compartilhar refeições com os judeus;
3) 533 d.C.:
O 2º Concílio de Orléans proíbe os casamentos mistos entre cristãos e
judeus.
Esse Concilio trata de maneira aviltante as mulheres, “ou seja, que as
mulheres não podem mais ser sagradas diaconisas. Esta medida é reforçada pela
decisão de excluir da comunhão dos cristãos as mulheres "consagradas
apesar da proibição dos cânones e que teriam voltado a se casar";
4) 538 d.C.:
O 3º Concílio de Orléans proíbe
aos judeus a posse de escravos cristãos e obriga ao bispo resgatar um escravo
cristão a serviço de um judeu, se ele se refugiar na igreja. Isso deu margem
para alguns se converterem ao cristianismo só para serem libertados. Uma
vergonha;
5)
589
d.C.:
O 3º Concílio de
Toledo, na cidade espanhola de Toledo, decreta que um filho nascido de um
casamento misto deve ser cristão. Mais uma vez as mulheres foram vilipendiadas,
pois “foi aprovado que a mulher que vivia com um clérigo fosse vendida como
escrava e o dinheiro obtido fosse entregue aos pobres”;
6)
1215:
O IV Concílio de Latrão, foi
convocado por Inocêncio III, nascido conde Lotario dei conti di Segni, 176º Papa
e Bispo de Roma, por meio da bula Vineam
domini Sabaoth, de 19 de abril de 1213, para ser celebrado, em novembro de
1215, na Basílica de São João de Latrão, em Roma, e é considerado o ponto mais
alto e importante do papado do século XI-XIII. Compareceram o Imperador
Frederico II, bem como Henrique I de Hainaut, Imperador latino de
Constantinopla, Filipe Augusto, a dadiva de Deus, Rei da França, João Sem-Terra
, Rei da Inglaterra, Jaime I , o Conquistador , Rei de Aragão, de Maiorca, de
Valencia, Conde de Barcelona, Girona, Osona, Besalú, Rossilhão e Cerdanha, André
II Árpád Hiérosolymitai, Rei da Hungria, da Croácia e da Dalmácia, Príncipe de Halych, 1.275 clérigos, sendo
eles: 404 bispos, 71 primazes e metropolitas,
800 abades e priores, os representantes dos Estados cruzados ( Reino de Jerusalém, Império
Latino de Constantinopla, Reino do Chipre , Reino Arménio da Cilícia, Reino de
Salonica, Principado de Antioquia, Principado da Acaia (inclusive o Senhorio de
Salona), Principado da Galileia, Ducado de Atenas, Ducado de Filipópolis, Ducado
de Neopatria, Ducado de Cândia, Ducado de Naxos¸ Marca de Bodonitsa, Condado
palatino de Cefalônia e Zaquintos, Condado
de Edessa, Condado de Jafa e Ascalão, Condado de Trípoli, Senhorio de Sídon, Senhorio da Transjordânia, Senhorio
de Argos e Náuplia, Senhorio de Negroponte Senhorio de Quios Stato da Màr - às
possessões ultramarinas da República de Veneza, incluindo a Ístria, Dalmácia,
Negroponte, a Moreia, Creta, as ilhas do Egeu.), comunas burguesas espalhadas
pela Europa em cidades livres, e todos
os demais reinos cristãos enviaram
representantes.
Dele surgiram Decretos
e 70 cânones conciliares divididos pelos assuntos abordados.
Os cânones 67 a 70
falam sobre os judeus, sarracenos e pagãos e são os seguintes:
67: De usuris judeorum (“Sobre a usura dos
judeus”):
Condenação da usura judaica, assim
os judeus não podem cobrar juros extorsivos, a imposição do pagamento do dízimo
aos judeus, tal como os cristãos;
68: Ut judei discernantur a christianis in
habitu (“Que os judeus devem se distinguir dos cristãos pelas roupas”):
Judeus e sarracenos usarão uma vestimenta
especial para permitir que sejam distinguidos dos cristãos, para que nenhum
cristão venha a se casar com eles, ignorando quem eles são.
Ficou terminantemente proibida
a aparição deles em público em alguns dias do ano;
69: Ne judei publicis officiis praeficiantur
(“Judeus não podem ser responsáveis por funções públicas”):
Judeus não podem ocupar cargos
públicos, e nem ter relações sexuais com cristãos (condenação do matrimônio
misto);
70: Ne conversi ad fidem de judeis, veterem
vitum judeorum retimeant (“Não se pode converter à fé dos judeus, não se deve
retornar aos velhos ritos judaicos”):
Judeus batizados não podem
retornar ao judaísmo e nem manter ritos judaicos.
Os bispos deveriam zelar para
que os judeus convertidos não retornassem à sua crença anterior.
7) 1229:
Os estudiosos declaram que “ Ouve uma guerra entre Roma e a Bíblia, não
havendo paz entre eles.”
Gregório IX, 178° Papa da Igreja Católica, nascido conde Ugolino di
Anagni, sobrinho de Inocêncio III, convocou o Concílio de Toulouse, na cidade
de Toulouse, na região de Occitânia, França.
Fazendo parte dos esforços da Igreja Católica de suprimir a heresia
cátara, este concílio decidiu proibir o uso da Bíblia em língua vernacular- linguagem
de uma Nação, de um país- e estabeleceu
definitivamente a Inquisição.
Assim proibiu definitivamente a leitura da Bíblia pelos comuns, pelos
leigos, decretando:
"Não é permitido aos leigos
possuírem os livros do Antigo e Novo Testamentos, exceto o Saltério, o livro que
contém o Livro dos Salmos (150 Salmos), para ser usado como prática devocional
cristã e para o Ofício Divino na recitação das Horas Canônicas, ou o Breviário,
o livro que contém todos os textos necessários para o Ofício divino, e Orações em
honra da Santíssima Virgem, mas não é autorizado
a ter tais livros em vernáculo, somente em latim. "
Este decreto não só proibiu ler a Bíblia, mas também proibiu ter a própria.
8) 1347-1350:
Quando houve a Peste na Europa , os judeus foram considerados
responsáveis; dizia-se que eles haviam envenenado os poços de água.
“200 comunidades judaicas através de toda a Europa, foram destruídas.
A extensão da tragédia pode ser melhor avaliada pelo número de vítimas
que só na Polônia foram 10.000, isso onde os judeus comparativamente escaparam
com poucos mortos. Um número muito maior do que na Polônia foram as vítimas em
somente três cidades da Alemanha (Erfurt, Mainz e Breslau).”
9) 1555:
Paulo IV, 223° Papa da Igreja Católica, nascido conde Giovanni Pietro
Carafa, um Bispo de Roma maldito e detestado pelo população romana que dedicou
a ele esse epitáfio:
Carafa odiado pelo diabo e pelo céu
está enterrado aqui com seu cadáver
apodrecendo
Erebus * tomou o espírito
ele odiava a paz na terra, nossa fé ele
contestou
ele arruinou a igreja e as pessoas, homens e
o céu foram ofendidos
amigo traiçoeiro, suplicante com o exército
que lhe era fatal
Você quer saber mais?
Papa era ele e isso é suficiente.
·
Na
mitologia a personificação das trevas e da escuridão
“ Suas visões hostis não suavizaram muito com o tempo; historiadores
modernos tendem a ver seu papado como especialmente pobre. Suas políticas
derivavam de preconceitos pessoais - contra a Espanha, por exemplo, ou os
judeus - em vez de objetivos religiosos abrangentes. Em um tempo de equilíbrio
precário entre católicos e protestantes, sua natureza contraditória pouco fez
para desacelerar a disseminação desta última pelo norte da Europa. Seus
sentimentos ante espanhóis alienaram os Habsburgos, indiscutivelmente os
governantes católicos mais poderosos da Europa, e suas crenças pessoais
ascéticas deixaram-no fora de sintonia com os movimentos artísticos e
intelectuais de sua época (ele frequentemente falava em branquear o teto da
Capela Sistina). Tal atitude reacionária alienou clérigos e leigos: o
historiador John Julius Norwich o chama de "o pior papa do século
16".”
Em 17 de julho de 1555, Paulo IV emitiu uma das mais infames Bulas
papais da história da Igreja, Cum Nimis
Absurdum (o título provinha de sua frase inicial, "Uma vez que é
absurdo") que ordenou a criação de um gueto judeu em Roma . O papa
estabeleceu suas fronteiras perto do Rione Sant'Angelo, uma área onde um grande
número de judeus já residia, e ordenou que ele fosse separado do resto da
cidade. Um único portão, trancado todos os dias ao pôr-do-sol, era o único meio
de chegar ao resto da cidade. Os próprios judeus foram forçados a pagar todos
os custos de projeto e construção relacionados ao projeto, que chegaram a um
total de aproximadamente 300 scudi .
A Bula restringiu os judeus de
outras formas também, pois foram
proibidos de ter mais de uma Sinagoga por cidade - levando, somente em Roma, à
destruição de sete lugares "excessivos" de culto.
Todos os judeus eram forçados a usar chapéus amarelos distintos,
especialmente fora do gueto, e eram proibidos de trocar tudo, exceto comida e
roupas de segunda mão.
No final do reinado de cinco anos de Paulo IV, o número de judeus
romanos caiu pela metade.
No entanto, seu legado antissemita durou mais de 300 anos: o gueto que
ele estabeleceu deixou de existir apenas com a dissolução dos Estados Papais em
20 de setembro de 1870, e a anexação de Roma ao novo Reino da Itália.
Suas paredes foram demolidas em 1888, ou seja , repito : depois da
Unificação da Itália, e do Papado se retirar para o Vaticano.
Para piorar esse Papa Maldito encorajou aos cristãos de todas as idades
a tratar os judeus como cidadãos de segunda classe.
Se um judeu desafiasse um cristão estava sujeito a receber uma severa
punição, muitas vezes nas mãos de uma multidão excitada pelos algozes papais
contra ele, o judeu.
10) 1562:
Pio IV, 224° Papa da
Igreja Católica, nascido Giovanni
Angelo Medici di Marignano, porém não tinha parentesco com a poderosa família
di Medici de Florença, “em 27 de
fevereiro de 1562, publicou a Bula Dudum felicis com o qual confirmou as duras
medidas de seu antecessor, Paulo IV, contra os judeus.”
“ Mas ele aumentou o tamanho do gueto romano e prometeu abrir lojas do
lado de fora das muralhas do zoológico, para favorecer os judeus.
Posteriormente, no entanto, ele desistiu desse assunto seguindo o conselho do
imperador Ferdinando I de Habsburgo”.
“Pio IV permitiu que os judeus fizessem cópias impressas do Talmude ,
mesmo que o nome da impressora que aparecesse no frontispício fosse ser cristão”.
Pio IV ordenou “ a revisão da Vulgata e nomeou uma comissão de Cardeais
(1561), que iniciou a coleta de manuscritos importantes”;
11) 1622:
Gregório XV, 234° Papa
da Igreja Católica, nascido conde Alessandro Ludovisi, em 1622, declarou revogadas todas as licenças para
a leitura da Bíblia dadas de qualquer maneira e por qualquer motivo pelos Papas
dos seus antecessores.
12) 1631:
Urbano VIII, 235° Papa da Igreja Católica, nascido Maffeo Vincenzo
Barberini, em 1631 completou a "ordem do Papa Gregório XV, ordenando aos
bispos e inquisidores para imediatamente queimarem todos os livros proibidos
que foram entregues a eles, incluindo a Bíblia. Com a epidemia da peste grassado na Itália entre 1630 e 1631,
os judeus, mais uma vez foram responsabilizados, e o Papa não disse, nada fez.”
13) No século XIX:
Pio VII, 251° Papa da Igreja Católica, nascido conde Barnaba Niccolò
Maria Luigi Chiaramonti, Sumo Pontífice e Bispo de Roma de 14 de março de 1800
até à data da sua morte em 20 de agosto de 1823.
Foi o Pontífice prisioneiro de Napoleão que assistiu a coroação do
Imperador dos Franceses na Catedral de Notre Dame de Paris, em 2 de dezembro de
1804 , agiu assim durante seu Pontificado:
a-
Sob o
domínio napoleônico, o gueto judeu havia sido abolido e os judeus eram livres
para viver e se mover onde queriam. Após a restauração Pio VII reinstituiu o
confinamento dos judeus ao gueto, fechando as portas à noite;
b-
Reviveu
a Inquisição e o Índice de Livros Condenados, proibindo novamente a Bíblia e o
estudo bíblico proposto pelas Sociedades Bíblicas;
c-
Ao "Arcebispo
de Niesen deixou que as pessoas lessem a Bíblia. o Papa Pio VII, em 29 de junho
de 1816, repreendeu fortemente por essa conduta, afirmando sobre a Bíblia em
língua vernácula que ela era uma "invenções maléfica, uma praga, contribuía
para a destruição da fé, e o maior perigo para as almas ... um novo tipo de
discórdia semeada pelo inimigo, uma verdadeira conspiração dos ímpios
inovadores para arruinar nossa santa
religião ".
d-
“Em 23
de setembro do mesmo ano de 1816, Pio VII escreveu um Breve ao Arcebispo de
Mohilew, metropolitano católico da
Rússia : "Nós estamos profundamente tristes por ter conhecimento do
projeto fatal, até agora desconhecidos, de espalhar a Bíblia no vernáculo por
todo o seu domínio... mas nossa tristeza era infinitamente maior, em ver
algumas cartas escritas em nome de sua Fraternidade, que exortava ao povo
confiado aos vossos cuidados, a comprar Bíblias, para aceitar de bom grado se elas
forem oferecidas livremente, e estudá-la com cuidado e diligência. Nada pode
acontecer de mais doloroso do que ver Excelência tomar tias atitudes se tornado
assim um obstáculo para o meu pontificado, ...".
Mohilew era uma província ( guberniya ) do
Império Russo no território da atual Bielorrússia.
e-
Em 31 de
julho de 1814, ele assinou a bula papal Sollicitudo omnium ecclesiarum, que
restaurou universalmente a Companhia de Jesus;
f-
Afirmou
que os maçons devem ser excomungados e os ligou aos Carbonari, um grupo
revolucionário anticlerical na Itália. Todos os membros do Carbonari também
foram excomungados.
Devo confessar que tenho aversão a Pio VII.
14)
1823 a 1829:
Leão XII, 252° Papa da Igreja Católica , nascido conde
Annibale Francesco Clemente Melchiore Girolamo Nicola della Genga, condenou as
sociedades bíblicas, e sob influência jesuítica proibiu os judeus de possuir
propriedades, dando um tempo exíguo para eles venderem as que possuíam em Roma,
muitos dos judeus de Roma emigraram para Trieste , Lombardia e Toscana.
Leão XII “ chamou a Bíblia de uma praga, de um veneno
mortal e, portanto, a leitura delas são proibidas. De acordo com esse Papa, que
pontificou de 28 de setembro de 1823 até 10 de fevereiro de 1829 , “ Bíblia, a
Palavra de Deus, era um veneno observando que a palavra do homem é o antídoto”.
“Existe um livro muito raro de 352 páginas, impresso em
Paris em 1661, por ordem do Clero Galicano, que se refere aos sentimentos dos
teólogos mais famosos e canonistas, em relação aos decretos da Sorbonne, aos
decretos dos Papas e Conselhos proibindo a leitura da Bíblia no vernáculo”, é
um dos mais importantes escritos sobre o assunto.
“Galicanismo à
tendência separatista da igreja católica da França em relação a Roma e ao Papa.
A origem do nome provém de Gália, nome antigo da França.”
Vemos por todos esses exemplos
que a Liderança da Igreja Católica Apostólica Romana entrava século e saia século
era visceralmente contra a leitura da
Bíblia pelos comuns, pelos membros do povo, e creio até pelas classes mais alta
da sociedade daqueles tempos, a nobreza e a alta burguesia.
Perseguiam os judeus
implacavelmente, os roubava, os matava via Inquisição ou incentivado os
católicos a fazê-lo sem dó nem piedade.
Afirmavam que “ os judeus
mataram Jesus” como mote, com o propósito de justificar sua política torpe, sórdida, suja,
ignóbil, desprezível, abjeta, contra eles, e o que é pior sem dar ao
povo a oportunidade de conhecer a Verdade, pois a Verdade os libertaria de tal
jugo asqueroso imposto pela Hierarquia da Igreja de Roma e disseminado pelo
clero católico em todas as partes do mundo conhecido.
SS Bento XVI
“No segundo volume de seu
livro, “Jesus de Nazaré”, Bento XVI, hoje Papa Emérito, mas grande teólogo, exime
os judeus das acusações de que foram responsáveis pela morte de Jesus,
repudiando o conceito de culpa coletiva que tem assombrado há séculos as
relações entre cristãos e judeus, afirmado que “ o “verdadeiro grupo de acusadores”
foram as autoridades do Templo e não todos os judeus da época”.
Com isso “ Bento XVI diz que a
referência era à “aristocracia do Templo”, que queria Jesus condenado à morte
porque ele violara a lei religiosa judaica”.
“ Elan Steinberg, vice-presidente
da Reunião Americana de Sobreviventes do Holocausto e de seus Descendentes,
saudou as palavras do antigo chefe da
Igreja Católica”.
Gostaria de acrescentar que
nos Tempos de Jesus havia o denominado Segundo Templo que existiu entre 516 a.C. e 70 d.C. e substituiu
o Templo de Salomão, o Primeiro Templo.
Ele foi remodelado por Herodes
I, o Grande, rei da Judeia, mas um rei Cliente de Roma, “ interessado em
perpetuar seu nome através desse projetos de reconstrução”.
O Segundo Templo era um
espécie de banco central judaico, de casa de cambio onde se trocava dinheiro de
outros localidades pela moeda aceita em Jerusalém via cambistas, mas com seu valor afixado pelos
sacerdotes, em seus trajes de linho branco e chapéus tubulares, diariamente em
local apropriado para tal.
Era uma casa de comercio onde
se vendia os animais para o sacrifício no próprio Templo, tudo com a supervisão
dos sacerdotes.
Imaginem o frege que era.
Uma balburdia feita por 300.000
a 400.000 peregrinos que iam anualmente para celebrar a Pascoa Judaica.
Imaginem , também, o lucro que essa população flutuante trazia para o Templo de
Jerusalém.
Segundo Templo.
Ora, o Grande Sinédrio,
assembleia de 71 juízes judeus que constituía a Corte Suprema de Israel, que se
reunia no Templo durante o dia, exceto antes dos festivais e do sábado, não
queria nenhum tipo de modificação no statu
quo.
Até porque o próprio Grande Sinédrio
era composto por “ antigos Sumo-sacerdotes, representantes das 24 castas
sacerdotais, escribas, doutores da lei e representantes das famílias mais
proeminentes”, portanto um órgão ultra elitista.
Vou dar um exemplo:
Caifás, o Sumo-sacerdote que
condenou Jesus, era genro de Anás, outro Sumo-sacerdote.
Lemos em João 18:13,14:
E conduziram-no primeiramente a Anás,
por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano. Ora, Caifás era
quem tinha aconselhado aos judeus que convinha que um homem morresse pelo povo.
Flávio Josefo menciona em
relação a Anás, Anás ben Sete, que
nenhum outro Sumo- sacerdote teve tantos parentes nos cargos do Grande Sinédrio
:
a- Eleazar
ben Anás;
b- Josefo
ben Caifás, que se casou com a filha de Anás;
c- Jônatas
ben Anás ;
d- Teófilo
ben Anás ;
e- Matias
ben Anás ;
f- Anás
ben Anás , o filho de Anás , portanto o mais jovem dos cinco irmãos.
Era ou não era uma Assembleia de castas, um órgão elitista?
Claro que era.
O Sinédrio tinha como presidente um príncipe denominado Nasi, um Av Beit Din,
o segundo membro em importância, e um Cohen Gadol , o Sumo-sacerdote.
Assim o “Grande Sinédrio
alcançou seu ápice de importância, legislando todos os aspectos da vida
religiosa e política judaica dentro dos parâmetros estabelecidos pela tradição
bíblica e rabínica”.
Porque mudar aquilo que estava
funcionado?
Esses donos do Poder, como
todos os donos de Poder pelos séculos e séculos, é que não queriam mudanças.
Jesus expulsa os
vendilhões do Templo sob o olhar dos Sacerdotes
De Rembrandt
E Jesus se insurgiu contra
esses estado de coisas como está no Evangelho de João 2:13-17:
E estava próxima a páscoa dos judeus, e
Jesus subiu a Jerusalém.
E achou no templo os que vendiam bois, e
ovelhas, e pombos, e os cambiadores assentados.
E tendo feito um azorrague de cordéis,
lançou todos fora do templo, também os bois e ovelhas; e espalhou o dinheiro
dos cambiadores, e derribou as mesas;
E disse aos que vendiam pombos: Tirai
daqui estes, e não façais da casa de meu Pai casa de venda.
E os seus discípulos lembraram-se do que
está escrito: O zelo da tua casa me devorou.
Foi nesse dia que os membros do Grande Sinédrio decidiram matar Jesus
de Nazaré.
Esse galileu não podia viver para subverter a ordem por eles
estabelecidas.
Jesus passou a ser um real perigo para o poderoso Grande Sinédrio.
E deu no que deu.
Mais, antes desse ato e fato de Bento XVI, que o Sumo Pontífice
e Bispo de Roma Leão XIII, 256° Papa da
Igreja Católica, nascido Vincenzo Gioacchino Raffaele Luigi Pecci, cujo papado
foi de 20 de fevereiro de 1878 até 20 de julho de 1903, lançou a Encíclica Providentissimus
Deus de 18 de novembro de 1893, que versava detalhadamente “ Sobre o Estudo da
Sagrada Escritura ".
A Encíclica Providentissimus
Deus continha:
1- A
revisão da história do estudo da Bíblia desde o tempo dos Pais da Igreja até o seu
tempo;
2- Os
erros dos racionalistas e críticos ;
3- Os
princípios do estudo das escrituras;
4- As
diretrizes sobre como as escrituras deveriam ser ensinadas nos seminários;
5- As
questões de aparentes contradições entre a Bíblia e a ciência física, ou entre
uma parte da escritura e outra, e como tais aparentes contradições podem ser
resolvidas.
Foi uma bomba atômica na
cristandade, principalmente entre o Clero Católico Romano, que desejava a todo
custo manter o povo ignorante sobre a Palavra de Deus e como verdadeira massa
de manobra para suas atividades as vezes nem sempre cristãs.
E “está encíclica passou a
fazer parte do permanente conflito entre
conservadores e reformistas”.
Os anos se passaram.
Venerável Pio XII
Roma ocupada pelos nazista, a morte
passeava pela Península Italiana matando a tordo e a direito, a Gestapo mandava
e desmandava, o Rei Vitorio Emanuele III fugiu de sua capital com todo o
governo, e no Vaticano um homem magro, de aparência doentia, frágil de corpo, usava
o anel e as sandálias do pescador, sentava no cambaleante Trono da Igreja Católica
Apostólica Romano, seu nome Pio XII, o ultimo grande Papa da Igreja de Roma.
Eugenio Maria Giuseppe Pacelli
era de uma família de nobres romanos, de nobres de Acquapendente e de Sant'Angelo
in Vado, titulados pelo Sumo Pontífice como Príncipes e Marqueses, por sua
fidelidade a Igreja.
Marcantonio Pacelli, avô de
Pio XII, foi o organizador do Osservatore Romano , o jornal oficial do Estado do
Vaticano.
Eugenio Maria Giuseppe Pacelli,
eleito o 260° Papa da Igreja Católica em 2 de março de 1939, entronizado em 12
de março de 1939, como os seus não tinha medo dos inimigos de seu Deus, de sua
Igreja, de seu povo.
Em meio ao cerco da Gestapo
deu a conhecer ao mundo de própria voz pela Rádio do Vaticano, em 30 de
setembro de 1943, a Encíclica ” Divino Afflante Spiritu” - "Sob a
inspiração do Espírito Santo” - que não só comemorava os cinquenta anos da
emissão da Providentissimus Deus pelo Papa Leão XIII, como, também, exortava
aos cristãos do mundo inteiro a lerem o que ele chamava de Sacri Libri, a nossa
Bíblia com o Velho e o Novo Testamento, isso numa Roma tomada pelos nazistas.
Que grande homem.
“Em sua encíclica, Pio XII sublinhou
a importância do estudo diligente das línguas originais e outras línguas
cognatas para chegar a um conhecimento mais profundo e mais completo do
significado dos textos sagrados:
Devemos explicar o texto original que foi
escrito pelo próprio autor inspirado e tem mais autoridade e maior peso do que
qualquer outra, mesmo a melhor, tradução antiga ou moderna. Isto pode ser feito
de maneira mais fácil e proveitosa se, para o conhecimento das línguas, se
associe a uma habilidade real na crítica literária do mesmo texto.
Desde então, as traduções
católicas da Bíblia basearam-se diretamente nos textos encontrados nos
manuscritos nas línguas originais, mas levando em conta as traduções antigas
que às vezes esclarecem o que parecem ser erros de transcrição nesses manuscritos.
Aleluia
Gloria Deus.
Repito:
Que grande homem foi Eugenio
Maria Giuseppe Pacelli, que seguidor coerente do Caminho traçado pelo Senhor Jesus,
por isso não canso de afirmar que Pio XII foi o último grande Papa da Igreja de
Roma.
Por Pio XII a Cristandade teve
que aceitar o Velho Testamento, o Tanakh, a Bíblia hebraica, a Torá, pois ela é
o nosso Pentateuco.
Aleluia.
Foi Pio XII, Venerável por
suas virtudes heroicas como Servo de Deus, que rompeu definitivamente com o
milenar habito papal de odiar os judeus de menosprezarem a Bíblia, as Sagradas
Escrituras, principalmente o Velho Testamento que nada mais é do que a totalidade das Escrituras Hebraicas, ou seja,
o Tanakh, com a Torá.
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