Filosofia deriva
de duas palavras gregas:
a-
Philein que quer dizer“ amar”;
b-
Sophia que quer dizer “ sabedoria”.
“ Nenhum homem é sábio, mas
somente Deus. E as pessoas que tem interesse pelas coisas divinas são
buscadoras da sabedoria” - Pitágoras, o primeiro filosofo em cerca de 600 anos
antes de Cristo – a. C.
“ Há uma filosofia especifica
para cada ramo do conhecimento, embora a filosofia tradicional encerre em seis
sistemas”. R.N. Champlin, e J.M. Bentes – Enciclopédia de Bíblia – Teologia e
Filosofia.
Qualquer criatura curiosa
encontra o seguinte texto no site http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Filosofia-Do-Direito-x-Filosofia-Eclesiastica/819688.html
, sobre a Filosofia do direito x filosofia eclesiástica, vamos a ele:
A Filosofia do Direito é o
campo de investigação filosófica que tem por objeto o Direito. Ela pode ser
definida como o conjunto de respostas à pergunta “o que é o direito? ”, ou
ainda como o entendimento da natureza e do contexto do empreendimento jurídico.
Com esta base podemos resumir
que a filosofia do Direito é encontrar respostas as mais diversas perguntas, do
meio jurídico.
A Filosofia Eclesiástica trata
da religião e de pensamentos de um Deus nesse caso da igreja de Cristo. É
monoteísta (quem professa) e consiste no homem e como é visto na área
espiritual e eterno.
Nesse campo de pensamento
podemos concluir que a filosofia eclesiástica busca suas respostas em Deus, no
qual esse mesmo deus é utilizado como campo de vista filosófico.
A filosofia do Direito busca
respostas jurídicas as perguntas, nos costumes e na lei, e a filosofia
eclesiástica buscam em deus as respostas, ou seja, vindo do subjetivo, de um
ser invisível que prevê uma eternidade, a existência de uma alma, com
recompensa aos justos, e punição aos injustos, por este meio podemos defender a
ideia que a origem da filosofia do Direito tem sua origem na filosofia
eclesiástica, pois busca defender os Direitos da sociedade, evitar o caos, no
qual a filosofia eclesiástica busca também resposta desses Direitos em deus com
o conceito de recompensa aos justos (céu) e punição aos injustos (inferno).
Os dois tipos de filosofia,
tem o mesmo fim de evitar atos fora dos padrões morais e dos bons costumes,
baseados em leis sejam elas normas jurídicas ou ditadas por Deus, no entanto,
como o fim de pacificar a sociedade para que o homem possa viver em pleno
estado de direito.
As duas com normas e deveres
para que os justos possam ter a garantia legal e a punção aos injustos que se
insurgem aos ditames normativos de ambas as filosofias....
Fim do texto
parcial.
Eu vou mais longe:
A Carta de Paulo aos Efésios
tem como foco o Mistério da Igreja.
A Carta de Paulo aos Efésios
tem como foco o Ministério da Igreja como o Corpo Místico de Cristo.
A Igreja, o Corpo Místico de
Cristo, onde nos é revelada a nova humanidade do Eterno.
A Igreja, o Corpo Místico de
Cristo, onde nos é revelada a reconciliação das criaturas por Ele criadas com
Ele, o Deus Criador.
A Igreja, o Corpo Místico de
Cristo, composta de criaturas que acreditam pela Fé que Ele é o Senhor da
História do Homem, da Humanidade.
A Igreja, o Corpo Místico que
busca, que aprende, que se submete, que obedece, que serve, a Jesus de Nazaré,
o Cristo do Deus Vivo.
A Igreja, o Corpo Místico de
Cristo, que é um “ posto avançado em meio a esse Mundo Tenebroso”.
A Igreja, o Corpo Místico de
Cristo, que através de uma vida santificada de seus membros busca a Redenção
Final, e, também, ser arrebatada, como uma noiva, na volta de Jesus Cristo, o
noivo, para a Vida Eterna com Ele na Eternidade.
O servo que quer servir a Deus
- servus est qui servit Deo – Deus Uno e Trino, a Trindade: Pai e Filho e
Espírito Santo - tem que ter em mente
que ele é um servus Christi – servo de Cristo- para poder bem servir aos servos
de Deus - servi Dei – que pela graça de Deus foram chamados e por livre vontade
aceitaram fazer parte da Igreja, do Corpo Místico de Cristo.
Sem o serviço não há comunhão primeiramente
com Jesus Cristo, depois com os demais servos de Deus, pois Ele nos revelou em Mateus,
capitulo 20, versículos de 25 até 28:
Jesus os chamou e
disse: "Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as pessoas
importantes exercem poder sobre elas.
Não será assim entre
vocês.
Pelo contrário, quem
quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo,
e quem quiser ser o
primeiro deverá ser escravo;
como o Filho do homem, que não veio para ser
servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos"
Isso implica que o servus est qui servit Deo tem que segundo a
Sã Doutrina conceber uma filosofia de
vida, filosofia essa que o leva aos “ caminhos a serem percorridos para que a
Igreja [ o Corpo Místico de Cristo] alcance seus objetivos, que é a conquista
do Homem, da criatura, do pecador, trazendo-o para o seio dela, a Igreja,
contribuindo assim para a Salvação dele, ou dela, e para que eles obtenham pela
Graça o perdão de suas falta, o discernimento para buscarem uma vida
santificada em Cristo Jesus, e o privilegio da Vida Eterna na Gloria com o Deus
Eterno ”, daí que a Filosofia Eclesiástica é importante, já que ela dá ao Servo
Servidor a orientação , a direção, as explicações, para exercer o seu
ministério terreno.
Digo isso porque “ a filosofia
é o saber a respeito das coisas, a direção ou orientação para o mundo e para a
vida e, finalmente consiste em especulações acerca da forma ideal de
vida”- R.N. Champlin, e J.M. Bentes –
Enciclopédia de Bíblia – Teologia e Filosofia.
Desataco que os Pais Gregos da
Igreja - Clemente de Alexandria, Orígenes de Alexandria – bem como Justino
Mártir (em latim: Iustinus Martir), teólogo romano do século II, pensavam que “
os melhores aspectos da filosofia grega agiam como um mestre escola, conduzindo
os gentios a Cristo, tal como a Lei Mosaica fizera com os judeus” [ em relação
ao Deus Eterno, Adonai] - R.N. Champlin, e J.M. Bentes – Enciclopédia de Bíblia
– Teologia e Filosofia
Tem mais: “ Justino,
convencido de que a filosofia grega tende para Cristo, "acredita que os
cristãos podem servir-se dela com confiança" e em conjunto, a figura e a
obra do apologista "assinalam a decidida opção da Igreja antiga em favor
da filosofia, em vez de ser a favor da religião dos pagãos", está religião
que os primeiros cristãos "rechaçaram com força qualquer compromisso”- anônimo.
Portanto, é importante para o
cristão servidor ter conhecimento da Filosofia Eclesiástica, como, também,
conhecer a Platão – “ Ele tem excelentes coisas a dizer, capaz de aclarar a
maneira em que concebemos a religião “ (R.N. Champlin, e J.M. Bentes –
Enciclopédia de Bíblia – Teologia e Filosofia)- a Aristóteles, a Tomas de
Aquino, a Agostinho, a Lutero, a Calvino, a Zwinglio, a Francis Bacon, a
Descartes, a Spinoza, a Jean Jacques Rousseau, a Locke, a Hume, a Kant, a
Hegel, a Schiller, a Goethe, a Heidegger, a Kierkegaard, entre outros, pois
lendo-os poderá aprimorar a sua sabedoria, e com isso melhorar a sua relação
com a Humanidade, com a Vida, com o próximo, e em especial com os membros do
Corpo Místico de Cristo.
Não devemos cair no Anti-intelectualismo,
pois estaremos perdidos, já que foi o Eterno Deus, Adonai, que criou a razão,
ou seja, o intelecto, e o criou para podermos discernir as coisas tanto as
espirituais ou místicas, como as seculares ou dos humanos em meio a este Mundo
Tenebroso.
No Livro de Atos, capitulo 17,
versículos 16 a 33:
E, enquanto Paulo os
esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão
entregue à idolatria.
De sorte que
disputava na sinagoga com os judeus e religiosos, e todos os dias na praça com
os que se apresentavam.
E alguns dos
filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer
este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos; porque
lhes anunciava a Jesus e a ressurreição.
E tomando-o, o
levaram ao Areópago, dizendo: Poderemos nós saber que nova doutrina é essa de
que falas?
Pois coisas
estranhas nos trazes aos ouvidos; queremos, pois, saber o que vem a ser isto
(Pois todos os
atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão
de dizer e ouvir alguma novidade).
E, estando Paulo no
meio do Areópago, disse: Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto
supersticiosos;
Porque, passando eu
e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO
DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu
vos anuncio.
O Deus que fez o
mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos
feitos por mãos de homens;
Nem tampouco é
servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele
mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas;
E de um só sangue
fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra,
determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação;
Para que buscassem
ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe
de cada um de nós;
Porque nele vivemos,
e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois
somos também sua geração.
Sendo nós, pois,
geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro,
ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens.
Mas Deus, não tendo
em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o
lugar, que se arrependam;
Porquanto tem
determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem
que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.
E, como ouviram
falar da ressurreição dos mortos, uns escarneciam, e outros diziam: Acerca
disso te ouviremos outra vez.
E assim Paulo saiu
do meio deles
Vemos aqui que São Paulo teve
um embate com os filósofos epicureus e estóicos, os ouviu, os ensinou, uma
lição clara de tolerância que os cristãos, os servos de Deus - servi Dei – devem ter em relação a Filosofia, ou aos filósofos,
ou aos praticantes de outros credos, e até mesmo com aqueles que se dizem ateus,
e mais uma lição clara de que o aluno de Gamaliel, o Ancião (גמליאל), ou rabino Gamaliel I, havia
adotado uma outra filosofia de vida, não era mais aquele homem inserido na
filosofia judaica, violento, arrogante e
perseguidor de tudo que não fosse genuinamente judeu, Gloria a Deus nas altura e
paz na terras aos homens de boa vontade.
Segundo R.N. Champlin, e J.M.
Bentes – Enciclopédia de Bíblia – Teologia e Filosofia, encontramos no Novo
Testamento quatro “escolas filosóficas”, a saber em poucas palavras e merecendo
um estudo mais aprofundado:
1-
Os cínicos - O cinismo (em grego antigo:
κυνισμός kynikós, em latim cinicus) foi uma corrente filosófica fundada por
Antístenes, discípulo de Sócrates e como tal praticada pelos cínicos (em grego
antigo: Κυνικοί, latim: Cynici). Para os cínicos, o propósito da vida era viver
na virtude, de acordo com a natureza. Os cínicos gregos e romanos clássicos
consideravam a virtude como a única necessidade para a eudaimonia (felicidade)
e viam a virtude como inteiramente suficiente para alcançar a felicidade. Palavras
de um anônimo: Há quatro razões de por
que os "cínicos" são assim chamados. Primeiro por causa da
indiferença de seu modo de vida, pois fazem um culto à indiferença e, assim
como os cães, comem e fazem amor em público, andam descalços e dormem em barris
nas encruzilhadas. A segunda razão é que o cão é um animal sem pudor, e os
cínicos fazem um culto á falta de pudor, não como sendo falta de modéstia, mas
como sendo superior a ela. A terceira razão é que o cão é um bom guarda e eles
guardam os princípios de sua filosofia. A quarta razão é que o cão é um animal
exigente que pode distinguir entre os seus amigos e inimigos. Portanto, eles
reconhecem como amigos aqueles que são adequados à filosofia, e os recebem
gentilmente, enquanto os inaptos são afugentados por ele, como os cães fazem,
ladrando contra eles
2- Os
hedonistas - O hedonismo (do grego
hedonê, "prazer", "vontade") é uma teoria ou doutrina
filosófico-moral que afirma ser, o prazer, o supremo bem da vida humana. Surgiu
na Grécia, e seu mais célebre representante foi Aristipo de Cirene. O hedonismo
filosófico moderno procura fundamentar-se numa concepção mais ampla de prazer
entendida como felicidade para o maior número de pessoas;
3- Os
epicureus ou epicuristas - O epicurismo é o sistema filosófico que prega a
procura dos prazeres moderados para atingir um estado de tranquilidade e de
libertação do medo, com a ausência de sofrimento corporal pelo conhecimento do
funcionamento do mundo e da limitação dos desejos. Já quando os desejos são
exacerbados podem ser fonte de perturbações constantes, dificultando o encontro
da felicidade que é manter a saúde do corpo e a serenidade do espírito,
ensinado por Epicuro de Samos, filósofo ateniense do século IV a.C., e seguido
depois por outros filósofos, chamados epicuristas. Assim Para Epicuro, para ser
feliz era necessário controlar os nossos medos e desejos de maneira que o
estado de prazer seja estável e equilibrado consequentemente a um estado de
tranquilidade e de ausência de perturbação.
4- Os
estoicos - O estoicismo foi uma escola de filosofia helenística fundada em
Atenas por Zenão de Cítio no início do século III a.C. Os estoicos ensinaram
que as emoções destrutivas resultavam de erros de julgamento, a relação ativa
entre determinismo cósmico e liberdade humana e a crença de que é virtuoso
manter uma vontade (chamada prohairesis) que está de acordo com a natureza.
Devido a isso, os estoicos apresentaram sua filosofia como um modo de vida e
pensavam que a melhor indicação da filosofia de um indivíduo não era o que uma
pessoa diz, mas como essa pessoa se comporta. Para viver uma boa vida, era preciso
entender as regras da ordem natural, uma vez que ensinavam que tudo estava
enraizado na natureza.
Mais tarde
os estoicos - tais como Sêneca e Epiteto - enfatizaram que, porque "a
virtude é suficiente para a felicidade", um sábio era imune ao infortúnio.
Essa crença é semelhante ao significado da frase "calma estoica",
embora a frase não inclua as visões dos "radicais éticos" estóicos
onde somente um sábio pode ser considerado verdadeiramente livre e que todas as
corrupções morais são igualmente perversas. O estoicismo desenvolveu-se como um
sistema integrado pela lógica, pela física e pela ética, articuladas por
princípios comuns, a ética estóica que teve maior influência no desenvolvimento
da tradição filosófica chegou a influenciar os primórdios do cristianismo.
Porque citei essas quatro “escolas
filosóficas que, também, são mencionadas no Novo Testamento”, como nos revela R.N.
Champlin, e J.M. Bentes – Enciclopédia de Bíblia – Teologia e Filosofia?
Para que os críticos, aqueles
que gostam de contestar por contestar, de criticar por criticar, de ver pecado
em tudo, de ver o Diabo por trás de tudo, não deitarem suas verborreias sobre
esse artigo de maneira tola, infantil, cavilosa, raiando a má fé.
E assim, penso eu que respondi
à pergunta título desse artigo - Buscar a Filosofia Eclesiástica para que? –
com a esperança que mais “ buscadores de sabedoria” se interesse em, estuda-la
e pratica-la.
Jorge Eduardo Garcia
servus Dei
Filosofo
Bacharel em Filosofia Eclesiástica.
Doutor honoris causa por Mérito
Eclesiástico.